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Reviravolta | Aprisionada...

Abri os olhos...
Havia uma claridade estranha no ar...
Tentei levantar me e perceber o que se passava, olhei para a minha roupa e vi que estava com uma estranha roupa branca.
Depois quando finalmente comecei a conseguir ver percebi que estava presa!
Literalmente presa!
Estava numa sala branca, mas dentro de uma jaula.
-Onde é que eu estou!? SOCORRO! Alguém!?Alguém que me ajude! POR FAVOR!
De repente a porta da sala abriu se e apareceu André.
-Calma Lucy.
-Tu? TIRA ME JÁ DAQUI! NÃO ACREDITO QUE ME PRENDES TE! Onde estou!?
-Tem calma. Ouve eu só te prendi para teu bem...
-COMO ASSIM?
-Ouve me...estas mentiras tem de acabar! Estou pronto para te dizer toda a verdade e tu? Estas pronta para a saber?
-Diz...
-Nós andávamos juntos na faculdade, eu fui o teu primeiro amigo lá...
-E a Sindi e o Nelson!? Eles já vinham da minha escola.
-Não. Isso não é verdade...eles contaram te isso e são capazes de te terem mostrado montagens...mas é tudo inventado. Eu fui o teu primeiro amigo, e depois conheces te os...eles eram irmãos e tu começas te a dar te muito bem com eles, mas eles eram malucos e más influências...
-Como assim?
-Eram sociopatas. Eles drogaram se contigo algumas vezes e tu deixas te de querer saber de mim... foi uma verdadeira festa a tua faculdade... mas não foi tudo bom. Nelson enganou te e fingiu apaixonar se porque percebeu o teu potencial e a sua irmã passou se por tua melhor amiga.
-Ham?!
-Depois vocês entraram para essa firma e eles abusavam de ti! Obrigaram te a fazer o que eles queriam com o objetivo de te usarem para serem eles a receber os prémios pela tua descoberta. Eles sempre foram interesseiros!
-Também foram eles que me deixaram amnésica?
-Não -baixou a cabeça.
-Eles até me levaram aos meus pais!
-Não. Aqueles não eram os teus pais! Eram atores pagos por eles...os teus pais morreram de desgosto!
-Eles não são irmãos.
-Eles não são irmãos de sangue...o Nelson foi adotado pela família da Sindi. Eles apaixonaram se um pelo outro! Mas são ambos doentes.
-Isso é uma história inventada! Foste tu que me deixas te assim! Foste tu!
-Por outros motivos! Eu amei te sempre! No dia do teu acidente de carro fui eu que te encontrei. Tirei te do carro e levei te para a minha clínica... Percebi que estavas muito mal e eu tinha a solução para para acabar com isso...era só criar te amnésia e poderia afastar te de todos os males. E fiz o...mas era muito forte! Deixou te com uma amnésia que se renovava...eu não cria isso.
-E os atenuadores de memória!?
-No teu caso faziam o efeito contrário e era para te manter saudável. Sem eles o teu cérebro morre mas também ganhas memórias obviamente.
-Foi por isso que me raptastes?
-Sim! Lucy se não os tomares tu vais morrer.
-E se os tomar fico naquela impotência outra vez, presa contigo para sempre...isso também é morrer!
-Eu amo te e sempre cuidei de ti!
-Isso não é amar! Tu tens uma doença por mim! Tu querias me única e exclusivamente para ti! E fizeste me isto! Não não...
-Não digas isso...
-Digo! Achas que eles são doentes mas e tu?
-Achas que sou doente? Não ! Toda a minha vida te tentei proteger, não percebes? Apaixonei me por ti e talvez tenha agido como um louco as vezes...mas porque não cria que eles abusassem de ti ! Não acredito que não me consegues dar valor.
-Eu não consigo perceber nada!-comecei a chorar- não sei em quem acreditar e estou neste mundo sozinha rodeada de psicopatas e sem memórias!
-Tens me a mim...
Ele saiu de ao pé de mim e trouxe uma marca e uma seringa.
-Agora vais te portar bem... preciso de te por a dormir.
Encontrava me tão impotente...
-Da cá o teu braço por entre as grandes.
-Não...sabes eu também te amo...e se queres as coisas a tua maneira vais ter de vir aqui dentro.
-Como é que eu sei...
-Tu não me conheces?
-Tens razão... ainda bem que percebes que isto é o melhor para ti.
-Pode mos ir viver para a cabana?
-Sim...-abriu a porta da cela e entrou- da me o teu braço.
Estiquei o braço e quando o fiz, rapidamente lhe dei uma joalhada, tirei lhe a seringa e espetei-a no seu braço.
-LUCY!
Afastei me e fechei a cela.
-Lucy vais morrer! Não podes fazer isso!
-Morrer ou ficar amnésica contigo é a mesma coisa.
-Lucy vai ser o teu fim! Nem sabes sair daqui...-adormeceu.
Olhei em volta e consegui identificar a porta.
Primeiro vesti a sua bata e depois com muita precaução sai porta fora.
Havia um corredor e mais à frente um elevador, entrei e percebendo que estava no último andar carreguei no botão que me levaria até ao resto chão.
Estava tão nervosa que apenas rezava para que ninguém me detivesse, e quando as portas do mesmo se abriram para deixar entrar um homem ia tendo um ataque de coração, mas felizmente o mesmo apenas me disse "boa tarde".

Amnésia Where stories live. Discover now