Capítulo XXXXVII | Discoveries

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//DES•CO•BER•TAS// 1 Ação de descobrir, de remover o que protegia, ocultava; descobrimento 2 Ação de achar o que ninguém havia encontrado antes: descoberta da penicilina 3 O que se experimenta, se vivencia pela primeira vez.

C A P Í T U L O XXXXVII

"Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama." Platão

H A R R Y

Havia uma sensação estranha que percorria-me os sentidos e minha mente, algo a alertar-me dos perigos de um sentimento como o que eu estava a alimentar. Mas pior do que ter tentado evitar o desastre de gostar dela, era saber que obtive e não obtive sucesso.

Eu não gostava de ti, Florence.

Eu era apaixonado.

E isto era o suficiente para voltar a me injetar.
...

Ela deslizou a blusa que usava e os seus cabelos voltaram a bater em suas costas em ondas loiras acastanhadas. Colocou uma camisola branca por cima, para por fim, tirar as calças de baixo. Eu acompanhei cada movimento com o olhar em si do lado de fora do seu quarto. As luzes estavam apagadas e ela não notou a minha presença vestido a preto com o capuz do casaco sob a cabeça, mas eu eu notei as suas costas com um leve pano a cobrir-lhe agora e vi durante sua troca que seu sutiã é branco.

Vi a tuas pernas, e que pernas...Pensava agora, mas naquele momento, antes de chamar a sua atenção quando deitou-se, eu não estava a seguir-te ou a espionar-te, eu apenas havia agarrado as plantas silvestres que cresceram na parede dos fundos da casa, subi até a sacada do seu quarto, e quando lá cheguei vi o que vi. Você estava a trocar-se, a tirar a tua blusa, e eu não sabia se chamava sua atenção ou se esperava você trocar e assim bater em sua porta de vidro como se não tivesse visto nada.

O problema era que eu mesmo estava atrapalhado com meus pensamentos, hipnotizado por suas curvas e pele que parecia extremamente macia. Eu não olhava-te com malícia ou pensamentos porcos, eu olhava totalmente sério, com o maxilar tenso, os lábios cumprimidos em linha reta e o olhar com algum encanto em cada movimento seu. Era tão...Assustador tudo o que eu sentia, tudo tão novo.

Eu engulo em seco, me recompondo antes de bater na porta de vidro que nos separa. O barulho a assusta no começo, e eu percebo que ainda não tirei o capuz, quando o faço a sua expressão muda de assustada para confusa. Ela levanta-se e caminha até a porta, girando a chave desta para por fim abrir e encarar-me sem ter o que dizer, e eu até tinha um propósito para ter subido até aqui, mas depois da cena que Florence havia dado-me, perdi totalmente as palavras.

- O-o que está fazend...

Eu a interrompo com meus lábios nos seus. As minhas mãos seguraram sua cintura e eu a levo de costas até que fique precionada contra a parede. Suas mãos encontram o caminho até a minha nuca e lá ficam entre meus cachos cumpridos. Não consigo parar de beijar seus lábios, sentir a maciez de sua carne contra a minha, ou sua boca viciante e saborosa. É ela quem faz-me sentir assim, tão descontrolado e faminto por ela, mas para piorar não a posso ter como a quero.

Ainda.

Eu me afasto para juntar nossas testas e encontrar seu olhar profundo e confuso. Como ela pode ter esse tom de azul hipnotizante?

The Butterfly Effect | H.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora