18- New Iork city

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— Iara, finalmente dormiu! — Coral apareceu no meu sonho. Sua expressão é de felicidade. 

— Acho que você tem que me contar como me trouxe até aqui. — Eu estou muito curiosa para saber como ela conseguiu fazer com que eu voltasse para o hospital.

— Agora? — Falou desanimada.

— Sim, agora!

— Eu falei umas palavras para você dormi, ai só fiz te teletransporta para cá. Simples e rápido. Posso falar agora? Tenho uma coisa importante para dizer.

— E você já não está falando? — Falei rindo, mas ela não tinha achando a menor graça. — Fale logo.

— Eu consegui entrar em contato com as trigêmeas e elas estão dispostas a nos ajudar.

— Que notícia maravilhosa. Quando vamos lá?

— Esse é o problema.  — Ela mordeu os labios. — Eu demorei para acha-las porque elas não estão na água daqui, estão em uma cidade muito longe daqui.

— Aonde?

— Nova York!

— Meu Deus! Como vamos para lá? Fica a milhares de quilômetros daqui.

— Nos teletransportando, ué. Mas temos que ter bastante energia. Por isso, descanse bem essa noite.

— Pode deixar.

                           ***

Nem acredito que vou para Nova Iork. Um dos meus sonhos será realizado. Mas não posso nem pensar em diversão. Já adiei demais isso. Mal posso esperar para descobrir quem é Quetane e destruir ela. Ela vai pagar por tudo que fez com a minha mãe e com as outras sereias.

Coral chegou no meu quarto um pouco antes de amanhacer e me acordou.

— Vamos, temos que ir o mais rápido possível. 

Acabo me assustando e me levanto com um pulo.

— No que penso? — Pergunto.

— Não precisa pensar em nada, essa parte é comigo. Você só precisa segurar minha mão para que nossas energias se junte e dê para ir e voltar de nova iork.

— E vamos para qual lugar ?

— Para o aeroporto internacional John F. Kenedy que fica no Queens. É o aeroporto mais perto que tem do brooklyn, é lá que elas moram.

— Então vamos antes que alguém chegue. Mas antes, onde você conseguiu essas roupas que está vestindo? — Pergunto curiosa.

— Sereias tem seus segredos. Vamos!

Setamos no chão e segurei a mão dela e de imediato já estamos dentro de um banheiro provavelmente do aeroporto.

Percebi que antes eu estava usando as roupas do hospital e agora estou com roupas normais. 

— Como você fez isso? — Perguntei mostrando a roupa.

— Como eu disse, sereias tem seus segredos. — Ela riu.

— Mas por quê vinhemos para o aeroporto e não para a casa delas? — Não entendi essa estratégia de Coral.

— Por quê elas não tem casa, moram no rio East que fica embaixo da ponte do brooklyn.

— E como vamos encontrar-las? Não conhecemos nada aqui. — Eu estou confusa demais. Coral não explica nada se eu não perguntar.

— Vamos pegar um táxi e de lá até a ponte. De lá nos viramos.

— E você tem dólares ? E sabe falar inglês ? — Pergunto surpresa

— Claro que sim. Ou você acha que íamos vim desprevenidas? — Dei de ombros.

Saímos do banheiro normalmente e fiquei observando tudo ao meu redor. É tão grande e cheio de gente. As filas de check-in são enormes. Uma mulher anuncia os vôos no alto falante em várias línguas que eu não entendo.

Um casal asiático nos parou pedindo informações e Coral simplesmente falou com eles como se soubesse a língua desde nascença. Olhei para ela impressionada.

— Que foi? — Perguntou.

— Nada não. — Sorri

— Temos que sair daqui antes que perguntem dos nossos passaportes.— Ela falou me puxando pelo braço.

Saímos pela porta principal e pegamos um taxi.

— To the Brooklyn bridge, please. — Coral falou para o motorista.

— O que você falou? — Eu não fazia a mínima ideia do que ela está falando.

— Pedi para irmos para a ponte do brooklyn.

Entramos na Atlantic ave e seguimos em frente. Passamos por vários locais turísticos. Estou admirada demais para falar sobre o que meus olhos vem. Sempre sonhei em vim aqui e agora, por mais curta que essa "viagem" seja, já está valendo muito mais que sonhei.

Depois de uns cinquenta minutos já consegui ver as estruturas da ponte.

— Leave us at the river café. — Coral pediu ao motorista. Antes que eu perguntasse ela já disse. — Pedi para nós deixar no café perto da ponte. De lá nos vamos a pé.

O motorista nos deixou bem em frente a um estabelecimento bem chique. Não entramos, mas podemos ver de fora que lá dentro é muito luxuoso.

Corremos para um lugar onde ninguém podesse nos ver. Mas eu estava andando bem devagar, admirando a paisagem. Todos os prédios que vejo em filmes estavam lá. Inclusive o Empire State, que sempre quis ver de perto.

— Vamos, Iara. Não temos tempo para olhar as coisas. — Ela me puxou pelo braço.

Chegamos a um lugar bem afastado. Olhamos para todos os lugares e não vimos ninguém. Então pulamos no rio.

A Última Sereia  (Completo)Where stories live. Discover now