Coração Da Fada

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Narrado em Primeira Pessoa.
• Versão de Felix Mitchell.
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   Por que eu quem tenho que narrar a porcaria da minha existência? — Reviro os olhos em meio aos meus pensamentos.

   Lá estava eu, cambaleando entre as vegetações que havia naquela maldita ilha, com a cada passar dos dias mais desgraçado eu me encontrava.
   Obtendo a espada em minha mão direita, batia a lâmina da mesma entre os arbustos de forma que me desse passagem, abrindo uma trilha.
   Perdi as esperanças de sair daquele lugar, o verde do ambiente era cansativo para a vista, enjoativo de fato, então parei de contar as horas que eu passara perdido naquelas terras, mas sei que faziam alguns dias que eu evitava andar nos mesmos caminhos óbvios de todos os outros garoto, na esperança de não ter que olhar para cara de Ellie mais uma vez. Aquele olhar sínico e hipócrita, as falsas lágrimas que lhe banhavam a face, e os escambau.

  Minha narração está péssima? Bom, podem perceber que não me encontro nada bem. Por mim, eu nem citaria o que me acontece nesse exato momento, afinal eu não faço diferença na vida de ninguém. Porém, vamos lá! — Comentário pessoal do personagem.

   No momento em que me sentei em uma pedra acizentada repleta de limbo a guardar minha espada no suporte que se encontrava em minha cintura, ouvi passos vindo da mata. Levantei-me rapidamente preparando-me para o pior como de costume.
   Meus olhos percorriam por todo canto na tentativa de encontrar quem estivesse me perseguindo, eis que então uma garota de vestimentas verde e cabelo loiro resolveu aparecer à minha frente após retirar-se de trás da moita. Estava em minha frente de forma que me desafiasse, em sua mão obtinha uma flecha envenenada com Sombra De Sonho, que provavelmente roubara de minha sacola de trapos. Revirei os meus olhos me mantendo estático ao encará-la em seguida.

- O que quer agora, Sininho? - A questionei de forma rude sem mover um músculo. Sininho nada respondeu então continuei a indagar:
- Quer me matar? Anda logo com isso então! - Ela arqueou a sobrancelha ao abaixar calmamente o seu braço que estava posicionado sobre o meu ombro esquerdo.

- Qualé, rabugento? Você é sempre assim? Mesmo que sua amada tenha vindo lhe resgatar? - Com certeza ela estava querendo me tirar do sério, não podia ser algo pior do que isso.

- Não começa! - Não me contive, eu gritei em seguida dando-lhe as costas.

- Eu hein, garoto! Mas vem cá... preciso falar com você! É rápido, prometo. - De alguma forma ela queria prender a minha atenção. Contiunei a caminhar quando ouvi a mesma correr atrás de mim e puxar-me pela capa.

- Vai, fala logo. - Por mais uma vez revirei os meus olhos na espera de que ela começasse a me contar o que havia de tão importante.

- Preciso que me escute com atenção. Pan tem um plano maligno contra Ellie. Por mais que você se negue à amá-la, eu sei que ainda a ama. E que se importa...

- Chegue logo ao ponto! - Tornei a gritar. Aquela voz de fato me irritava.

- Pan mentiu com as memórias dele. Ela realmente fez por que foi obrigada. E para piorar, o garoto ainda à deixou gravida!

- Você acha que vou acreditar em suas palavras? E se estiver sendo manipulada por Ellie para me convencer? - Neste instante a garota revidou com ação às minhas palavras. Descontou-me um tapa sobre o rosto, enfurecendo-me.

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