Respiro fundo sentando no sofá da linda casa da minha melhor amiga e sua família. Meu coração ainda está acelerado e eu não consigo processar o que está acontecendo. Chegamos mais cedo aqui, agora já é madrugada e eu simplesmente não consigo dormir, então desci e estou sentada no sofá olhando pela janela. Ouço passos e Estevan desce com o Aley nos braços, o menininho é lindo de morrer além de ser super fofo. Loirinho dos olhinhos extremamente azuis e todo carinhoso. Eles somem pela cozinha e quando voltam o Estevan tem uma mamadeira, senta e acomoda o filho nos braços para dar a mamadeira ao bebê.
— Está tudo bem? — Ele pergunta com o Aley olhando pra mim e para o pai. Saio da janela e sento no sofá.
— Acho que sim. — Dou de ombros. Observo Aley e sorrio. — Só que é estranho agora... Tanta coisa mudou. — Respiro fundo.
— O que quer dizer?
— Bom... Não estou acostumada a isso. Depois de todos esses anos que passamos indo de um lugar a outro, parar assim de repente e dizer que está tudo bem, não parece o certo. — Olho para o céu lá fora.
Por mais que estivéssemos parados naquele lugar, nós ainda estávamos sendo protegidos e ficamos por dois anos presos lá dentro, sem ver o mundo realmente.
— Agora está tudo bem, as pessoas que estavam atrás de vocês foram pegas, não foi isso que disseram?
— Foram, mas nem todos. O Ivan continua solto com alguns dos seus subordinados.
Vejo ele ficar tenso e suas mãos cobrem seu filho de um jeito protetor, acredito que nem o Estevan tenha notado que fez isso.
— Claro que ele não seria idiota de gastar o tempo que tem para fugir e se esconder, nos procurando. Bom, eu acho — sussurro sem realmente saber.
— Mas agora está tudo bem — afirma. — Aqui vocês estão a salvo.
Respiro fundo novamente.
— Espero que sim, só quero viver em paz — confesso.
Não falamos mais nada e vejo como ele é carinhoso com o pequeno que segura dois dedos do pai, e o Estevan faz carinho na orelhinha dele o fazendo dormir.
— Ele é lindo. — Sorrio e Estevan me olha. — E muito esperto para a idade, não que eu entenda muito disso, mas... Eu acho que ele é. — Dou de ombros me levantando. — Bom, vou aproveitar que o sono está voltando. — Fecho a janela e sorrio os olhando. — Boa noite. — Ele acena com a cabeça e eu subo.
Quando acordo no dia seguinte tomo um banho relaxante e desço, encontro Aley no sofá brincando com alguns brinquedinhos. Vou para a cozinha e Estevan está na frente da Mirella a beijando, sorrio com a cena.
— Só pra avisar que o filho de vocês está ali na sala, tá bom? — Falo e eles me olham assustados, Estevan revira os olhos.
— Não enche, garota.
Rio me sentando e pegando uma torrada com café e leite, Mirella senta na minha frente sorrindo.
— Senti tanto a sua falta, Jess. — Respira fundo e seus olhos enchem de água, segura minha mão e eu aperto sentindo seu toque delicado. Vejo Estevan saindo da cozinha pelo canto de meu olho.
— Também senti, Mi. Aconteceu tanta coisa ruim... Quis tanto nunca ter saído daquele maldito internato. — Meu coração aperta e eu fecho os olhos. — Mirella... — Reabro os olhos marejados, Mirella é quem eu mais me sinto confortável e quem eu não aguento não chorar perto dela — agradeci todos os dias por você ter ficado aqui, por mais que o Estevan seja um imbecil, ele gosta de você, cuidou de você melhor do que qualquer pessoa — sou sincera.
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Indecência✓ - Livro 3 da série Corrompidos.
RomanceLivro III da série Corrompidos, não é necessário ler os livros antigos para entende-lo. Ela atiça Ele provoca Ela odeia Ele gosta Ela foge Ele procura Ela quer Ele precisa Ela anseia Ele busca Ela impede Ele errou Ela não esquece Ele sabe Ela te...