|Dezessete: Drack Collins|

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*Pov.Drack Collins

— Ela..ela tá grávida seu idiota ! — Brenda grita, e começa a chorar.

Por um momento eu perco o sentido de tudo. Era como se estivesse tudo em câmera lenta..

Olho nos olhos de cada um alí presentes e eles estão como eu, sem expressar reação alguma, congelados no tempo.

— A-a minha am-iga..tá grávida por tua culpa..seu irresponsável.. — volto à atenção a sua voz entrecortada pelo choro — Culpa de vocês e dessa maldita aposta !

Engulo em seco e uma culpa grande me consome.

Meu deus ! Como assim a Ayla tá grávida ? Como assim.. ela está carregando um...bebê ?

O nosso bebê..

Caralho !

Um filho meu..

Um fruto da minha irresponsabilidade. Mas mesmo assim um filho, um pequeno ser que não tem culpa de nada.

Olho pros caras novamente e eles estão mudos, parados feito estátuas no mesmo lugar..seus olhos demostram a culpa que eles sentem, mas não tão grandes como a minha.

Me desperto novamente assim​ q no lugar da culpa, eu vejo dó, em seus olhares. Só me lembro de ver o Izaac ainda segurando a Brenda que ainda chora em seus braços, para que ela não caia. Saio de lá ignorando os chamados de Drica quando passo pela sala e entro em meu carro dando partida no mesmo. Faço tufo no automático, pois minha mente só conseguia pensar em uma coisa..

Eu precisava Vê-lá.

Eu precisava saber como ela estava, mesmo que por dentro eu já soubesse tanto.

Eu sabia que naquele momento ela estava me odiando. Se antes somente pela aposta ela já devia me odiar, agora estaria pior..eu havia destruído a sua vida. Com certeza era isso que ela pensava de mim. Mas eu rezava à Deus, que no fundo ela soubesse que ele não tem culpa que nada, eu sou o culpado de tudo o que aconteceu..o nosso filho era só uma consequência de uma burrada que eu nunca deveria ter feito. Algo que eu não poderia concertar.

Mas mesmo assim, mesmo sendo uma consequência de uma aposta, mesmo ele tendo um pai que ele não merecia ter, eu rezava que ela não me odiasse tanto à pinto de fazer uma burrada.

É quando paro num sinal fechado que percebo que meu celular vibrava em meu bolso. Pego o mesmo ainda desnorteado e vejo varias ligações perdidas da minha mãe. No mesmo momento que lendo em ignorá-las o aparelho começa a vibrar novamente em minha mão.

- alô ?

- Filho..você precisa vir pra casa agora ! - a voz de minha mãe doa desesperada do outro lado da linha.

- Mãe, eu não pos..- tento falar mas ela me corta.

- Drack, sua vó está no hospital, deu tio Gregori ligou dizendo que ela não está nada bem..precisamos ir pra São Paulo - ela diz rápido e eu me calo, posso escutar ao fundo o choro abafado de minha irmãzinha - nosso vôo saí em duas horas, preciso que venha pra casa agora.

Grávida aos Dezesseis - Consequências de uma apostaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora