Capítulo 32

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Lucy

Me arrumei, me preparei para sair. Hoje ninguém me impede de sair daqui, eu não quero ver a Kate, ela contou tudo para ele. E eu pedi para ela não fazer, e ainda pensa que sou viciada. No que eu havia me transformado? Eu devia estar muito mal para não ver a merda de pessoa que eu me tornei.

Quando abro a porta Kate não está mais lá na porta. Mas estava na sala, junto com as outras meninas.

– Amor, me perdoe eu... – começa desesperada.

– Agora não Kate. – falo interrompendo.

– Lucy, por favor, me escute. Não faz assim. Fica em casa hoje. – pede tentando me abraçar.

– Não Kate. Hoje não. Sabe, eu preciso sair, ficar fora um tempo, esquecer tudo isso, espairecer. Eu preciso enfiar a cara na cachaça, beber até não sobrar pensamento nenhum, eu só quero me embriagar e esquecer por uma unica noite, que tudo isso está acontecendo ao meu redor, só preciso por um muro enorme na minha mente e esquecer de qualquer pessoa, eu quero beber até esquecer meu próprio nome. – eu havia me tornado uma alcoólatra, era triste e deprimente ver onde eu havia chegado, uma menina que nunca havia bebido tanto em uma só noite.

Era deplorável ver que parte de mim fazia aquilo para esquecer tudo. E eu sabia, Deus, eu sabia que essa não era a melhor solução, eu podia ficar em casa e só assistir tv e beber um suco de laranja ou uva bem gelado e agir como um ser humano e não como um robô.

Mais não. Chega, eu precisava de um tempo pra mim. Ninguém falou nada, cruzei a sala e sai porta a fora, eu tinha voltado a minha vida de antes, andar de ônibus. Não que isso me incomodasse, porque não incomodava, era normal eu andar de ônibus, isso não havia mudado.

Soube através de Marcella, uma das meninas que conheci em uma festa que fui, que hoje teria uma festa da medicina, então me arrumei e fui.

A festa estava lotada, gente de tudo quanto é jeito, encontrei com a Marcella e os outros e ficamos ali, bebendo dançando e eu já nem lembrava o que tava fazendo ali, o real motivo.

Fui ao banheiro e me deparei com Alberto na saída. Ele estava lindo, os olhos pareciam mais verdes do que eu me lembrava, uma barba por fazer o deixa muito mais atraente, sua boca carnuda e rosa me fazia ter pensamentos impróprios, e aquele corpo bem moldado e extremamente convidativo estava bem ali, quase que a minha espera, um fogo subiu pela minha espinha me fazendo quase que tremer.

– Lucy, oi. Como está? – sorri ao me soltar do abraço. O cheiro dele impregnou em mim em questão de segundos.

– Alberto. Que bom te ver. Veio acompanhado? – pergunto sorrindo de volta.

– Só de amigos, e você?

– Também. – Sem pensar avancei sobre ele e o beijei. Minha língua forçava caminho pela boca dele e ele ainda relutante, mas logo cedeu e abriu sua boca me dando passagem é uma das suas mãos foi para a minha cintura e a outra para o meu pescoço, me fazendo arrepiar.

O beijo de Alberto era diferente do beijo de Liam, o beijo de Liam era intenso e lento, já o de Alberto era rápido, controlado e quente. Seu cheiro parecia ter tomado conta de todo o lugar. Eu vi que qualquer mulher quereria beijar Alberto, e que ele sabia o que estava fazendo, estávamos em sintonia, quase como se estivessemos em uma dança sincronizada.

– Quer sair daqui? – ele pergunta sem fôlego. Eu também estava sem ar, e agradeci quando separamos nossas bocas.

– Sim. – respondi com um pouco de dificuldade.

Saímos da festa e fomos ao estacionamento, Alberto me apoiou no carro e o beijo ficou mais quente, logo ele se afasta abre a porta e eu entro, seguimos caminho até a casa dele.

O Poder da Sedução { Completo }Where stories live. Discover now