Is it Love ? Drogo

Corujinha

Conversei um pouco com Peter sobre nossas leituras, ele tem um gosto muito refinado e posso dizer até um pouco sensível. Ele me fez algumas indicações de livros de poesia, que eu também gosto bastante.

Saio da biblioteca à procura de Sarah, e envio uma mensagem para ela.

Jess: Sarah almoçamos juntas hoje? Onde você está?

Ela não demora em me responder.

Sarah: Te espero no refeitório.

Quando começo a escrever uma nova mensagem à Sarah, totalmente distraída olhando para meu telefone, volto bruscamente a realidade. Trombo em alguém com muita força, a pessoa me segura antes que eu caía no chão.

Totalmente surpresa, levanto o olhar e cruzo com um olhar já muito familiar.

(Drogo!)

"Vou começar a achar que você está me seguindo..." Drogo diz com um ar superior.

"Eu poderia dizer o mesmo." digo.

Me apresso para ir embora, para longe dele. Mas ele me impede de passar.

"Mas qual é o seu problema? Você é assim com todo mundo ou só eu tenho o privilégio?"

Ele se aproxima mais, muito rápido e muito perto. Tento escapar pela esquerda, depois pela direita mas ele desliza na frente toda vez. Estou novamente à mercê de Drogo, sem possibilidade de fugir. Recuo instintivamente até chocar com as costas na parede.

Minhas emoções ficam completamente confusas.

Ele coloca as suas mãos na parede, a cada lado dos meus ombros e se aproxima suavemente. Seu rosto está a poucos centímetros do meu.

Ele não faz nenhum gesto para me tocar, mas fica ali respirando no meu pescoço.

Em uma tentativa frustrada de afastá-lo de mim, toco seu peitoral. Mas não consigo fazer mais nenhum movimento e eu me tremo da cabeça aos pés.

(Estou sonhando ou também o sentir estremecer?)

Não consigo soltar uma palavra.

"E se eu te pegar aqui no meio desse corredor deserto?"

(Como estou excitada! Merda!)

"Você não tem o direito..." digo.

ele ri.

"Não me importo com esses detalhes. O que eu quero, eu consigo. E tenho muita vontade de brincar com você coisinha."

"Eu não sou um brinquedo!"

"Oh sim, e não é pouco o que quero de você."

Eu estou queimando de tanto calor que estou sentindo, ele parece observar meu transtorno e se diverte. Reúno minhas forças para afastá-lo de mim e vou para o refeitório. Ouço as risadas dele de longe.

Encontro Sarah na porta do refeitório, e de repente me sinto muito mal pelo que fiz ela passar com o Peter.

"Sarah, me desculpa. Eu não sabia.." digo envergonhada.

"Tudo bem, mas você me fez passar vergonha." diz Sarah.

"Sinto muito."

"Já disse que está tudo bem, de qualquer maneira não tinha como você fazer isso. Na verdade é que os Bartholy são uma família muito influente na cidade, e a maioria das pessoas tem alguns receios com eles. Não sou a única que os acham diferentes." diz Sarah.

"Diferentes? Mas isso explica toda sua antipatia com eles?" insisto.

"Eles são um pouco estranhos. Não se misturam com ninguém, e eles tem tanto dinheiro que daria para comprar essa cidade. Só desconfiamos um pouco disso."