3. Obrigada, Oliver

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Jade Thirwall POV

Olhei ao redor da imensa sala sala na mansão dos Edwards. Cheia de pinturas, que vulgo ser Vang Gogh e Da Vinci, fotos da familia espalhadas de um jeito arrumado e os móveis bem rústicos. Parece uma casa de algum filme clássico antigo.

Tem um quadro que parece ser da família onde há uma garota loira que me parece familiar. Ia me aproximar mas fui "interrompida".

- Senhorita, Thirlwall - ouço meu nome e viro, encontrando a empregada me olhando - O Sr. Edwards já pode recebê-la. Me acompanhe, por favor.

Ela foi andando e claro que eu segui, cruzando os dedos pra dar certo. Quer dizer, estou no último ano de psicologia na faculdade mas nunca "exerci" de verdade a minha futura função. Bem, sabe o que dizem: "Que a sorte esteja sempre a nosso favor."

A mulher, cujo nome ainda não sei, abriu a porta e avisou minha entrada antes de me dar passagem, então entrei.

- Jade, é um prazer recebê-la - o Sr. Edwards levantou e me estendeu a mão, apertei dando-lhe um sorriso.

- Eu que agradeço por me receber, senhor.

- Robert, por favor - ele ri pelo nariz - Me desculpe a intromissão mas eu conversei com o reitor da universidade, não poderia escolher qualquer um pra cuidar da minha filha mais nova.

- Eu entendo, se... Robert - me corrigi rapidamente - Eu só fiquei com algumas dúvidas sobre como vou trabalhar pro senhor, se eu for qualificada o suficiente, claro.

- Vou ser sincero, escolhi você porque minha filha mais velha praticamente implorou. Creio que já se conheçam, ou algo do tipo. Ela falou que confia em você cuidando da irmã.

Eu não me lembro de conhecer ninguém da família Edwards. Leigh deve ser amiga dela e falou bem de mim, vou lembrar de agradecê-la.

Conversamos mais sobre o que estava acontecendo com sua filha mais nova, Caitlin. Ela tem um distúrbio alimentar aparentemente por não se achar magra o suficiente e recentemente foi diagnosticada com depressão, segundo Robert tudo pela pressão que é colocada sobre ela — pela mãe — por estar em seu último ano escolar.

Eu vou ser meio que uma governanta, vou vir de manhã e acompanhar ela antes da escola enquanto fico aqui preparando coisa pra ela ocupar a mente, como exercícios pra ajudar. E também vou fazer companhia a ela, levar ela a lugares que deixem a mente dela mais leve.

- Foi bom conhecê-la, Jade - Robert me mostrou a casa toda, o quarto da Caitlin e o escritório do andar de cima que eu poderia usar.

- Se não for incomodo eu prefiro primeiro conhecer ela em um ambiente aberto. É melhor pra ela se sentir confortável e ter um espaço pra prestar atenção que não seja só eu ou paredes.

- Certo. Algum lugar de preferência?

Observei o jardim. O clima aqui fora está meio nublado, mas agradável. Acho que uma caminhada vai fazer bem.

- Pode ser no central park? Eu levo e trago ela, sã e salva - ele pareceu resistir um pouco sobre a ideia dela sair - Robert, ficar presa dentro de casa é um dos fatores mais comuns a levar uma pessoa ao sentimento de solidão. Isso já é uma válvula pra depressão.

Ele estava pronto pra concordar comigo quando outra voz respondeu em um tom alto.

- Discordo! Minha filha não vai sair de casa, ela está de castigo. E quem é você, garotinha?

Olhei em direção a escada. Uma mulher muito bem vestida descia elegantemente mas com um olhar fulminante para o marido.

- Ela é a Jade, nova governante da nossa filha. A propósito ela não é uma garotinha, tem vinte e quatro anos e está no último ano da faculdade - Robert responde à altura.

Deus, onde fui me meter?

- Prazer, Sra. Edwards - estendi a mão e ela ignorou, me olhando de cima á baixo.

- Não gostei dela - virou-se para a sala de estar - Robert quero falar com você agora!

O homem me pediu desculpas pela falta de educação da mulher, me pediu pra esperar a Caitlin aqui mesmo e se retirou com a Sra. Edwards.

Fiquei sentada em um balanço, daqueles de madeira que os casais ficam nos filmes, enquanto conversava com Leigh-Anne e contava as novidades.

Perrie Edwards POV

Entrei em casa correndo atrás do meu husky siberiano, Oliver. Ele foi até o jardim. Acabei escorregando na grama e cai de bunda no chão.

Ouvi uma risada, muito fofa, e virei encontrando Jade — soltei gritos internos junto com fogos de artifício, claro — em pé com a mão na boca.

- Desculpa, foi engraçado.

- Foi mesmo - ri e ela me ofereceu a mão pra me ajudar, na mesma hora Oliver correu encima dela.

Resultado, eu acabei caindo por cima dela. Fiquei encarando suas órbitas castanhas por um longo tempo e ela molhou os lábios. Aproximei meu rosto do seu e estava quase beijando-a quando ouvimos um pigarreio.

Nobody like youWhere stories live. Discover now