Capítulo 30

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Olha eu aqui de volta. O capitulo passado foi muito amorzinho (#LydiaEFranz), mas terminou com uma grande revelação. Vamos ver como a Lydia está lidando com isso?




Despertei com o toque do celular. Eu não sabia que horas eram, apenas que eu ainda estava com sono. Essa rotina de turista estava me deixando preguiçosa.

Era uma ligação de Jess. Depois eu retornaria, quando estivesse acordada de verdade. Tomei banho e fui tomar café. Depois de voltarmos da festa da rainha, por mais que eu quisesse muito visitar o borboletário ainda naquele dia, acabamos indo para o jardim da Universidade de Viena, onde pudemos sentar e relaxar um pouco, aproveitando o sol ameno, deitados na grama.

Eu estava feliz, mas sabia que a cada dia minha volta para Nova York estava eminente, e ambos sabíamos disso, por mais que quiséssemos esquecer por alguns minutos.

Coloquei uma roupa quente e sai. Hoje eu finalmente iria visitar o borboletario, mesmo que fosse sozinha. Franz tinha uma reunião marcada para a preparação do "Dia da Marinha", então eu estava sozinha. Assim que sai ao portão, senti a brisa fria da manhã no meu rosto, me aconcheguei dentro do meu casaco e virei à direita indo em direção da estação de metrô mais próxima.

Longe das burocracias de Nova York, andar em Viena era tão mais fácil e mais calmo, mesmo por que as pessoas eram mais reservadas. Eu me sentia em um filme vintage, com as ruas arborizadas e as construções antigas. Como o apartamento ficava no Distrito 01, era onde tinham muitos pontos turísticos, então sempre tinham muitos turistas, eu sempre acabava esbarrando em algum.

Revirei na minha bolsa a procura do mapa que eu sempre usava para me direcionar, quando vi que tinha esquecido, junto com o celular. Como não estava com vontade de voltar até o apartamento, parei da banca mais próxima para comprar um mapa traduzido.

A televisão estava ligada falando em alemão, por isso não prestei a mínima atenção ao que se falava. Vi em um dos jornais impressos a matéria de um bebê elefante que tinha nascido no zoológico, era tão pequeno perto da mamãe elefante. Sorri com aquilo, afinal em Nova York, você ouve sobre alguém que morreu, alguém que matou ou alguém que quase foi morto. Sinceramente, por essas e outras que eu preferia não assistir televisão a não ser que fosse muito necessário.

Comprei um jornal para ler a matéria, quando vi que na primeira página não era o bebê elefante que estava em foco, mas sim uma foto de Franz. E ele não estava sozinho, ele estava comigo. Mas que merda era aquela?

Virei as páginas do jornal e fui ficando cada vez mais nervosa, sentindo todo o rosto pinicar pela falta de sangue. Éramos nós de novo, só que dessa vez estávamos no jardim da UniVin*, na primeira foto eu estava de óculos escuros com o meu vestido vermelho e Franz estava com uma de suas camisas surradas e óculos e boné. Na outra foto estávamos sentados e ele estava me beijando. E tudo aquilo que deveriam ser momentos íntimos, sem que ninguém prestasse tanta atenção em nós, estavam estampados no jornal. Revirei as colunas com fúria, vendo meu rosto em todos os diferentes jornais de Viena e inclusive nas revistas.

- Ei, moça, você está amassando tudo. – Ouvi a voz do vendedor. – Espera, é você. A garota de vermelho. A namorada do príncipe.

Se possível senti o sangue fugir mais ainda do meu rosto. Mas o que estava acontecendo?

De repente o vendedor pegou um dos jornais e começou a gritar.

- Vejam, a namorada do futuro rei da Áustria está aqui, ela está comprando na minha banca! – Ele apontava para o jornal e para mim.

O Príncipe e Eu [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora