Capítulo 7 - O stalker

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No dia seguinte, antes de sair de casa, o professor dissolveu uma pílula em água, coletou o conteúdo do copo contendo a "medicação" com uma seringa, injetou numa maçã e a guardou no bolso do casaco

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No dia seguinte, antes de sair de casa, o professor dissolveu uma pílula em água, coletou o conteúdo do copo contendo a "medicação" com uma seringa, injetou numa maçã e a guardou no bolso do casaco. Ele passou pela cancela da escola, bastante nervoso, suando um pouco no rosto. O professor não foi barrado, o que o deixou aliviado. Parece que Carlos acabou de descobrir um jeito de burlar o sistema e se sentia muito animado por causa disso. Ele ria que nem criança ao caminhar pelo corredor, controlando a sua agitação quando alguém passava por ele.

As pessoas que sentem alguma coisa tornam-se diferenciadas e são detectadas pelos demais, que as denunciam como se fossem criminosas; crime por não fazerem uso das pílulas obrigatórias, como se isso fosse a pior coisa do mundo. Carlos precisa tomar muito cuidado para não ser descoberto.

Os dias finais da unidade eram de provas de encerramento do ano letivo e todos iam mais cedo para casa. Ao sair do colégio, Carlos passou na clínica para procurar por seu amigo Zangief.

— Como é o nome senhor? Não tem ninguém com esse nome nos registros.

— Como não? Ele trabalha aqui!

— Lamento, mas deve haver algum engano.

— Você deve ter digitado errado, o nome está correto!

— Atualizei o sistema e o resultado é o mesmo senhor.

Ele cruza os braços e sai de lá cheio de incertezas.

— O que está acontecendo? Onde foi parar meu amigo? - conversa sozinho.

Abre a página do Facebook e não encontra mais o perfil de Zangief entre os seus contatos. Não encontrou mais nada na internet sobre ele. Deu uma volta com o carro e parou em um lugar qualquer, longe de tudo.

— Ele se tornou um fantasma! É como se nunca houvesse existido... O apagaram da história! Quem são eles? - pensa.

Quando está pensando em sair, recebe uma mensagem de sua colega Natasha:

— Oi Carlos. Onde você está?

— Olá! – ele dá o endereço e vê que ela não está muito longe.

— Eu estou numa loja de doces, a caminho de casa. Poderia vir aqui agora?

— Tudo bem. Já estarei indo aí!

Carlos vai para o endereço, curioso para verificar os documentos no disco que coletara no carro abandonado no dia anterior. Ele está com os batimentos cardíacos acelerados e coloca uma música clássica para tocar para que possa se sentir mais calmo.

Algum tempo antes, o homem de chapéu que seguiu o professor Carlos Santiago chega até a clínica e entra no escritório da diretora Valentina.

Venho entregar meu relatório. Precisamos tratar de um assunto muito sério com urgência!

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