Quando você foi embora

Capítulo 34 - Isso é um jantar romântico?

Oi, pessoal!

Muito obrigada por todos os comentários lindos e divertidos. Saibam que mal tenho tempo de escrever a história, nem de responder os comentários, mas como as notificações chegam ao meu celular, eu leio tudinho o que vocês dizem.

Um grande beijooooooooooooooooooo

P.s.: se preparem, porque os próximos capítulos serão intensos

-x-x-x-x-

Pulo da cama, assustada. O relógio sobre a escrivaninha marca 1:06h.

O barulho de alguma coisa colidindo contra minha janela me acordou. Estou tentada a ir espiar pela janela, mas não sei se deveria. Pode ser que o vento jogou alguma coisa contra o vidro, ou talvez o galho da árvore que temos ao lado da casa. Mas e se não for? Mesmo que isso possa ser improvável, porque meu quarto é no andar de cima, o simples pensamento de que alguém poderia estar tentando invadir a casa me dá arrepios.

O barulho aparece de novo, e mais uma vez eu me assusto. Dessa vez, no entanto, tomo coragem para afastar a cortina e olhar para baixo. O que vejo, é muito diferente do que eu esperava.

Noah ergue os braços quando me vê, como se estivesse proclamando "aleluia". Há quanto tempo ele estava jogando pedras na minha janela? Eu rio ao sentir todo o nervosismo deixando meu corpo.

– Você já está pronta? – ele diz, sem tentar soar tão alto. Mas no silêncio da noite, parece que está gritando.

Eu solto uma risada sem querer. Ele está bêbado?

– Pronta para o quê?

– Para o piquenique – ele diz, exibindo um sorriso enorme que só me faz acreditar que está, de fato, bêbado ou louco.

– Noah, é 1 hora da manhã, de sexta-feira. Será que não podemos fazer isso no sábado à tarde, como pessoas normais?

– Não, precisa ser hoje – diz, decidido. – Precisa ser agora, na verdade.

Eu reflito por um momento, achando graça da situação. Meu coração diz "vá logo", mas minha cabeça diz "você tem aula de manhã". Por que ele não propôs isso no fim de semana?

– Tenho aula de manhã, Noah.

– Eu também – responde, como se isso não significasse um empecilho. – Estou levando roupas pra trocar. Faça o mesmo.

Isso era, definitivamente, loucura. Significava que ele nem ao menos planejava voltar para casa de manhã. Aonde estava querendo ir?

– Noah...

Ele olha para o relógio em seu pulso e suspira.

– Olha, Serena, estamos perdendo tempo. Te espero lá na frente, em dez minutos.

E dá a volta em minha casa, indo em direção à calçada. Paro para refletir por um segundo. O que eu tenho na cabeça? Eu não deveria nem mesmo estar pensando em negar seu convite. Tudo bem que é no meio da noite, num dia em que tenho aula, mas só Deus sabe quanto tempo passei desejando tê-lo em minha vida novamente, e isso já é motivo suficiente para que eu desça correndo para encontra-lo.

Tomada pela animação, pego minha mochila, coloco os livros que vou precisar na aula, bem como uma muda de roupas extra e uma escova de cabelos. Sei apenas que, em cinco minutos, depois de ter trocado de roupa e escovado os dentes, estou a caminho da porta. Deixo um bilhete para vovó, avisando que esqueci de um trabalho que precisava entregar e por isso saí muito cedo. Apenas não disse que o "muito cedo" era antes das duas horas da manhã.