Capítulo Quatro

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Tatiane

Ele vira a direita numa rua residencial que está deserta, desacelera a moto e observa, à procura do local perfeito. Há muitas árvores nas calçadas e os postes de iluminação não conseguem iluminar muito por ali. As casas são de classe média alta e são muito bonitas; estávamos em um bairro mais sofisticado. Ele estaciona próximo a uma das árvores e tira o capacete, estendendo a mão para que eu faça o mesmo. Eu automaticamente o faço. Do jeito que estou, nem sei se consigo descer da moto, minhas pernas estão suando e meu estômago a esta altura está congelado. Estou estática. Ele é lindo demais e estou feito besta, pois não consigo deixar de olhá-lo.

― Me dá a sua mão ― me pede, estendendo a dele. Ainda bem, isso me garante que não vou pagar mico de cair na sua frente.

Desço da moto com sua ajuda e logo em seguida ele me puxa para próximo da árvore. Vou de encontro ao seu peito, um paredão duro e com um cheiro maravilhoso. Ele me olha nos olhos e há algo lá. Devo estar ficando maluca...  Eu nunca estive assim com ele, mas é como se o meu lugar fosse aqui, nos seus braços, onde eu deveria sempre estar.

Acho que o Rafael queria ver minha reação e percebe nos meus olhos que eu também quero isso, então ele me gira rápido em direção ao muro de uma casa rosa e me encosta bruscamente nele, sussurrando muito próximo da minha boca:

― Eu estava louco pra fazer isso e vejo que não era só eu. ― Sinto seu hálito quente e um arrepio corre por todo meu corpo.

Ele passa sua língua no meu lábio inferior e contorna toda a minha boca, olhando-me nos olhos, e então me beija de um jeito como se fosse me consumir. Enfia a língua em minha boca de uma maneira intensa e ao mesmo tempo carinhosa, como se estivesse degustando a mais deliciosa bebida. Sinto seu coração bater forte e acelerado, assim como está o meu agora. Nossa respiração é uníssona e ofegante, misturando-se uma à outra.

Ele é bem mais alto do que eu e mais forte, bem mais forte. Sinto-me frágil em seus braços, mas ao mesmo tempo protegida e submetida à sua força e ao seu desejo. Ele pega minhas mãos e as prende acima da minha cabeça, o que me faz toda dele neste momento; estou à sua mercê. Acariciando todo o meu corpo com o seu, esfrega-se inteiro em mim, deixando uma sensação deliciosa... É como se ele fosse um gato demarcando seu território com seu cheiro, como se quisesse me marcar como dele. Lambe meu pescoço, mordisca minha mandíbula e se esfrega mais e mais e mais. A forma como manipula meu corpo com seus toques e beijos mostra que está indo à loucura, que está me desejando mais a cada segundo e isso me deixa muito excitada.

Estou praticamente pronta para ele, mas seria uma insanidade, pois estamos no meio da rua, onde a qualquer momento alguém pode aparecer e nos ver. Na verdade, até gosto deste perigo. Esta sensação nova me excita e descubro que o risco me faz imaginar que já existe alguém espionando a gente. É um estímulo extra, até então desconhecido para mim.

Ele começa a descer suas mãos pelos meus braços, liberando-os para eu finalmente poder tocá-lo. Minhas mãos passeiam pelo seu tórax musculoso e duro até adentrar em sua camisa. Estranho, nem lembro como foram desabotoados os botões. “Quem diabos pensaria nisso agora?”.

Desço até seu abdômen perfeito. Sua forma me enlouquece. Minhas mãos parecem ter vida própria e não consigo parar de tocá-lo. O carinho é inevitável. Subo minhas mãos pelas suas costas até chegar aos seus ombros largos, depois o pescoço e volto pelo mesmo caminho, mas agora são as minhas unhas que dão o ar da graça. Sinto que ele gosta quando arranho suas costas, pois ele estremece com isso.

Ainda está com o seu jeans e cinto afivelados? “Que droga...”. Forço as mãos para dentro de sua calça e agarro sua bunda. “Nossa... ela é tão grande e dura!” Aliás, todo seu corpo está tenso, duro e tem um cheiro maravilhoso... Volto minhas mãos para suas costas e depois para os seus cabelos, que estavam chamando pelos meus dedos. Seguro sua cabeça contra a minha boca, pois não quero que isso acabe e nosso beijo se intensifica mais, se é que isso é possível. Sinto seu quadril pressionar mais forte contra meu ventre, como se estivesse tentando entrar em mim e me sentir mais. “Malditos tecidos que estão entre nós neste momento!” Ele começa a tomar um ritmo um tanto frenético de sobe e desce entre as minhas pernas. Se com roupa já é assim, imagino quando estivermos sem elas. Seu membro está duro feito ferro dentro das suas calças e pulsa no compasso do seu coração contra mim. Sem querer deixo escapar um leve gemido de prazer; é inevitável. ― Ahhhh!

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