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Igor

Saio do quarto de Anne fervendo de raiva, vou pro meu quarto e deito na cama.

"Eu nunca vou parar de odiar você."

"Eu nunca vou parar de odiar você."

"Eu nunca vou parar de odiar você."

Esse pensamento fica na minha cabeça até a hora que Keila me chama para almoçar, desço e me sento na cadeira, Anne desce e senta de frente para mim, mas fica de cabeça abaixada o tempo todo, ver que ela está triste me faz me arrepender de ter falado aquilo com ela, pois ela não teve culpa de se perder, mas também não deveria ter ido na floresta sozinha, ela podia estar morta agora.

Keila trás uma sopa para Anne e pra mim carne vermelha mal passada com batata frita, Anne toma a sopa muito rápido, ela deve estar morrendo de fome, ela acaba e se levanta.

- Volte e sente agora - digo em tom rigoroso e frio.

- Você pode me trancar, gritar comigo, ou até mesmo me torturar, mas você nunca vai mandar em mim. - diz me olhando com raiva.

- Aé?. vamos ver - digo me levantando e pegando ela pelo braço.

Arrasto ela até o quarto secreto, jogo ela no chão e tranco a porta, volto pra cozinha e acabo de almoçar.

Anne

Que burra que eu fui, agora estou trancada neste quarto e minha perna que ainda está quebrada doi muito, eu tento massagear pra ver se melhora mas acontece o contrario, doi cada vez mais.

...

Mais ou menos uma hora se passou e agora eu estou chorando e gritando de dor, eu não sei o que aconteceu, mas quero que passe logo, a dor piora muito e agora já estou vendo as coisas distorcidas, meus gritos ficam cada vez mais altos e minhas lágrimas pingam na minha camisa, escuto um barulho na porta e ela se abre, Igor vem até  mim, me pega no colo e me leva pro meu quarto.

- Onde está doendo?. - pergunta.

- Aqui - digo apontando para um pouco abaixo do joelho.

Minha perna está muito roxa.

- Isso vai doer. - avisa.

Ele aperta minha perna com muita força, e eu sinto uma dor insuportável que me faz gritar.

- Seu osso saiu do lugar, mas eu já coloquei de volta.

Eu não digo nada para ele, apenas me viro de costas e olho para janela, se ele acha que colocar meu osso no lugar vai mudar algo, está enganado, foi ele que destroncou o osso.

- Keila e Lucia vão cuidar de você, eu vou trabalhar, até a noite. - diz e sai do quarto.

Igor

Mais que merda, toda vez que eu fico perto dela, ela acaba se machucando, isso é tudo culpa minha, às vezes acho que deveria devolver ela para o orfanato, lá ela estaria segura.

Tiro esses pensamentos da minha cabeça e volto a trabalhar, mas é claro que Anne está mais segura comigo, não sou o melhor cara do mundo, tá nem um cara bom eu sou, mas com certeza ela está mais protegida ao meu lado, tenho que fazer alguma coisa para que ela me perdoe, mas ainda não sei o quê, talvez flores ou um vestido novo, não, tem que ser algo diferente, algo que a deixe realmente feliz e que ela não pense que estou comprando ela, já sei exatamente o que eu vou fazer

Minha mãe está me ligando.

- Alô filho. - diz quando eu atendo.

- Oi mãe, por que está me ligando. - pergunto.

- Só para avisar que o baile à fantasia vai mudar de data para quando a Anne melhorar.

- Ok, ela vai ficar feliz, obrigado.

- De nada, tchau. - se despede.

- Tchau.

Olho no relógio e vejo que são quatro horas da tarde, saio do escritório e vou pra casa.

Anne

Fiquei no quarto o tempo todo, Keila veio aqui algumas vezes para ver se eu queria alguma coisa e depois ai para cozinha, são quase cinco horas e eu estou aqui jogada na cama sem nenhuma vontade de continuar viva, Keila bate na porta e entra, Lúcia vem atrás dela com duas caixas, Keila me entrega um bilhete e diz para mim ler.

Anne se arrume, daqui meia hora vamos sair.

Ass: Igor

Pego as caixas e abro.

Saio da cama, tomo um banho, volto pro quarto, me visto e faço uma maquiagem

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Saio da cama, tomo um banho, volto pro quarto, me visto e faço uma maquiagem.

E saio do quarto.

Revisado

A Escolhida do Vampiro (Concluído)Where stories live. Discover now