Capítulo XXXXVI | Strange

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//ES•TRA•NHO// 1 Espantoso; que provoca espanto, hábitos estranhos 2 Que, de certa maneira, foge às normas estabelecidas, comportamento estranho 3 Que causa um sentimento incômodo, sensação estranha

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//ES•TRA•NHO// 1 Espantoso; que provoca espanto, hábitos estranhos 2 Que, de certa maneira, foge às normas estabelecidas, comportamento estranho 3 Que causa um sentimento incômodo, sensação estranha.

T  H  E
B  U  T  T  E  R  F  L  Y    E  F  F  E  C  T


C A P Í T U L O  XXXXVI

“ O olho vê somente o que a mente está preparada para compreender” Henri Bergson

F L O R E N

Provavelmente corroí todas as unhas existentes em meus dedos, eu estava sentada no sofá com o joelho dobrado a espera de Harry, pensando em uma desculpa para dar à Adam por não ter ido trabalhar hoje. O motivo foi por obedecer Harry e espera-lo em seu apartamento como disse, mas também não sabia que ele poderia demorar tanto e não posso dizer isso como desculpa para Adam.

Acabo por voltar a calçar as botas que por sinal ainda estão úmidos da noite passada, e a lembrança faz-me lembrar de momentos depois quando Harry terminou de fazer o curativo. Um arrepio se alastra e eu quase coloco a mão sobre a sensação crescente no estômago com a cenas que se passam como filmes pela minha cabeça. Harry a beijar-me intensamente como nunca ninguém havia beijado-me. Balanço a cabeça e me recomponho quando lembro-me da maneira como o fiz sentir-se com a minha rejeição. Coloco o casaco do Harry outra vez e caminho até a porta.

O tempo não está nem para sol nem para chuva, mas o céu ainda está fechado, cercado de nuvens, o clima normal da Inglaterra. Eu desço contado os degraus e quando alcanço o chão, percebo ter dado 23 degraus. Decido ir para casa notando que preciso de um banho e de roupas minhas, mas outra vez a sensação de estar sendo observada percorre-me a espinha. Eu olho sob o ombro e não vejo ninguém. Aumento os passos e ouço alguns pesados atrás de mim com calma e lentidão. Tenho medo de olhar para trás, mas também tenho o sentimento de que pode ser apenas o Harry com a sua mania cautelosa e assustadora de chegar até a mim, ou pode de ser outra pessoa...O tal William...Ou o homem da boate...

Eu dou uma olhada sob o ombro dessa vez com a certeza de que se tiver mesmo algo ou alguém atrás de mim vou vê-lo. E nada.

— Olá.

Susto é o que eu sinto quando a voz soa a minha frente assim que viro-me. Coloco a mão sob o peito que muda de ritmo instantaneamente. É o rapaz loiro dos olhos castanhos ao qual não lembro-me seu nome, mas sei que é ele de quem Harry falava para afastar-me e que também era dele de quem Maggie dizia no outro dia.

The Butterfly Effect | H.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora