Capítulo Cinquenta E Um - Os Dois Juntos

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Débora

A casa está vazia. É um bom momento para dar uma vasculhada nas coisas do meu pai.

Tive que inventar uma coisa para convencer a bruxa da minha mãe à não ir trabalhar. Finalmente ela saiu de casa.

Vou directo para o escritório, com certeza, ele deve guardar seus segredos lá.

Vasculho as gavetas, os armários, as estantes, os arquivos, e nada de especial. Apenas coisas da empresa

Aqui no escritório não irei encontrar nada!
Melhor eu ir procurar no seu quarto

Este quarto é tão grande, que nem sei por onde começar

Reviro a cabeceira dos dois, as gavetas, o closet e nada
Vejo um cofre escondido de trás de um quadro

Droga! Não conheço a senha
E agora!?

Tento com vários números de datas importantes da família , e nada. Coloco código que ele já me mostrou dos arquivos da empresa, também não abre.
Tento me lembrar de qualquer número, ou data especial que não tentei.

- Débora!
O que você está fazendo aqui? Se aproxima a Martha preocupada

- Ai Martha, ainda bem que você está aqui. Acho que você pode me ajudar. A encaro aflita sorrindo torto

- Ajudar com o quê?
Porquê você está assim, revirando tudo neste quarto? Indaga parva

- Depois eu arrumo tudo. Eles não irão voltar tão já.
- Agora eu preciso que você me ajude a descobrir a senha deste cofre, por favor. Imploro segurando sua mão aflita

- Mas... Mas pra quê você está fazendo isso. Gagueja

- Depois eu te explico. Me ajuda vai, uma vez que você conhece o meu pai mais tempo que eu, você deve saber de muita coisa.

Martha me encara incrédula, querendo perceber na verdade o que estou querendo.
Aproxima - se do cofre curiosa. Observo ela concentrada, digitando vários números que com certeza, na maioria eu tentei.

- Pronto. Abriu! Sorri alegre me encarando

- Martha, como você conseguiu! Que dígitos você colocou aqui!? Indago surpresa

- Eu também não sei, mas acho que foi a data da nomeação de seu pai na empresa que abriu.

- Ah, isso não importa. Obrigada Martha, eu não sei o que seria de mim sem você. Dou um abraço apertado nela sorrindo

Coloco minha mão no pequeno cofre, retirando tudo que lá tinha. Vejo pequenos arquivos, fotos minhas quando era criança, e um envelope com aparência antiga que me chamou atenção. Deixo o resto nas mãos da Martha, prendendo minha atenção no envelope.

Abro curiosa e muito atenta. Encontro cartazes de amor, do dias dos namorados, de natal, um desenho simples, de duas pessoas abraçados com três corações flutuando entre eles.
No meio desses cartazes, vejo uma foto de uma jovem morena com um sorriso lindo e contagiante, foto do meu pai jovem também feliz, foto dos dois juntos, bem fofos e lindos. Com certeza, eles estavam apaixonados.

Mas essa mulher não me é estranha!

Vejo outra, outra e outra foto dos dois ainda jovens. A última foto que vejo vem acompanhada de um papel, que está escrito :

Minha Ellen querida, Você não sabe o quanto eu te amo!! Nosso último dia juntos.

Não é possível, é a mesma Ellen. A mãe do Daniel.
Não, não, eu devo estar louca. Será que o meu pai é o pai do Daniel?!

- Martha, meu amor. Desculpa, depois eu te conto tudo que está acontecendo.
Mas primeiro eu tenho que tirar essa história a limpo. Falo nervosa organizando desorganizadamente os outros papéis no cofre, menos o envelope das fotos

- Então vai lá, eu vou ficar arrumando tudo. Não se preocupe com isso. Diz me ajudando a arrumar

- Obrigada Martha. Fui! Digo saindo apressada do quarto em direcção a porta principal

A melhor coisa que eu tenho de fazer é pressionar meu pai a falar tudo que envolve a Ellen. Agora ele não tem como negar porque tenho as provas nas minhas mãos.

Pelo caminho até a empresa não parava de pensar na hipótese de George Wendell ser o pai do Daniel.


































































Amores 💜
Não esqueçam do voto, tá!?

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