|Dezoito: Bônus|

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Ela não disse nada, mas pude ouvir o seu choro baixinho. E caralho, aquilo me quebrava mais ainda. Me doía saber que eu sempre era o motivo do seu choro.

— Eu te amo, Brenda..te amo desde antes da gente começar a namorar e eu era um idiota com você..Puft.. eu sempre fui um idiota com você. — disse amargo — Mas quer saber a verdade ? Eu só fazia aquilo pra chamar a tua atenção, eu só queria que tu me notasse, queria ser o motivo dos seus sorrisos..mas eu nunca fui bom com essas coisas né. Eu sempre fui um Zé mané. Meu jeito de amar é totalmente errado, eu sou totalmente errado. Eu te fiz chorar quando meu maior objetivo foi GE fazer sorrir, mas tu me surpreendeu, dizendo que me amava quando eu já. não tinha mais esperança que você um dia seria minha..minha pequena, minha loirinha marrenta.— desabafei — Tu me deu a chance de mostrar que eu não era só um vagabundo errado, e que poderia ser sim, o seu príncipe encantado...mas um pouquinho torto e sem o cavalo..— ri.

Disse tudo que eu tinha vontade de falar, mas não tinha coragem de olhá-lá nos olhos. E como todas as vezes, ela me surpreendeu novamente, vindo até mim e se aconchegando em meus colo.

— Eu te amo loirinha..amo seu jeito levado e ao mesmo tempo doce, amo a ruguinha em sua testa quando está irritada..amo sua carinha emburrada quando acorda. Mas amo ainda mais quando eu acordo e tenho você do meu lado — senti minha camisa molhada e beijei sua cabeça me sentindo um puto por fazê-la chorar novamente — Tu me dá uma chance ? Tu me dá uma chance de mostrar que posso ser seu príncipe quebrado novamente ? Um príncipe nem um pouco encantado, mas que te ama mais que tudo a sua princesa..

Fechei os olhos novamente e sentia as raras lágrimas molharem o meu rosto. Só ela me fazia ficar assim, vulnerável. Só ela sabia quem era o Izaac Fortun de verdade..um cara que fingia ser forte mas que por dentro era quebrado.

Senti o toque quente de suas pequenas mãos em meu rosto e seus lábios macios tocarem os meus. Sorri entre o beijo, sentindo aquela sensação única de tê-lá em meus braços novamente.

— Eu amo você.. — ela disse baixinho.

Eu não precisava mais de nada.

Apertei-a novamente em meus braços, mas dessa vez sem menção de soltá-lá.

*Pov.Brenda Lee

— Eu sinto tanta falta.— disse ainda em seus braços — ele era tão pequeno, mas também tão amado..— toquei minha barriga, e o aperto o aperto em meu peito se intensificou — por quê Zac, por quê ele tinha que nos deixar ? — chorei — ele era só um bebê, não tinha culpa de nada..sô um serzinho que nem teve a chance de conhecer o mundo aqui fora..só um anjinho..

— Shh..— ele sussurrou. Sua mão acariciando meu cabelo delicadamente, enquanto à outra acalentava as minhas costas — Ele está em um lugar melhor. O nosso anjinho, agora ora por nós lá do céu.. — beijou minha testa. Mas a verdade era que eu não me conformava, eu não conseguia parar de sentir aquela dor que me consumia à cada ano que se passava — Se deus quis assim, temos que aceitar. Algum propósito ele tem. Nosso filho foi levado de nós, mas isso não quer dizer que ele não está conosco. Aqui — tocou meu leigo próximo ao coração — Daqui ninguém poderá tirá-lo de nós.. Ninguém poderá acabar com o amor que sentimos por ele..

Ouvi sua voz também embargada, me fez ver que não era só eu que sentia aquela dor. Ele também sentia..sentia a falto do nosso anjinho que se foi mesmo antes de nascer. Ele era o pai.

Grávida aos Dezesseis - Consequências de uma apostaWhere stories live. Discover now