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Thomas

Agora aqui estou em frente ao meu tio com a minha namorada e nem sei que ele me vai dizer. Olho a porta e vejo que a minha tia Inês entra na companhia da Sarah, mas volta atrás quando nos vê aos três parados no meio da sala. Ou muito me engano ou todos já sabem o que se passou.

- Posso saber que conversa é aquela de a Sarah vos ter visto na casa de banho agarrados? – O meu tio pergunta.
- Tio, não se passou nada. Foram apenas uns beijos.
- Não sei se seriam só uns beijos.
- A culpa foi minha. – A Sophie fala baixo e com alguma vergonha.
- Pelo que sei já não é a primeira vez.
- Tio, tu também já foste jovem. – Digo.
- É verdade, mas não andava aos amassos na casa dos outros.
- Pois não. Mas andavas nas salas vazias da faculdade.
- Quem te disse? O Harry ou a Bia?
- Foi mesmo a tia Inês. – Respondo.
- Oh senhores. A juventude está perdida.
- Tio... Não se passou nada além de uns beijos mais quentes. As coisas quando acontecerem, já vi que todos vão saber a seu tempo. Agora deixem-me namorar em paz. – Desta vez fala a Sophie levantando-se e saindo logo de seguida.

Cada vez percebo menos o que se passa com a Sophie. Tão depressa está bem como de repente se afasta de mim sem eu entender. Tenho de descobrir o que se passa com ela.

- O que se passa com ela? – O meu tio questiona.
- Não faço ideia. Tão depressa ela está de bom humor como se afasta de todos.
- Thomas, eu não me quero meter na tua vida... Vi-te nascer e vi os teus pais ultrapassarem muitos obstáculos para chegarem onde estão hoje e para que não faltasse nada nem a ti nem às tuas irmãs. Não conheço a fundo a quantidade de tempo que gostas da Sophie, mas já o suficiente para saber que ela está insegura com alguma coisa.
- Mas não sei como falar com ela.
- Acho que tu sabes como falar sim. – Olha pela janela. – Agora vamos comer o resto do bolo antes que despareça. Ah e vê se para a próxima tu e a Sophie são mais cuidadosos. Não quero que a Sarah veja mais do que não deve.

Com um sorriso característico nos lábios o meu tio deixou-me na sala meio confuso com tudo. Perdido nos pensamentos, desperto quando vejo a Sophie sentada num dos baloiços do jardim sozinha. Tomo coragem e vou a caminho do local onde ela está. Ver se hoje descubro o que realmente se passa com ela.

- Podemos falar? – Pergunto com cuidado.
- Sim. – Sento-me a seu lado.
- Que se passa contigo? Hoje chegaste estranha à festa. Depois tivemos aquela cena na casa de banho e no fim respondes meio torto ao tio Niall.
- Não se passa nada. – Ela fala aconchegando-me a mim.
- Sophie... Eu sei que sou um rapaz cheio de problemas e que muitas vezes não demonstro o quão importante és. Mas tu sabes que eu estou aqui.
- Eu sei disso... Mas tu nunca vais perceber. Thomas eu sempre te coloquei à frente de tudo e muitas vezes nem eu me entendo.
- Não estou a perceber mesmo o que estás a querer dizer. Sempre estive lá para ti.
- Nem sempre... - Murmura.
- Como?! – Questiono meio incrédulo.
- Quando eu era criança, tal como eles – aponta para as minhas irmãs, assim como para a Sarah, o Drew e todos os amiguinhos deles que ali estão. –, eu sonhava que um dia ia encontrar o príncipe encantado. Sonhava e acreditava que o amor era eterno... Sonhei e acreditei até ao dia em que os meus pais disseram que se iam separar. Eu era criança e mais nova que o Ed, mas também percebi que os meus pais não estavam destinados a estarem juntos mesmo que se amassem. Ainda tentei ser a menina que era e que todos gostavam, mas só eu sei como me sentia quando chegava da escola e não tinha a minha mãe à espera. Quando nem o pai lá estava para secar as minhas lágrimas. Está claro que o Ed sempre esteve comigo, mas nem sempre ele me entendia. Eu sentia que estava a mais naquela casa. Quando passados alguns meses me conformei com a separação dos meus pais decidi que eu nunca me iria apaixonar. Mas aí chegaste tu e estragaste os meus planos. Thomas, tu eras tudo o que eu sempre odiei, mas ao mesmo tempo quis e amei.
- "Hate and Love"? Onde é que já ouvi isto. – Olho de lado para os meus pais que estão animados à conversa com as minhas irmãs.
- É... Amor e ódio... Quando eu tentei aproximar-me ela estava sempre lá.
- Ela? Estás a falar de quem?
- A Anna. Ela estava lá para te abraçar e fazer sorrir. Eu tentei fazer o mesmo, mas nunca consegui.
- A Anna? A Anna Peterson? – Assente. – Amor, tu sabes que eu e a Anna somos só amigos.
- Sim sei disso e nunca me intrometi na vossa amizade.
- Mas ainda não entendi onde queres chegar.
- Soube pela minha vizinha que a Anna está para chegar em breve.
- A Anna vai regressar? – Fico contente com a notícia. – Mas ela não me disse nada...
- Vocês falaram durante estes últimos meses? – Nego.
- Não. Eu a Anna apenas falámos no início e por mail. Os mails que tu própria enviaste comigo se bem te lembras. Posso perguntar-te uma coisa?
- Sim.
- Tens ciúmes da Anna?
- Tenho. – Fico estático. – Thomas, ela esteve do teu lado quando tu precisaste.
- Não. Ela não esteve.
- Como não?
- Ela esteve do meu lado quando eu desabafava sobre ti. Esteve do meu lado para me ouvir quando eu falava de ti. Esteve a meu lado quando eu soube que o teu primeiro beijo foi com o tal de Stanley. Esteve do meu lado quando tu me rejeitaste no dia em que a tua mãe saiu de casa. Caramba Sophie. Eu sempre quis estar do teu lado e tu nunca deixaste. Agora explica-me o porquê de só agora vires com essa conversa?
- Tenho medo ok. Medo que não ser suficiente para ti. Medo de não ser o que tu queres e o que tu sonhas. E sobretudo medo de saber que não sou a primeira.
- Primeira? Sophie... - Puxo-a para um abraço. – Eu não estive com ninguém antes se queres saber. Tu és suficiente e é aquela que eu quero comigo. Não sei como vamos estar daqui a uns anos, mas neste momento eu sou feliz contigo. Podem vir mil Anna's ou mil Stanley's que é contigo que vou querer continuar a estar.
- Prometes... - Posso ver alguma súplica no seu olhar.
- Prometo.

Olhando bem fundo nos seus olhos azuis encosto os meus lábios aos dela e trocamos um beijo suave. Suave, mas carregado de amor e carinho.

Harry

Existem coisas que não entendo e uma dela é o que se passa com ele. Quando éramos mais novos ele era fácil de ler, embora tivesse os seus mistérios. Não sei o porquê do seu afastamento. Lembro na perfeição todas as discussões que tivemos quando ele se afastou. Não por mim, pois eu apesar de tudo sempre fui mais duro, mas muito pela Bia e pelos nossos amigos. A Bia nunca percebeu o porquê do afastamento repentino do irmão. Agora vendo o Zayn tentar aproximar-se de novo de nós eu sinto-me sem chão. Não sei que fazer. Sei que ele deve ter tido razões muito fortes, mas porque nunca as disse. Aquela nossa mini picardia no início da festa não me sai da cabeça. Não entendo o porquê de ele não falar o que realmente quer e se passa com ele. Apanho-o muitas vezes com um olhar distante e vazio. Quase como se tivesse a pedir ajuda em silêncio.

Pouso o meu copo em cima da mesa e caminho até ao sítio onde o Zayn se mantém a observar a festa.

- Está tudo bem? – Pergunto sentando-me a seu lado.
- Que queres?
- Ei. Calma ok? Não venho para discutir.
- Então?
- Zayn... Que se passa? Porque de um momento para o outro estás de volta às nossas vidas?
- Harry, tu não vais entender. É uma história complicada.
- Eu tenho tempo.
- Mas eu não. – Levanta-se e sai de perto de mim em direção à Perrie.

Fiquei com a sensação que ele esconde algo, mas não sei o quê. A sua última frase parece com duplo sentido. Zayn Malik que escondes tu?

Acordo dos meus pensamentos quando vejo a Bia chegar perto de mim na companhia das gémeas. O ar da Bia apesar de brilhante nota-se cansado.

- Queres ir para casa? – Pergunto enquanto aperto o laço do vestido da Emma, que sai na companhia da irmã logo de seguida.
- Estou só um bocadinho cansada. Já não estou habituada a estas coisas. – Encosta a sua cabeça no meu ombro.
- Festas de crianças sempre foram cansativas. – Sorrio ao olhar aquelas crianças brincar.
- Estava a falar da gravidez. Mas sim, festas de crianças sempre foram muito corridas. – Encolhe-se nos meus braços que entretanto se abriram para a acolher.
- Tenho de te agradecer pelos três filhos lindos que me deste e pelo que vem a caminho.
- Harry, foste tu quem escolhi para pai dos meus filhos e isso é o bastante para mim. Vais comigo à consulta?
- Sim. Já perdi duas e além de ser meu dever eu faço questão de ver o nosso filho na ecografia. Já para não falar que quero estar por perto em todas as situações.
- Engraçado que todos vocês falam como se tivessem certezas que é um rapaz. Quero ver se for uma rapariga.
- Acho que o Thomas iria querer um rapaz para equilibrar as coisas lá em casa. – Ela ri e eu acompanho-a.
- É justo. Mas seja menino ou menina vai ser um bebé muito amado.
- Disso não tenhas dúvida. Essa criança vai ser um dos nossos tesouros. – Ela passa a mão pelo seu ventre e sorri para as cenas que temos à nossa frente.

Sei que com a Bia as coisas não a cem por cento, mas estamos no bom caminho. Tenho de dar um passo de cada vez com ela e com os meus filhos. E é isso que pretendo... Pretendo reaprender a andar para os reconquistar.


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Olá Lover's :)

Bom sei que esta história está a levar tempo a ser actualizada, mas a minha vida profissional está caótica.
Passando isso à frente, venho aqui para vos pedir que escolham o sexo do bebé dos Styles. Tal como na "Hate and Love" eu quero que vocês tenham poder de decisão na fic. Assim ficam duas perguntas cruciais para a história:

- Preferem rapaz ou rapariga?
- Dependendo da vossa escolha deixem uma sugestão para o nome do bebé.

Quero referir que dos nomes propostos vão ser escolhidos dois e depois haverá votação apenas para um.

Espero que gostem do capitulo e até à próxima :)

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