Capítulo 9

45 9 23
                                    

Oi, xuxus!
Não vou enrolar muito dessa vez, tá? Só passei aqui para explicar esse leve atraso na postagem. Meu celular deu a louca hoje, e é por ele que eu escrevo e posto tudo. Por isso, me perdoem.

Sem mais delongas, aproveitem a leitura!
Um beijo! ♡

Eu acordei com uma dor de cabeça infernal. Como se meu crânio estivesse levando marteladas constantes, de dentro para fora.

Já era dia. Não sabia exatamente que horas eram, mas os raios de sol se infiltravam pela cortina da janela, deixando o quarto em um leve tom de alaranjado.

Alice ainda estava dormindo, seu corpo encolhido ao lado do meu. Eu poderia passar horas só deitado ao lado dela, observando sua respiração tranquila. Eu não me cansaria de ficar ali.

Então ela abriu os olhos levemente, se remexendo com delicadeza entre os cobertores. Ela demorou um pouco para realmente despertar, mas quando o fez, seus olhos focaram diretamente no meu rosto, suas sobrancelhas cerradas.

Eu devia estar péssimo.

— Você está sentindo dor? — Ela perguntou, tocando minhas bochechas com cuidado. Meu rosto se retraiu de dor ao seu toque, por mais delicado que tenha sido. — Precisamos colocar um gelo nisso.

— Eu estou bem… — Menti. Era quase possível apalpar a calúnia nas minhas palavras.

— Você não precisa bancar o herói o tempo todo, Isaac. — Ela se levantou da cama, esticando os braços e soltando um bocejo. — Todos temos nossas fraquezas.

Eu arqueei minhas sobrancelhas. Aquela era a primeira vez que eu ouvia Alice admitir que tinha alguma fraqueza. Ela sempre queria ser forte.

Ela saiu do quarto, e logo pude ouvir o som de seus passos na escada, em direção ao andar de baixo. Fiquei mais alguns segundos ditado, tentando fazer minha cabeça parar de doer. Quando a tontura diminuiu um pouco, me levantei e fui até o banheiro do quarto de Alice.

A imagem que eu vi no espelho me assustou. O Isaac refletido estava cheio de marcas por todo o rosto, um corte no lábio e um hematoma roxo gigante no olho esquerdo. Os amigos daquele monstro sabiam mesmo bater em alguém.

Saí do banheiro e desci as escadas, encontrando Alice colocando algumas pedras de gelo em uma bolsa térmica na bancada da cozinha. Ela indicou com a cabeça para que eu me sentasse em um dos banquinhos, o que eu obedeci prontamente. Então ela ficou na minha frente, colocando a bolsa de gelo no meu rosto.

Aquilo doeu, mas logo depois a dor deu lugar a uma sensação de dormência. Segurei a bolsa de gelo, e então Alice arfou.

— O que foi? — Perguntei.

— Suas mãos. — Ela apontou. Os nós de meus dedos estavam vermelhos e machucados. — Você realmente acabou com ele, não é?

Dei de ombros.

— Não se faça de modesto. — Ela sorriu. — Sabemos que você provavelmente quebrou o nariz dele. — Ela suspirou, dando um beijo na minha testa. — Obrigada. De verdade. Depois disso, acho que ele nunca mais vai cruzar nosso caminho novamente.

Eu pigarreei, me ajeitando no banquinho.

— Qual a sua fraqueza, Alice?

Ela me olhou, e seu sorriso diminuiu um pouco. Quando seus lábios se abriram para pronunciar algo, a porta da sala foi aberta, nos assustando. Eles voltaram mais cedo.

Lucas correu até nós dois, e sorriu quando me viu.

— O Isaac é um ninja? — Ele perguntou para Alice, olhando diretamente para meu corte na boca. — Parece que ele acabou de sair de uma luta!

Então a mãe de Alice veio até nós, tomando um susto ao olhar para mim.

— Meu Deus! — Ela cobriu a boca com as mãos. — O que aconteceu, Isaac?

Então Alice explicou o que aconteceu, omitindo o fato de que eu bati no cara que a estuprou, dizendo que alguns rapazes estavam mexendo com ela enquanto íamos ao parque.

No final das contas, eu levei uma bronca gigantesca dos meus pais, junto com um castigo. Tive que ir ao hospital, já que minha mãe cismou que eu poderia ter sofrido uma concusão ou coisa pior.

Mas tudo aquilo valeu ao pena. Eu fiz tudo pela minha garota.

Asas de VidroWhere stories live. Discover now