Ela sorri e mais uma vez nos beijamos e trocamos caricias. Nada de muito exagerado pois não quero broncas do meu tio nem dos meus pais. Mas acima de tudo eu respeito a rapariga /mulher que tenho ao meu lado.

Harry

Foi tão estranha a reacção do Louis ao que se passou com os nossos filhos, que achava que algo a mais se passava com ele. E pelos vistos não me enganei. Quando eu e a Bia lhe perguntámos o que se estava a passar, ele só faltou chorar de desespero. A Bia preferiu ir espairecer na companhia do Zarry, deixando-me sozinho com o meu melhor amigo. Ele contou que se encontrou com a Eleanor numa das festas de apresentação da coleção dela e que acabaram por dormir juntos. Confessou que essa noite mexeu com ele, pois lá no fundo ele ainda gosta dela, apesar de estarem divorciados. Ele condena o fracasso do casamento pelas inúmeras discussões que tinha por causa de não terem tempo um para o outro. Ele pelo nossa trabalho na música e ela por andar sempre metida no atelier. Só que agora não estando juntos se deram conta que talvez o problema não fosse a falta de tempo, mas sim o facto de quererem estar juntos e não poderem. Ele está confuso pois no dia seguinte, ela saiu sem deixar nem um bilhete e ligou dois dias depois dizendo que talvez a noite tivesse sido um erro. Com isso ele viu-se preso na própria bolha e apesar de tudo estar a acontecer à volta dele, ele sente-se perdido por ainda gostar ou ainda amar a ex-mulher. Tentei passar-lhe alguns conselhos, embora minha situação com a Bia também não seja exemplo, mas fi-lo ver que com calma tudo se resolve e que se ele e a El tiverem de ficar juntos, então eles ficam.

Passaram três dias e hoje voltei ao estúdio para gravar. Já tinha saudades desta lufa-lufa do dia a dia. Foi bom voltar a escrever e compor. A meio do dia recebi uma mensagem da Georgina dizendo que a Samantha voltou a ameaça-la. Dei-lhe segurança e disse que a Samantha nada ia fazer, afinal eu também tenho os meus truques. Sim, porque eu sei que nos dias em que estive longe o filho da Samantha nasceu e ela tenta a todo o custo entrar em contato comigo. Nesse tempo em Chicago recolhi provas em como estou inocente do que se passou naquela noite. Assim como a maior prova em relação à paternidade do filho dela. Pois eu não sou o pai daquela criança.
Passei no supermercado antes de ir para casa, pois queria comprar algo especial para o jantar. Sim para o jantar, pois hoje sou só eu e a Bia. A Inês ligou a perguntar se as gémeas poderiam ficar lá hoje visto este fim-de-semana ser de festa em casa dos Horan, pelo aniversário da Sarah. Aniversário, esse que só por acaso coincide com uma data especial para mim e para a Bia. Há dezanove anos atrás eu pedi a Bia em namoro num acampamento e jamais vou esquecer isso. Mas continuando. Enquanto as gémeas ficam com os Horan, o Thomas pediu para ficar em casa do Ed. Sinceramente espero que não haja confusões com o Louis por isso. Passei também na florista e decidi comprar um pequeno mas bonito ramos de flores. Sei que a Bia saiu durante o dia de hoje na companhia da Perrie. Sei que a Bia está cansada de estar em casa fechada, muito pelo facto de a gravidez ser de risco e ela ainda não estar com os níveis de hemoglobina certos. Assim fez-lhe bem espairecer.

Estaciono o carro no local habitual e entrando em casa posso ouvir música de fundo. Sorrio, pois a música é realmente algo especial nesta casa. Sem ela eu não estaria onde estou. Dirijo-me à cozinha onde coloco as compras e faço uma pequena festa ao Zarry que se encontra entretido com um dos seus brinquedos. Pego nas flores e decido ir ver onde anda a Bia. Sigo o som da música e em segundos me encontro à porta do nosso quarto.
Algo que não contei, é o facto de eu e a Bia termos voltado a partilhar o mesmo quarto e a mesma cama. Pode parecer precipitado, mas desde aquele "quero dormir com o pai dos meus filhos" nunca mais conseguir dormir no quarto de hóspedes. Apesar de ainda lá manter algumas coisas minhas pois não quero ir com demasiada pressa em relação à Bia. Não quero pressas, pois com ela é um passo de cada vez e não me apetece deitar tudo a perder novamente. Já o fiz uma vez e teria de ser muito burro para a perder novamente, mesmo ela ainda não sendo minha totalmente.
Devagar abro a porta e vejo a minha Bia em frente ao espelho apreciando a sua imagem. Quando a olho, o meu ar engata e é como se não houvesse ar para respirar. Aproximo-me devagar ainda segurando as flores, mas com as pernas bambas. A mulher que tenho à minha frente é a Bia? A minha Bia? A mãe do Thomas, da Emma e da Charlotte? A mulher que tenho à minha frente é a mulher que escolhi para estar a meu lado e ser a mãe dos meus filhos. Com o passar dos anos ela foi ficando mais e mais bonita. Pelo menos para mim ela foi e será sempre a mulher da minha vida. Esta mulher é tão especial e única que nem sei como tive coragem de me meter em sarilhos tão grandes. Ela está linda... Ela sempre foi, mas com o corte de cabelo, a pouca maquiagem que tem, e as simples calças de ganga com aquela camisola que lhe ofereci em tempos, ela consegue fazer com que o meu coração bata a mil á hora e posso sentir novamente as belas das borboletas no estomago. Só ela tem a capacidade de me fazer apaixonar todos os dias por ela e por quem ela é. Pareço um adolescente apaixonado, mas que se lixe se sou o homem mais sortudo que existe por ter a Bia a meu lado.
Devagar me aproximo dela e ainda com as pernas bambas e de flores na mão chamo-a lentamente. Ela olhando o seu reflexo no espelho dá pelo meu reflexo também e vira-se lentamente olhando-me e corando logo de seguida com um sorriso tímido. Sorrio com a sua atitude e aproximo-me mais dela segurando o seu queixo para que ela me encare.

- Não escondas o teu sorriso. – Falo num tom baixo e rouco.

O seu olhar prende-se no meu e ela engole em seco tal como eu. Esqueço completamente as flores que pouso em cima da cama e puxa-a para um abraço. Adoro a maneira como nos encaixamos nos braços um do outro. Desfazemos o abraço, mas não descolo o meu olhar do dela. Posso sentir a sua respiração acelerada, tal como a minha. Aos poucos a distância entre nós é cortada, mas somos interrompidos pelo tocar do telemóvel da Bia.
Meio atrapalhada ela vê e diz que é apenas a operadora dizendo que precisa de carregar o telemóvel. Ainda com um sorriso nos meus lábios vejo-a levar a mão No ramo de flores que esqueci em cima da cama e sorrir dizendo um "obrigada" de seguida. Perdidos nos nossos pequenos momentos ambos nos dirigimos para fora do quarto onde quem sabe a noite ainda fosse uma criança. 

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Olá Lover's :)

Vocês sabem que não sou fã de notas finais, mas venho aqui apenas dizer que a Just Love junto com a Hate and Love têm um instagram.
Se quiserem dar uma olhadela o user é cartaperdida86 tal como aqui no wattpad.
Agora falando sobre o capitulo, espero que gostem ;)

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