Sera que é possivel um demônio se apaixonar? afinal ele não tem "coração"..
Mas se um anjo resolver entregar o seu para ele? Será que assim conseguirá amar?
Dorian é o Príncipe do inferno, já Agatha é um anjo de Alto escalão... o que esses...
Acordo dormindo sobre o peito de Dorian, sinto que estou com muita pouca roupa e me olho por debaixo dos lençóis, afirmando minha intuição. Ele não fez menção em removê-las e eu não me sinto pronta para me entregar dessa maneira, na verdade eu não posso, é complicado explicar, é mais complexo do que muita coisa, não irei cair, mas seria algo muito mais forte, eu estaria realmente ligada a Dorian, ligada da maneira mais intensa possível, como se meu corpo fosse dele e o dele meu, o que ele sentiria, eu iria sentir, se ele morresse, eu morreria.
Saio da cama e vou tomar um banho frio, tenho que aliviar meus nervos, a água gelada cai sobre as costas, sinto as penas unidas e todo o calor e nervosismo saem de minha pele, mas parece impregnado a alma.
Só o fato de beijá-lo, já nos une, mas não é algo que eu não possa suportar a distância, coisa que vai acontecer, é só encontrar o livro e tudo isso vai acabar, a realidade vai voltar e minha aproximação com ele será extinta, apagada da memória.
Esqueço a roupa para variar, saio do banheiro, pego minha bolsa e caminho para voltar ao banheiro, mas Dorian fingi dormir e me enlaça pela barriga, segurando-me por trans, cheira meu pescoço.
- Como você consegue ser tão cheirosa... esse cheiro de canela me enlouquece. – me arrepio toda e Dorian me virá para ele, agarrando minha boca.
- Dorian. – digo no meio do beijo. – Eu preciso me vestir. – ele me olha com aquele sorriso safado.
- Precisa mesmo?
- Dorian.- bato de leve no seu braço e me afasto indo para o banheiro.
Volto para o quarto e Dorian já havia colocado pelo menos uma calça de moletom. Ele tem algo nas mãos.
- Ei. – digo vendo o que é. – Por que mexeu nas minhas coisas?
- Eu não mexi, essa foto estava em cima da mesa.
- Tenho certeza que guardei aqui no caderno. – procuro o caderno na bolsa e não encontro.
- Dorian cadê meu caderno?
- Eu não faço ideia. - parece que está sendo sincero.
- Como não, ele estava na bolsa.
- Eu nem cheguei perto dela. – Dorian diz ficando de pé. – Procura melhor, deve estar aí dentro.
- Não está.
- Nos roubaram. – ele diz se virando. Me aproximo de sua bolsa e abro.
- Ei.. você não pode mexer aí. – Dorian diz e acho algo que eu não queria. Tiro da bolsa e mostro para ele.
- O que o meu caderno estava fazendo nas suas coisas?
- Eu não sei. – sua voz sai nervosa, mas de forma tão verdadeira que quase acredito.
- Eu confiei em você. – digo gritando com ele. – Some daqui.
- Agatha eu juro, eu não coloquei esse caderno aí, eu não o peguei. – ele segura meus braços.
- Quem foi então? só tem nós dois aqui. – digo olhando dentro dos seus olhos. – Por que tinha que estragar tudo, estava começando a confiar em você. – nego com a cabeça e me solto de suas mãos. – Sai. – digo sem olhá-lo.
- Agatha. – ele imporá.
- Dorian por favor, isso já esta difícil demais para mim, por favor, não piore as coisas.
- Eu juro que não fui eu. – ele diz e recolhe suas coisas, vendo que não conseguira me fazer mudar de ideia sai do quarto, me jogo na cama e começo a chorar.
❧❧ ❧❧ ❧❧
Dorian...
Por que ela não acredita em mim?, não sei como aquele caderno foi parar lá, eu não mexi nas coisas dela, eu acordei com a janela batendo, depois que Agatha voltou ao banheiro, vi a foto sobre a mesa. Soco várias vezes a parede e sinto que choro lágrimas de sangue, segunda vez que choro por culpa de um anjo, de um anjo não, de Agatha.
Sento no chão e analiso o que aconteceu.
- Espera. – fico de pé. – A janela bateu, alguém entrou no quarto, tem alguém de olho na gente, fez isso para eu sair do seu caminho, mas quem? O único que sabia sobre o bilhete era Nathan. Aquele demônio desgraçado, se eu confirmar que foi ele. Sinto a raiva percorrer minhas veias, elas queimam mais que brasas, ele não mexeu só comigo, ele envolveu Agatha, me prejudicou com ela, se foi ele ou outro vou descobrir e acabar com sua raça com minhas próprias mãos. Soco a parede mais uma vez, com tanta força que ela se racha.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
