Capítulo Nove

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Acreditam que eu atualizando três histórias ao mesmo tempo. Sendo que sempre que posso atualizo mais vezes, tem uma pessoa me mandando mensagem perguntando que dia vou atualizar? Como se eu tivesse há meses sem postar. Eu ia até postar mais capítulos na semana, mas foi isso que deixou as pessoas achando que tinha direito de me mandar mensagem direta cobrando os capítulos. Eu fico de boca aberta. Na próxima colo a mensagem aqui para vocês verem. 


Gael,

- Isso é coisa de criança homem. – Eu queria que o Pedro tivesse razão, mas não era bem assim. Nesses últimos meses a Karolyne vinha falando muito a palavra mãe. Segundo ela, as mães dos coleguinhas viviam perguntando sobre quando poderiam marcar um chá com a mamãe dela.

- O que me irrita Pedro é pensar que ainda hoje existam adultos tão covardes. Estão cansados de saber que a família hoje nem sempre é constituída de pai, mãe e filhos. Eu tenho certeza que caso a Darlene estivesse aqui, não teríamos um minuto sequer de paz.

- Tem razão. – Ele ficou de pé me deixando sentado ali, no estábulo. – Óh só. Se precisar eu mesmo converso com a menina. Ou peço a patroa para falar com ela.

Agradeci com um aceno e o vi desaparecer entre os fenos.

Eu falaria com ela. Essa era minha obrigação. E obrigação daquela cabeça dura, era me ouvir.

- A quem essa menina saiu meu Deus!? – Fiquei de pé decidido a colocar um ponto final nessa história e fui até a casa grande. – Karolyne? – Não houve resposta. Caminhei até o corredor e chamei novamente. E a resposta foi o silêncio.

Não estava no quarto. Não estava no banho e muito menos na cozinha. Por fim, deduzi que a menina estava com a Gabriela.

Esperei até ouvir os gritos delas vindo da varanda. E assim que entraram foi logo pulando sobre mim com um sorriso gigantesco e mesmo sem eu perguntar ela me relatou o passeio.

- Fomos ao centro comprar seu presente. A Gabriela disse que com você por perto não seria surpresa. – Olhei a babá que logo desviou seu olhar pedindo licença e saindo em direção à cozinha.

- Presente? Sabe que não precisava se preocupar.

- Você sempre diz isso e depois fica sorrindo. – Ela não tinha noção de como fora minha infância. Esperar que alguém mais, além da Joana se lembrasse de seu aniversário ou das datas como Natal e dia das crianças.

Eu a considerava uma menina de sorte. Se a Darlene tivesse ido direto ao...

- Gael? Não está me ouvindo.

- Claro que estou.

- É? Então o que foi que eu disse?

- Estava falando sobre o presente. – Tentei enrolar para disfarçar que de fato não tinha ouvido. – Está bem. O que foi que disse mesmo?

- Estava dizendo que a Gabriela que escolheu e pagou com o dinheiro dela. – Aquilo era uma novidade para mim. A Gabriela nunca dizia o que fazia com seu dinheiro, mesmo não saindo nunca de casa. Mas gastá-lo comigo, não era correto.

Então me lembrei da minha missão ali.

- Quer dar uma volta? – O olhar dela brilhou. Sabia que sempre que saíamos ia a cavalo.

- Posso ir no "dom"? – Era meu alazão. Claro que não podia. O dom era um Mustang, raça selvagem. Além de raro era temperamental.

Quando abri a boca ela mesma respondeu.

DNA - Um lar para KarolyneOnde histórias criam vida. Descubra agora