Capítulo 10

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Oi, tudo bom com vocês?

OLHA QUEM VOLTOU!

Isso, eu mesma! Finalmente, depois de um boooom tempo, eu voltei. E prometo que dessa vez é pra ficar!

Vocês sentiram a minha falta? Porque eu senti MUITO falta de escrever e interagir com vocês, meus leitores lindos.

tão animada que não vou mais enrolar muito aqui!

Espero que aproveitem a leitura e que gostem desse capítulo, que foi escrito com muito amor!

Um beijo ♡

"Querida Alice,

Tudo está sendo insuportavelmente chato e monótono agora que eu estou de castigo e sem poder te ver. Meu pai está me tratando como um garotinho malcriado, e eu preciso ficar enfurnado no meu quarto o dia inteiro, como um presidiário.

Como se o que eu fiz fosse uma espécie de crime horrível.

Mas a única coisa que me mantém são nesse quarto é o fato de que eu estou aqui por você. Somente por você, Alice. E eu não me arrependo nem um pouco.

Espero que você esteja bem. Sorrindo, como a garota feliz e radiante que eu sei que você é.

Com todo o meu carinho,
Isaac."

Escrever as cartas para a Alice se tornou um hábito cada vez mais fácil. Como se tudo o que eu quisesse dizer saísse muito mais facilmente com meu lápis no papel. E o fato de que aquelas cartas faziam com que a minha garota sorrisse só me deixava mais animado em escrevê-las.

Além das cartas, eu gravei uma fita com algumas das minhas músicas favoritas. Fiz isso porque Alice me disse uma vez que adorava ouvir músicas no velho rádio do seu quarto, e que o som das fitas era o melhor que existia no universo. Eu pretendia dar a ela na segunda-feira, quando nos veríamos de novo.

Como meu único trajeto permitido era da minha casa até a escola, e eu não poderia nem ponderar de passar na casa ao lado, eu deixava as cartas na carteira de Alice antes das aulas. Ela sempre sorria ao ler todas, e me agradecia com beijos e abraços. O melhor tipo de agradecimento possível.

Quando eu terminei de dobrar o papel e colocá-lo em um envelope, minha mãe bateu na porta do meu quarto, abrindo uma fresta e espiando.

— Eu posso entrar? — Ela perguntou.

— Pode. — Murmurei, escondendo o envelope em baixo de alguns cadernos.

Minha mãe entrou no quarto e sentou na minha cama. Deu tapinhas no colchão, indicando para que eu me sentasse ao lado dela. Eu obedeci, e ela sorriu levemente.

— Como você está se sentindo? — Ela segurou meu rosto, analisando meus machucados. A maioria já estava quase sumindo. — Ainda dói?

— Não, já estou melhor. — Sorri. — Você quer me dizer alguma coisa?

Ela suspirou, olhando pela janela.

— Você gosta mesmo da Alice, não é?

— Muito. — Eu sussurrei. — Ela é uma garota muito especial, mãe.

— E você foi muito corajoso em protegê-la, mesmo com seu pai dizendo que foi um ato inconsequente. — Ela olhou para mim, no fundo dos olhos. — Então, como eu sei que você deve estar morrendo de saudades dela, vou deixar você encontrá-la hoje.

Tenho certeza que abri um dos meus maiores sorrisos naquele momento.

— Você é a melhor mãe do mundo! — Exclamei, a abraçando apertado. Pude ouvir ela rindo. — Obrigado!

— Eu comprei umas coisas para você usar hoje. — Ela se levantou, apontando para a porta. — Estão em uma sacola no corredor. Chame a Alice para acampar, observar as estrelas ou algo assim. Acho que ela vai gostar.

Eu assenti.

Minha mãe se virou para sair, mas antes de atravessar a porta, parou e se virou para mim.

— Tenha juízo, hein? — Ela soltou uma risada e saiu. Eu fiquei vermelho como um pimentão com aquele comentário infame.

Fui até o corredor e encontrei a sacola ao lado da minha porta. Dentro dela, minha mãe deixou alguns cobertores, chocolates e outros doces, um par de lanternas e o rádio à pilha velho que estava guardado há muito tempo.

Graças à minha mãe, aquela noite com Alice seria a melhor de todas.

Asas de VidroWhere stories live. Discover now