Random Number // J.G

30{Melanie}

- Fica a vontade, vou na cozinha pegar refrigerante para nós dois. Escolhe um filme aí. - pedi assim que ele chegou.

- Oi primeiro. - ele beijou minha testa e me abraçou.

- Desculpa. - falei dando um beijo e uma mordida na bochecha dele.

- Não me morde! - ele reclamou e eu mordi de novo. - Dói, sabia?

- Não senti nada. - brinquei e quando me virei de costas ele me puxou para perto. - GILINSKY!

- Eu não fiz nada! - ele protestou. - Onde eu vou dormir?

- Você decide, ou na cama comigo ou no sofá.

- E você pretende dormir ao meu lado com um pijama curto assim? - ele falou e eu me soltei.

- Eu confio em você e sei que não vai encostar um dedo em mim se eu não quiser.

- É bom que saiba mesmo. - ele foi para a sala mechendo no celular e me chamou em seguida. - Olha isso. "Quando a gente ama alguém, ficamos com uma vontade danada de cuidar da pessoa, odiamos ver ela triste, parece que ela vira parte da gente, e tudo que dói nela a gente sente, então não ligue se eu me preocupar com você excessivamente o bem que quero para mim, quero o dobro para você."

- Que lindo, quem escreveu?

- Sei lá, apareceu aqui no meu feed. -deixei os copos com Coca-cola na mesa na nossa frente e ele passou o braço ao redor do meu pescoço. - Eu não sei parar de admirar sua beleza.

- PARA! - escondi meu rosto na curva do ombro dele. - Amo seu perfume.

- Ela fica linda com vergonha.

- G... Para. - pedi, eu já estava parecendo um pimentão. - Trouxe o que eu pedi?

- Ok, eu paro. E sim, eu trouxe.

- Está esperando o que? - perguntei bebendo quase o copo todo de refrigerante. - Eu escolho o filme.

- Ok.

Peguei o controle da TV e comecei a passar os filmes, enquanto ele pegava alguns pacotes de Doritos, eu acabei escolhendo "Como eu era antes de você" assim que ele voltou eu dei play e ficamos assistindo.

- Não vai chorar, né? - ele perguntou quando já estava perto do final e eu já estava com as mãos no rosto.

- Se eu vou chorar? Não. Eu já estou chorando.

- Eu não aguento te ver chorando, vem cá. - ele me puxou para perto e me deixou chorar no ombro dele. - É só um filme.

- Ele podia ter escolhido ficar pela Clark! O que você faria?

- Só se vive uma vez, por que acabar propositalmente com minha vida? Mesmo que minha vida fosse como a dele, eu ia ter motivos para ficar. Ele também tinha, mas escolheu o que julgou ser o melhor para si mesmo.

- E quais são seus motivos? - perguntei curiosa.

- Um deles está bem aqui na minha frente. - ele falou me deixando envergonhada de novo.

- Outro filme.

- Já é meia noite. - ele falou olhando o celular.

- Gilinsky, posso perguntar uma coisa? - perguntei e ele me olhou atento. - Por que você terminou com a Madison?

- Porque eu levei um chifre. - Ele falou e eu o abracei com força.

- Ainda gosta dela? - perguntei e ele negou.- G... Tá na hora de avançarmos um pouquinho.

- O que você quer dizer? - ele perguntou e eu virei o rosto dele para mim. - Ainda temos um mês, não precisa apressar as coisas.

- Mas eu quero isso agora. - me aproximei dele e pela primeira vez estávamos nos beijando de verdade.

Por que eu demorei tanto para beijar esse homem? Que beijo bom!

- Você beija incrivelmente bem. - ele falou puxando meu lábio inferior com os dentes.

- Você então nem se fala. - me inclinei para frente e peguei o copo dele, tomei tudo, o meu estava vazio.

- Mais um filme? - ele perguntou com o controle na mão e eu assenti. - Não escolhe nenhum que você vá chorar.

- Tudo bem. - fui procurar um filme e acabei colocando Malévola. - Ela é muito linda né?

- Aham.

- Eu queria ser bonita assim.

- Você fala como se fosse feia, você é maravilhosa. - ele me abraçou e eu dei um selinho nele. - Vai treinar comigo ou vai ser sedentária para sempre?

- Seu treino é muito pesado. - choraminguei e me deitei no peito dele.

- O que conversamos sobre isso?

- Que não é porque o seu treino é pesado que o meu também precisa ser. Pode ser depois da turnê? - perguntei e ele assentiu. - Obrigada.

- Me abraça. - ele pediu todo carente e eu me sentei no colo dele, o abraçando com força. - Ei...

- O que?

- Eu te amo. - ele falou e eu neguei.

- Você não pode falar isso. - me afastei dele com as mãos no rosto.

- Melanie, você já está longe de ser só uma fã, passou dessa fase faz tempo. E eu te amo.

- Para. - falei baixinho e ele segurou meu rosto, me fazendo encarar ele. - Gilinsky...

- Para de recusar sentimento, Melly, olha para mim. - acabei sorrindo com o apelido. - Preciso repetir?

- Também te amo. - quase que por impulso eu pulei no colo dele. - Vamos dormir?

- Sim, vem. - ele se levantou comigo ainda no colo dele e fomos para o quarto.

Me joguei na cama, me cobri e ele se sentou na cama, falando com alguém no telefone.

- Sim... Ah... VOCÊ O QUE? VOCÊ NÃO PODIA FAZER ISSO SEM FALAR COMIGO, JOHNSON... É QUESTÃO DE RESPONSABILIDADE, E SE EU TIVESSE MARCADO ALGUMA COISA... Tá bom, amanhã a gente conversa... Hoje não, eu quero dormir... Tchau.

- Que foi? - perguntei e ele quase jogou o celular na parede. - Ei, fica calmo.

- O Johnson adiantou a turnê, agora eu vou dia cinco de janeiro, não de fevereiro. - ele falou completamente bravo. - Ele tinha que ter falado comigo antes para ver se eu concordava.

- Já foi. Esquece isso. - falei e ele pegou o celular de novo, ligando para alguém.

- NED, QUE HISTÓRIA É ESSA?... Como assim o que... Você é nosso empresário, mas não é por isso que você pode falar só com o Johnson... Você tinha que falar comigo... EU NÃO RESPONDIA? EU NÃO RECEBI NADA...

- Amor... - chamei baixinho e ele silenciou a chamada. - Não adianta nada brigar, só vai resultar em stress.

- Ned, não faz mais isso, vocês dois vacilaram comigo, amanhã nós três vamos conversar. Tchau. - ele colocou o celular no criado mudo e me olhou. - Desculpa.

- Tudo bem. Vem. - puxei ele para se deitar me abraçando e foi o que ele fez. - Boa noite.

- Boa noite. - ele falou e eu dormi deitada no peito dele.