Capítulo 7

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Oi meus lindos! Tudo bem com vocês?
Eu estou ÓTIMA depois do que vi agora. Nossa história completou 500 leituras! Vocês são incríveis!
Muito obrigada por todo o apoio e carinho que recebo de vocês. Vocês não fazem ideia da diferença que um voto ou cometário fazem no meu dia!

Agora, sem enrolação, vou deixar que vocês leiam esse capítulo (que está muito fofíneo, preciso dizer :3).

Boa leitura!

"Minha querida Alice,

Eu não sei o que aconteceu. Eu não posso te julgar pelos seus atos, e muito menos o que você tentou fazer. Eu não sei o motivo, nem o que você estava pensando na hora.

Mas eu preciso que você saiba que eu estou aqui, do seu lado, pronto para te ajudar e te ouvir. Sempre estarei aqui, Alice.

Sinto sua falta, e espero que sua recuperação acabe logo. A escola está um saco sem você, e minhas caminhadas na madrugada não são tão legais já que você está no hospital. Não existe um único momento nos meus dias que eu não pense em você.

Por favor, me mande um sinal de que você está bem. Qualquer coisa. Eu não aguento mais esperar.

Com carinho,
Isaac."

Já haviam se passado três dias desde quando pedia à mãe de Alice que entregasse aquela carta para ela no hospital. E aquele acontecimento já completava duas semanas. Era meio e tarde, e eu tinha voltado da aula sozinho. Estava deitado na minha cama, encarando o teto.

Ficar sem Alice e sem saber se ela estava bem me matava cada dia mais. Eu estava me afogando em uma agonia que mal me deixava respirar, e tudo o que eu queria era ar fresco.

De repente, um som me assustou. Me levantei da cama, e encontrei um tênis azul perto da minha janela aberta. E então não pude esconder o sorriso de meu rosto.

Ela estava lá, sorrindo para mim de seu quarto. Um dos sorrisos mais incríveis que eu já vi em toda a minha vida.

— Alice…? — Eu mal conseguia falar. — Quando você…

— Me encontre lá em baixo. — Ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Eu recebi sua carta.

Eu concordei, e desci as escadas correndo e tropeçando nos meus próprios passos. Quando abria a porta de entrada, ela estava na calçada, brincando com uma pedra com seus pés. Quando me aproximei, não pensei duas vezes. Eu só poderia abraçá-la.

Ela correspondeu o gesto, colocando seus braços a minha volta e deitando sua cabeça no meu peito. Eu sabia que era mais alto que ela, mas naquele momento ela parecia ainda menor e frágil.

— Você está me sufocando… — Ela sussurrou, rindo e dando tapinhas nas minhas costas. — Eu não consigo respirar…

Eu não queria soltá-la. Eu queria segurar seu corpo contra o meu por toda a eternidade, a protegendo de todo mal que poderia machucá-la.

— Isaac...? — Ela me empurrou, me encarando com um sorriso de canto. A luz da tarde a deixava mais bonita. — Você está bem?

Eu concordei com a cabeça. Eu não queria dizer nada, só ficar observando as ondas do cabelo escuro de Alice reluzindo naquele sol alaranjado.

— O que foi? — Ela abaixou a cabeça, ainda sorrindo. — Está me olhando de um jeito estranho.

Então eu me aproximei, segurando a nuca de Alice. Em um primeiro momento, ela cerrou as sobrancelhas, mas logo relaxou. Eu olhava em seus profundos olhos azuis, e ela olhava para os meus lábios.

Então eu soube que poderia partir para o próximo passo. Eu fechei meus olhos e aproximei nossos lábios, iniciando um beijo. O melhor de todos.

Quando nos separamos, seu rosto estava rosado e seus olhos brilhavam como cristal. Alice sorria.

— Eu… — Gaguejei, sem saber exatamente o que dizer.

— Não diga nada. — Ela se aproximou, beijou minha bochecha e segurou minha mão. — Vamos ao parque.

E passamos o resto daquela tarde e parte da noite naquele parque. Ficamos a maior parte do tempo deitados na grama ou sentados perto de uma das árvores que tinha ali. E nós conversamos sobre muitas coisas felizes, mas não tocamos nos assuntos tristes.

E quando voltamos para casa, dei mais um beijo em Alice antes de entrar no meu quarto e deitar na minha cama, pensando no quanto aquela garota era especial.

Asas de VidroWhere stories live. Discover now