Capítulo 11

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Por Runner

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Por Runner

O motivo de Amélia está fazendo tudo que querem, entra pela porta correndo com olhos totalmente focados, focados em mim. Em seus braços jovens, carrega uma criança humana, que chora chamando pela mãe.

O cheiro de Amélia está sobre eles, seu sangue mancha as roupas e o rosto dos dois.

É doloroso de ver.

Um filhote, canino, pelas feições, e uma menina, são o que Amélia protege com sua submissão. Sabia que o motivo por trás de suas ações era grande, porém não fui tão longe.

Meu coração incha por ela, por eles... Ele dói por tudo que eles devem ter suportado.

Há muitas perguntas esperando por ela, e no momento certo, longe daqui, falaremos sobre tudo, respostas serão dadas.

O filhote não para até chegar no cadeado. Seus olhos estão baixos e perdidos na tarefa, sua respiração alterada. Ele equilibra a pequena enquanto tenta enfiar uma das chaves no buraco.

Mesmo não sabendo o que está acontecendo exatamente, tenho noção do que pode estar ocorrendo.

—O que está acontecendo lá fora, filhote?

Ele engole o ar e gagueja.

— Minha mãe... precisa de você…  — Enquanto fala, tenta várias chaves na fechadura até que consegue destrancar, entra e me entrega todas elas. Me olha dentro dos olhos quando para na minha frente. Ele está tentando ser forte, maior do que sua pequena altura. — Prometi cuidar dela — ele olha para baixo, está envergonhado — … não consegui — engole com dificuldade a bola que está presa em sua garganta— Está lá sozinha…ela está morrendo...

Sua voz falha e me abaixo na frente dele o colocando dentro dos meus braços junto com a pequena de rosa.

— Prometo proteger os quatro, são meus agora.

E eles são, vou fazer de tudo para  tirar o medo dos olhos dele.

Ele tenta segurar suas emoções, mas não consegue, abraça a pequena, falando entre o cobertor dela, escondendo seu rosto.

— Eles vêm atrás da gente... São quatro homens perto daqui, tem mais dez homens com armas a dois quilômetros de distância… Não sei mais nada, não posso ajudar com mais informações.

— É o suficiente, você já fez muito, filhote.

Ele foi corajoso.

Me afasto e uso as chaves me soltando, tenho que ser mais rápido, ainda não sinto ou escuto nenhum movimento deles se aproximando.

Olho para Eva que está ao lado do filhote agora, tentando pegar a pequena dos braços dele. Que não deixar, se agarra a ela. Ele está com medo de perder mais, a pequena é a única coisa que ele tem nesse momento.

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