여섯

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O que fazemos quando vemos um doce muito bom mas só se pode olhar?
Exatamente, não pode tocar, nem morder, e muito menos chupar.

Digo isso pois estou vendo um pirulito bem na minha frente.

Ok, eu sei que sou atirado e normalmente não sou nem um pouco discreto quando se trata de homens, eu sei, eu admito. Mas há algo nesse homem há minha frente que me faz recuar.

Mas até quando? Desde quando o vi no café eu sou presenteado por sua presença inúmeras vezes, não pode ser apenas coincidência.

E isso leva-me a questionamentos, dúvidas e receios quanto a tua pessoa.

De qualquer forma, como pode alguém parecer tão atraente concentrando-se em falhamente se mostrar interessado no conteúdo que passa em sua televisão?

É fato, não pode ser algo apenas da minha parte.

O sofá vitoriano de repente parece pequeno demais até pra nós dois, e eu sinto necessidade de me aproximar de si, sutilmente. Suas orbes automaticamente me fitam e ele olha novamente para o televisor.

Baby, por que finges tanto? Sei que não estás interessado nesse episódio repetido de um canal qualquer de culinária...

Posiciono uma mão em seu joelho descoberto pela calça jeans, mas nem sequer chamo sua atenção, porém percebo sua respiração ficar pesada.

Coloco alguns dedos no buraco do jeans e começo a puxar, aumentando ele e consequentemente acariciando seu joelho. Mas ele não me daria a glicose tão rápido, Jungkook iria me testar para ver o quão eu estava disposto para ter aquele doce em minha boca.

E então eu percebo que oras, sua calça é cheia de furos! Que coisa, percebo que há um bem próximo de seu...

O som estridente do telefone começa a tocar, assustando-me e me fazendo quase dar um pulo para trás.

Jeon levanta-se, e eu me desperto do que eu estava prestes a fazer, certamente essa é a definição de broxar.

Ele pega o teléfono e o atende, era um daqueles antigos de rodar. Será que ele sabe que já inventaram telefones portáteis?

Durante a conversa meus ouvidos e olhos ficam atentos em seus gestos, ao mesmo tempo que percebo o quão estranhas se tornam as pequenas coincidências que estão espalhadas e posicionadas por todos os cantos da casa.

As extensões do sofá estavam porcamente escondidas atrás da cortina transparente, o que significa que alguém havia dormido no sofá, mas porque ele dormiria ali se havia o seu quarto, com uma cama enorme?

Ouço uma despedida sendo pronunciada e prontamente me ajeito no acolchoado, mas algo me chamou atenção: o que sai de sua boca é latim?

Durante minha ascensão para se tornar delegado, fui obrigado a estudar latim para colocar em meu currículo, como foi algo tão superficial, não consegui decifrar boa parte da conversa, apenas o idioma.

Quando Jeon volta, finjo que estava o tempo todo olhando para a televisão, e não espiando sua conversa.

"Você sabe falar latim?" Digo, porém parte de mim se arrepende por não querer parecer intrometido.

"Sim. Sei falar muitas línguas."

Permaneci em silêncio, desta vez. Parecia que estava mais fechado e não me atreveria em me aproximar da próxima vez sem antes obter uma abertura.

"Pode se aproximar novamente, eu não mordo."

O intimei para se encostar em mim com seu corpo usando o olhar, e ele avançou, seu braço colocado em meu pescoço e sua respiração batendo em minha orelha. Nossa diferença de altura proporcionava isso.

À essa altura eu já havia engolido a seco inúmeras vezes, sentia meu corpo arrepiado pois sua boca estava posicionada entre o local estratégico, causando uma sensação de arrepio percorrendo minha espinha.

"A menos que você queira."

Mas eu mantive meus olhos no pedaço de plástico com visor à minha frente, enquanto sua boca passeava por todo meu pescoço, apenas encostando, sem fechar e muito menos abrir.

Houve um momento que não pude controlar e fechei meus olhos, estava tão concentrado em fingir um tesão falso que não me apercebi que meu membro estava extremamente visível sob a calça.

Sua mão direita, que antes estava sem destino finalmente o encontrou: Ela percorreu das minhas coxas até as ancas, subiu pelo meu tronco e ficou timidamente circulando pelo meu pescoço. Até, em um momento que me fez praticamente explodir de prazer, Jungkook subiu em meu colo e apenas a roupa separava nossos membros, que causavam um forte atrito.

Sua mão apertou-se em meu pescoço e em seguida seu dedo adentrou minha boca, o qual eu deixei minha língua o encher de saliva, enquanto seu quadril movimentava-se sob o meu.

Seu rosto permanecia afastado do meu e meus olhos fechados pois eu não queria ficar face a face com a realidade.

Jurei suar frio e revirar as orbes.

E foi quando sua boca aproximou de minha bochecha e distribuiu beijos, ao mesmo tempo que sua outra mão apertava meu pescoço que eu percebi.

Percebi que estou face a face com o Diabo.

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⏰ Last updated: Jun 28, 2017 ⏰

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monster • jikookWhere stories live. Discover now