Grávida solitária

314 27 35
                                    

Música: If i didn't have you- Randy Newman.

Meeeeeus amores, não me atirem pedras pela demora, mas eu voltei! Não, eu ainda não acabei de escrever, mas eu tenho um problema com preguiça e se eu não voltar a postar (e for cobrada), nunca vou terminar. Então... Aqui estou eu! Senti TANTAS saudades de estar ativa aqui, mas agora vai... Amém férias! Beijos da Ana :)

Cheguei de um dia completamente estressante, onde tive reuniões a respeito de processos contra Ed. Parecia ser a nova moda abrir ações contra o meu marido. Respirei fundo algumas vezes antes de descer do carro e finalmente entrei em casa.

Meu ruivo estava viajando e embora eu quisesse mais do que tudo encontrar com ele, a noite se resumiria a um lanche improvisado e um filme que eu provavelmente dormiria na metade.

Depois de um sanduíche de queijo sem graça, subi as escadas quase me arrastando e entrei no banho. A água quente caía nos meus ombros e me fazia relaxar minimamente. Vários minutos mais tarde, deixei o banheiro já vestindo meu pijama e me joguei na enorme cama que parecia ainda maior sem Ed ali.

Encarando o teto e pensando na vida, me senti sozinha de uma maneira desesperadora e tentei o celular de Ed, sem sucesso. A próxima pessoa da minha lista era Iza, mas êxitei por alguns instantes antes de telefonar. Logo ela atendeu.

Ligação on.

-Oi mozão.

-Eu preciso de você.

-O que aconteceu?- . O tom de de voz preocupado.

-To solitária.

-Vem pra cá.

-Não quero.

-E você quer que eu faça o que?

-Venha aqui.

-Sabe família? Tenho.

-Sabe marido? Pede pra ele ficar com a Sophie. Quero nossa época de adolescente.

Iza respirou fundo do outro lado da linha antes de responder.

-Vou falar com ele e já vou.

-Te amo.

-Ta.

Ligação off.

Dei risada da resposta seca da minha melhor amiga e fiquei mais algum tempo jogada na cama, ainda encarando o teto, até que a campainha tocasse. Desci sem pressa e atendi a porta.

-Se toda vez que o Ed viajar você ficar carente, não vai dar pra viver.- Iza soltou com um sorriso, ainda parada na porta.

-Eu estou uma grávida solitária, me respeita.

Ela revirou os olhos e entrou em casa, se jogando no sofá em seguida.

-O que tem pra comer?

-Nada.

-Você me chama aqui e nem comida tem? Vou dar na sua cara.

-Pizza?- Sorri em expectativa.

Iza confirmou com a cabeça e eu peguei meu telefone, para fazer o pedido. Assim que desliguei o telefone, ela abriu os braços em sinal para que eu a abraçasse e foi o que eu fiz. Ficamos jogadas de maneira desajeitada no sofá até que nossa pizza chegasse.

-Você levanta.- Iza murmurou de maneira tão preguiçosa e quase inaudível.

Resmunguei antes de me levantar e buscar nossa pizza. Coloquei a caixa em cima da mesa e a abri. Iza sorriu ao ver a pizza de calabresa com um aspecto delicioso e enquanto eu fui buscar por guardanapos e refrigerante, ela atacou a pizza. Me juntei a ela, mas poucas mordidas depois, senti meu estômago embrulhar.

Vivendo o AcasoWhere stories live. Discover now