O meu óculos já está quebrado, caiu na armação da ilusão e sentiu a cegueira por se enganar demais.
O meu coração já está partido, talvez por ter sido acolhido de uma forma grosseira que não estava acostumado.
O meu corpo ainda está encolhido, apenas pelo fato de tentar incessantemente se encaixar no espaço que não o cabe. Não é o seu espaço.
As minhas lágrimas continuam caindo. Mesmo que cego, ainda vejo o reflexo da esperança escorrer pelo meu rosto e cair por aí...
Os meus extremos ainda frios, talvez porque o meu entorno se baseia apenas em um consolo falho que me acomoda neste nevoeiro.
A minha boca continua seca, nada mais me faz salivar, desejar. Observo o tempo passar, as pessoas deixarem de se amar e descobrirem que quando precisarem, ninguém vai estar.
A minha mente se tornou descrente, o meu corpo e minhas ações ausentes... Me sinto podado por não ser permitido auferir a minha missão. Decepção...
Não busco compreensão. Apenas quero o espaço para poder mostrar para o mundo que as coisas vão muito além do compreendido, do aprendido, do permitido. Eu vou conquistar.
Lucca de Paula
KAMU SEDANG MEMBACA
Põe pro Mundo
PuisiPoesias em prosa, desabafos constantes e diários, uma visão peculiar dos mais diversos assuntos com um tom romancista e crítico da sociedade contemporânea, sempre com muito amor e luz. Bem vindos ao meu mundo, desprovido de senso comum e repleto de...
