Caixa De Pandora

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Narrado em Terceira Pessoa.
• Versão do Narrador.
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LAR DOS MENINOS PERDIDOS
• Biblioteca Mágica •

   Novamente a bruxa encontrava-se sozinha naquele imenso casarão, digamos que não irei contar a presença de Evan no local pois o mesmo não retirava-se do quarto. Tomou coragem e direicionou-se à sua biblioteca um tanto trêmula, era fato, não gostaria que seu filho adotivo tivesse razão. Temia por isso.
   Vagarosamente abria a porta que rangia fazendo seu som ecoar por todo corredor. Adentrou em passos lentos à procura do lugar ideal do seu assoalho de madeira o qual havia guardado a Caixa de Pandora. Fitando o chão entre suspiros, abaixou-se calmamente para abrir como uma tampa, no entanto a tal caixa não se encontrava no local. Seu corpo gelou amedrontada com o que poderia ocorrer com aquela caixa em mãos erradas. Com um gesto de sua mão emanando magia tentou localizar onde estaria o seu objeto valioso, passando a seguir a linha avermelhada que a levava para o jardim de sua casa.
Em passos apressados acompanhava a magia até torcar-se de que estava à dar diversas voltas sem fim por toda a casa, e para onde a caixa teria ido jamais fora encontrado. Quem a roubou com toda certeza não queria ser encontrado.
   Confusa a bruxa retornou para dentro de sua casa, arqueando a sobrancelha ao escorar-se na porta da biblioteca encarando Evan sentando sobre a mesa de madeira que havia no centro do local devorando seus livros de magia. Semi-cerrou os olhos desconfiada.

- Você mexeu na minha Caixa? - Aproximou-se do garoto cautelosa, após questioná-lo.

- Você está deduzindo que eu a roubei? - Arqueou a sobrancelha ao fechar o livro com força fazendo com que o som do mesmo assustasse sua mãe que acabara de dar dois passos para trás. Apoiando a mão na mesa deu um pequeno pulo podendo tocar o chão com seus pés. Seus passos eram extremamente confiantes, uma postura arrogante que utilizara para encarar a mulher. A mesma suspirou pressionando sua mandíbula.

- Chega de jogos! - Ela sssurrou franzindo sua testa. Ele apenas sorriu ao canto dos lábios agora caminhando à sua volta de forma que a analizasse de cima à baixo. Quando o tomou em sua frente novamente, o agarrou por seus braços chacoalhando-o.

- Cadê o meu filho, Pan! - Gritou o mais forte que suas cordas vocais permitiram.

- Não estou entendendo. - O moreno sorriu sarcástico ao passar língua sobre seu lábio inferior. - Eu sou o seu filho! - Deu de ombros.

- Não é, Pan! - Tornou a gritar logo quando ele aproximou seus lábios aos da mulher.

- Você é esperta... - Sussurrou por mais uma vez sorrindo ao puxar-se das mãos da mulher que o prendia no local. Caminhou rapidamente para o seu quarto trancando a porta.

- Onde você colocou o meu filho, Pan! - Gritava pelo corredor passando a seguir os passos do garoto até a porta do dormitório do mesmo o qual ela esmurrava. Com um estralo de seus dedos encontrava-se dentro do cômodo.

- Me diga onde está a caixa, Pan! Me diga agora! - Ele apenas ria maléfico com a exaltação da bruxa.

- Por que eu lhe diria? - Arqueou a sobrancelha ao questioná-la. - Me de apenas um motivo?

- Por que é meu filho, Pan! - O garoto sentou-se na cama.

- Agora é? Depois de rejeitá-lo no hospital, me abandonar, matar-me na frente dele e ainda ocultar as memórias do mesmo? Curioso... - Tombou levemente sua cabeça para o lado direito.

- Independente, Pan! É meu filho, saiu de dentro de mim! E ainda por cima você está usando o corpo dele! - Ela tremia com a imensa vontade de destruí-lo novamente, porém não o fez pois seria o corpo de Evan em jogo, sem contar que não conseguiria encontrar a caixa com o espírito de seu filho.

- Podemos recomeçar nossa vida juntos... - Pan sorriu, parecia tramar algo. - Em uma terra nova, apenas para nós... - Continuou sua proposta, que logo fora negada pela mulher ao balançar a cabeça enquanto engolia a seco. - Pense bem, Ellie. Seremos felizes! - Abriu os braços como se a presenteasse com o mundo.

- Eu nunca serei feliz ao seu lado! - Lágrimas raivosas banhavam a sua face ao estralar os dedos ocasionando uma fumaça negra que a retirou do local dentro de segundos.

De trás de seu travesseiro ele retirava a Caixa de Pandora, passando a jogá-la para o alto em seguida a agarrando novamente em suas mãos. Ria tentando não produzir som admirando o imenso cristal vermelho que ela obtinha, seus olhos brilhavam por dominar tal preciosidade.

 Ria tentando não produzir som admirando o imenso cristal vermelho que ela obtinha, seus olhos brilhavam por dominar tal preciosidade

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