Benjamin Walsh é um médico que trabalha em período integral no hospital Geral de Boston, no oeste dos Estados Unidos. Com mais de dez anos de profissão, o neurologista desenvolveu uma afeição por sua paciente mais antiga, a misteriosa Ana.
Resgatada...
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Paul Willians. Paul Willians. Paul Willians.
O nome parecia fazer eco em minha mente e eu mal conseguia me concentrar em colocar os pratos na mesa de jantar. Cole estava correndo pelo apartamento enrolado numa capa vermelha gritando a plenos pulmões que era o novo super-herói de Boston.
— Ta na hora do banho Cole! — Disse terminando de arrumar os talheres na mesa, limpando minhas mãos num guardanapo qualquer.
Me virei e vi meu sobrinho quase derrapando no piso, gargalhando alto.
— Eu sou um supelói Titio, não peciso toma banho! — Disse entre risos correndo ao meu redor. Apesar de ter ficado o dia inteiro na creche, ele ainda tinha muita energia sobrando.
— Sua mãe vai vir te ver hoje e ela não gosta de meninos porquinhos. — Falei tentando esconder meu sorriso. Cole era uma figura.
— Mas a mamãe vai gotar de saber que eu sou supelói e supelóis não tomam banho! — Meu sobrinho murmurou tentando se justificar mas já era tarde pois eu já tinha o alcançado e o pegado no colo. Sob protestos e risos, comecei a marchar em direção ao banheiro.
— As bolhas de sabão vão aumentar seu poder Super-Cole! — Disse e ele me encarou com seus olhinhos verdes, acreditando fielmente que sairia debaixo do chuveiro mais poderoso. Ah, como eu amo esse menino...
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Jane chegou atrasada para o jantar. Ela tocou a campainha repetidas vezes e quando eu abri a porta minha irmã praticamente voou em meu pescoço, me abraçando fortemente. Fazia quase duas semanas que nós não nos víamos e sei que parece pouco para alguns, mas para nós que só temos um ao outro no mundo, duas semanas pareceu uma eternidade.
— Que saudade irmãozinho! — Ela disse sorrindo e eu a apertei mais contra mim.
Cole, que estava sentado em sua cadeira de alimentação já saboreando um pedaço da lasanha que eu havia preparado para o jantar, gritou assim que ouviu a voz da mãe. Ele começou a chamar por ela de um modo desesperado e eu a soltei do abraço permitindo que ela fosse abraçar o filho.
