Capítulo 33 - Raptada

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MARTI

Senti uma pontada forte na cabeça, tentei levar as mãos à cabeça, mas sem sucesso, estava presa. Abri os olhos lentamente e ao mesmo tempo fui levantando a cabeça. A minha vista estava turva, só conseguia distinguir uma figura negra à minha frente e muita luz.

— Bom dia, bela adormecida. – Fui cumprimentada por uma voz familiar. — Espero que tenhas tido um bom sono. Em breve terás um ainda maior, e para sempre.

— Marcus?...

— Não. Bem, depende. Tu deves-me conhecer como Young-Jae suponho. Já faz muito tempo Yong-Gi. Muito mesmo. – A voz dele era grave e possuía um tom aterrador nela.

— O que queres de mim? – Questionei, ainda meio zonza.

— A ti. – A resposta foi curta e sem emoção. — Mas claro, se não te poder ter, ninguém te terá.

— O que queres dizer?

— O que será que eu quero dizer, Marti. De certeza que não te vou soltar e deixar-te voltar para aquele idiota. – Ele aproximou-se e pegou no meu queixo com dois dedos, senti um arrepio quando os seus dedos gelados tocaram a minha pele. – Tu és minha, apenas minha.

— Eu não sou de ninguém. Não sou um objeto para me teres. – A sua mão embateu com toda a força na minha cara, senti-a queimar como o fogo.

— Não brinques com fogo Marti, tu não sabes do que eu sou capaz. – Ele parecia irritado.

Eu deixei-me ficar com a cabeça baixa.

— Não dizes mais nada? Eu adoro ouvir a tua voz. – Ele faz um sorriso terrivelmente assustador.

— Onde é que está o Ji-Yong? – Questionei ainda de cabeça baixa.

— Ele? Ele está bem. Eu acho.

— Ele vai-me encontrar e tu vais pagar por todos os teus crimes.

— Se tu o dizes, mas não aches que será assim tão fácil encontrar-te. – Ele virou costas e foi até junto de um computador que se encontrava em cima de uma mesa mais à frente.

— Porquê? – Questionei levantando a cabeça.

— Porquê o quê? – Questionou sentando-se na mesa e encarando-me.

— Porquê tudo isto... Ou melhor para quê?

— Bem... - Ele fez uma pausa, parecia estar a tentar escolher as palavras certas para o que iria dizer a seguir. – Fartei-me de ficar para trás, cansei-me de correr atrás e de não me ligarem nenhuma, de me tratarem como se fosse invisível.

— Do que estás a falar? – Estava confusa com aquelas palavras, já que Marcus estava nas bocas do mundo pelo seu imenso sucesso como poderia ele ser invisível?

— Há quantos anos nos conhecemos M? Perdi a conta... A verdade é que desde que te conheci te achei fascinante. Eramos nós os dois contra o mundo, mas de repente cresceste e parece que eu deixei de existir, conheceste o Andrew e eu deixei de ser importante, passei a ser a terceira perna da relação, passei a ser invisível. O que é que ele tinha que eu não tinha? Uma carreira de sucesso como modelo? Dinheiro? Mas eu também tenho dinheiro, mas do que posso contar. – Ele levantou-se e retirou do bolso da sua camisa a carteira, pegou num molho de notas e atirou-as contra mim. – E o que tem o Ji-Yong que eu não tenha? Beleza? Carros? Uma casa grande? Ou talvez seja por ele ser muito bom na cama? É isso não é sua vadia! Mas Marti, eu também sou bom na cama, e olha que não sou de me gabar. – Ele deu uma gargalhada e voltou para junto da mesa.

let's not fall in love | bigbang [Revisão]Where stories live. Discover now