Capítulo 23

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Olá meus amores. Sem mais delongas, vamos ao capítulo...



- Nos vemos em três meses? – ele disse depois de ter me beijado.

Estávamos no aeroporto. Eu tinha uma relação de amor e ódio com aquele lugar, pois sempre era onde eu vinha recebê-lo, mas também era onde eu tinha que deixá-lo.

- Nos vemos em três meses. – eu confirmei, passando levemente minhas unhas pela lateral do seu queixo.

Estávamos firmemente abraçados, bem ali no portão de embarque. Seus braços estavam firmemente enrolados em volta de mim e, de novo, ele começou a me beijar lentamente. Cada despedida era mais dolorosa, e infelizmente necessária. Não tinha mais por que ficar me questionando o motivo pelo qual ele não podia ficar, naquele momento eu já tinha plena consciência que meu namorado não era como o namorado de outras pessoas.

- Eu venho te buscar. Tenho certeza que você vai se divertir em Viena. É muito diferente de Nova York.

- E é justamente por isso que eu vou amar estar lá. – eu respondi, sorrindo sarcasticamente.

Rimos juntos.

Ele estava especialmente eufórico com a minha viagem a Áustria. E, por mais que ainda houvesse parte de mim que imaginasse o pior, eu também estava começando a ficar em expectativa por sair do meu país pela primeira vez.

Logo, seu voo foi anunciado e ele teve que ir. Sempre seria doloroso deixá-lo. Mesmo que por pouco tempo. Arrumei minha bolsa no ombro e fui seguindo para o estacionamento. Naquele dia, Jess tinha me emprestado seu carro para que eu pudesse ir ao aeroporto sem ter que pagar uma fortuna de táxi. Era bom dirigir um pouco, para não esquecer de todas as aulas de direção que eu tinha recebido no ensino médio, mesmo que o transito de Nova York seja infinitamente mais caótico do que o transito da minha pequena e inesquecível cidade, Fayette.

Fazia tanto tempo que eu não pensava na minha cidade, da minha família eu lembrava sempre, mas não da cidade em si. Uma cidade pequena e pacata, mas que eu nunca esqueceria ou deixaria de querê-la com carinho.

Foi difícil não lembrar da data que se aproximava, 8 de março: aniversário de Zoe. Minha pequenina já devia estar tão crescida, meu coração se apertou de saudade. Eu amava aquela garota.

Peguei minha bolsa e revirei até encontrar o que eu procurava. Era uma foto minha com Zoe, quando ela nasceu. Não passava de um bebê enrugado escondido em um monte de mantas rosas, mas era a minha irmãzinha e era o bebê mais lindo do mundo.

Eu fiquei bastante surpresa quando mamãe anunciou que estava grávida, mas também fiquei feliz. Não conseguia entender o que aquilo significava até o ponto em que a peguei em meus braços e senti essa verdadeira conexão que existe entre irmãos. Na minha adolescência as vezes era muito chato como tudo era por Zoe e sobre Zoe, mas quando estávamos longe eu sempre sentia falta dela. Agora mais do que nunca.

Respirei fundo e coloquei a chave no contato, era melhor ir para casa. Eu tinha muita coisa para resolver em três meses.



....



- Eu não deveria gastar tanto. – eu disse insegura, olhando todas as sacolas que eu e Jess estávamos segurando.

Obviamente, que eu teria que fazer compras para a minha viagem a Viena, então cometi o maior dos erros ao convidar minha querida, e gastadeira, amiga para me ajudar na tarefa. A cada loja que entravamos, sempre tinha algo absolutamente lindo que eu não poderia deixar de comprar, por que seria "indispensável" para minha viagem.

O Príncipe e Eu [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora