Epílogo

17K 1.5K 344
                                    

Posso dizer o quanto foi difícil escrever 'Epílogo'?

Pois então, foi meio punk.






O sol estava forte. Forte o suficiente para queimar a minha pele e começar a me deixar bronzeada. Mas eu não me importava.

Senti dois bracinhos me abraçando por trás e me virei, peguei a pequena garotinha que rapidamente ganhou meu coração no colo e ficamos paradas olhando o mar azul.

Não, não era meu bebê. Nem de longe. Eu gostaria de poder dizer que a cerimônia do casamento foi um sucesso e que eu passei pela experiência de forma impecável. Mas não.

Eu ainda estava passando pelo processo de lapidação, conhecendo a Áustria e deixando que ela pudesse me conhecer. De certa forma, eu estava gostando. Estava fazendo exatamente tudo que sempre quis, eu estava conhecendo o mundo e fazendo parte dele.

O casamento ainda não tinha acontecido, ainda faltavam pelo menos oito meses. Um tempo que nós dois estávamos completamente confortáveis em esperar.

Depois de todo o estresse da volta de Ofélya a vida real, junto com seu marido e filha. A entrega de títulos a nova Condesa de Burgenland, Princesa Felícya da Áustria; a renovação dos antigos títulos e responsabilidades de Ofélya e a recusa de qualquer título por parte de Leon. Bem, acredito que todos nós merecíamos um descanso.

Leon ainda estava um pouco fechado e naturalmente receoso. Ele tinha visto Ofélya sofrer e queria protegê-la de qualquer coisa e qualquer um, mas até ele podia perceber que não havia malicia por parte de seus sogros em convidá-los para uma viagem de férias. Talvez um dia ele pudesse perdoar Helena e Clemens, e eu sei que esse dia realmente chegaria.

Ofélya estava em seu processo de perdoar completamente seus pais. Nada estava totalmente perdoado, mas tudo estava indo para o seu lugar.

A Rainha estava seguindo à risca seu tratamento e estava se saindo muito bem. Acredito que conhecer Felícya fez o processo ficar muito mais fácil, além é claro de ter um filho e um marido babão, que quase não a deixam respirar. No mês anterior o rei acompanhou a rainha em sua viagem mensal a Suíça e Franz ficou como regente. Não acho que ele tenha ficado tão feliz por assumir o pai em algo tão importe como naquele mês.

Quem diria que a realeza era realmente tão movimentada? Era motivo de grande felicidade que depois de tantos meses, nós pudéssemos realmente respirar e aproveitar como uma verdadeira família, da qual agora, eu realmente sentia fazer parte.

Reunimo-nos todos e voamos para a Jordânia, onde Sua Majestade Real Abdullah II, muito agradavelmente cedeu seu iate e seu palácio para que pudéssemos ter um passeio familiar e calmo.

Depois das primeiras impressões estranhas, como: ver a rainha sem seus diamantes ou ver o rei apenas de calção de banho e os dois se beijando, estávamos aproveitando um raro, mas incrível momento familiar.

Me sentei e, ainda com os óculos escuros olhei as pessoas a minha volta. Ofélya e Leon estavam em pé olhando o mar, ele estava com as mãos na cintura dela passando a mão pelo seu estomago levemente elevado, mostrando os primeiros sinais do seu segundo bebê. O rei e a rainha estavam sentados, ela estava com a cabeça apoiada em seu ombro e ele estava com a cabeça inclinada para o lado em cima da sua. Os doía, claramente, estavam em busca do tempo perdido.

Felícya correu para perto dos seus avós, a quem ela simplesmente amava com todas as forças, sentimento que era totalmente recíproco. E eu observei o último e mais importe membro daquela família, pelo menos para mim.

Meu amor. Franz.

Ele estava calmamente manejando o iate pela agua muito azul em direção a Aqaba, para que Felícya pudesse fazer seus castelos de areia e nós pudéssemos ter um tempo em particular. Ele estava uma miragem, saída direto dos sonhos adolescentes de metade das garotas austríacas e talvez da Europa.

Quanto elas não pagariam para tirar uma foto dele nesse exato momento?

Franz estava com shorts de banho e uma camisa de botão totalmente aberta, deixando seu físico de militar totalmente exposto para quem quisesse ver, além de óculos escuros. No caso, eu era a única que poderia desfrutar desse presente.

- Você também sabe pilotar um iate? Tem alguma coisa que você não saiba fazer? - O abracei por trás e dei um beijo em suas costas, protegida pela camisa. Ele tirou uma das mãos do timão e pegou a minha mão rindo pelo que eu tinha dito, beijou e ficou segurando.

- Bom, eu nunca aprendi a cozinhar. - ele respondeu sorrindo brilhantemente.

Bem ao longe, pude ver algo brilhando, eu poderia estar errada, mas poderia ser o brilho da lente de uma câmera fotográfica. Não me incomodei. Nenhum paparazzo iria tirar a minha felicidade ou a felicidade da minha família naquele momento.

Por que era isso que éramos, até mesmo quando estávamos rodeados de joias e palácios e roupas caras. Ao fim e ao cabo, éramos uma família.

E eu estava com meu Franz, em poucos meses seriamos marido e mulher, Ofélya estava em casa e Felícya era finalmente uma princesa de título. A Rainha deixou de ser uma total megera e aos poucos estávamos travando uma espécie de amizade, bem melhor do que tínhamos antes. Até o rei estava se mostrando uma pessoa agradável e um pai amoroso.

No fim das contas, tudo estava indo para o seu devido lugar.













Não sei bem como fazer isso. Nunca havia terminado um livro antes. E nunca pensei no que eu sentiria ao terminar "O Príncipe e Eu". A verdade é que eu sei que já chegou o momento, Lizzie viveu o que tinha que viver e teve seu conto de fadas com seu príncipe.

Enfim, só tenho a agradecer a vocês por toda essa caminhada, que não termina aqui. Ainda terá um spin-off só sobre o casamento. Não sei quantos capítulos terão, mas não vai demorar.

De qualquer forma vou falar melhor nos agradecimentos.

P. S.: Devido à grande quantidade de material que eu escrevi, mas que acabei não incluindo nos capítulos, ainda terão alguns bônus. Isso mesmo, ainda não acabou. Ainda teremos pelo menos dois bônus.

Até daqui a pouco.

O Príncipe e Eu [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora