Capítulo Sessenta E Três - Sua Barriga...

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Débora

- Estou vindo! Me dá uns 30 minutos, tá bom?! Coloco meu celular na mesa depois de encerrar a chamada

Me preparo muito rápido. Afinal, depois da minha exposição, tem muito gente que gostou do meu trabalho e está interessado em me conhecer e comprar as telas.

Visto uma blusa de seda fina, larga que também, não desenha meu corpo, não permitindo que minha barriga fique à mostra. Realço com uma jaqueta.

Carrego meu material, caso precise fazer algo de última hora, minha bolsa e saio de casa voando.

Meu Deus, já se passaram 30 minutos. Eu não posso chegar atrasada.

É uma oportunidade que estou tendo e não posso desperdiçar.
O trânsito está um caos. Como vou conseguir chegar assim à tempo?!

Desço do táxi me dispondo a caminhar até lá. Também a academia já é aqui por perto.

Voou pelo caminho, analisando o que está em minhas mãos. E sem perceber, me esbarro com alguém derrubando tudo na calçada da rua.
Encaro a pessoa que atropelei .

- Débora! Desculpa. Fala o Daniel

- Quê isso. Quem tem que te pedir desculpas sou eu. Digo atrapalhada onde me ajoelho dando costas pra ele, recolhendo as coisas no chão
- Você está bem?! Indaga preocupado

- Sim. Me viro nervosa respondendo - o e volto a ficar de costas para ele arrumando meu material

- Sua barriga... Está num volume diferente do habitual. Diz curioso se aproximando de mim com os olhos fixos nela

- O quê? Minha barriga? Gaguejo nervosa recompondo minha veste

- Débora, você está grávida?! Se aproxima de mim ficando em minha frente enquanto passa a mão na minha barriga.

Não consigo reagir, apenas sinto lágrimas me invadirem.

- Como? Por quanto tempo você carrega esse feto! Grita alterado com os olhos encharcados que me olhavam firme

- À três meses! Digo trémula encarando o chão

- Por acaso esse filho é meu? Indaga nervoso com a testa franzida

- Claro que é seu. De quem mais seria?
Você foi o único homem que me relacionem, e você sabe disso. Grito sem me importar com as pessoas que passam

-Não pode ser, não, não... Daniel ronda de um lado para outro fervendo
- E quando você queria me contar, hein? Na maternidade?
Por quanto tempo você queria esconder isso de mim?! Grita me encarando bravo

- Eu... Eu queria te contar. Eu estava pra te contar. Só que eu não conseguia, não sabia o que fazer.
- Por favor, pára de gritar comigo, como se eu fosse a culpada de tudo que está acontecendo. Falo choramingando

- Tudo bem, desculpa. Mas você tinha que ter me contado antes!Me encara mais calmo

- Mesmo se eu te contasse ou não, nada ia mudar. Nós não podemos ficar juntos! O encaro firme.

Ele está arrasado. Eu não queria que ele descobrisse dessa forma. Por um simples esbarro que ele deu em mim, para tudo acontecer.
Foi um surpresa para mim. Eu nem sabia o que lhe dizer, apenas abrir o jogo de uma vez por todas.

Assim que ele já sabe, mais um peso em mim foi diminuído.

Desistí de ir a academia, uma vez que já estava atrasada. Não faria sentido eu chegar lá enquanto todos já se foram.
Irei marcar bem com a minha monitora, um dia específico para tal

Daniel saiu dali acabado, frustrado, sem saber onde pôr a cabeça no lugar.
E eu fiquei ali paraplégica, ainda organizando ideias na minha mente.

É tanta coisa acontecendo na minha vida que eu já nem sei se ela é minha mesmo












































































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