Livro III da série Corrompidos, não é necessário ler os livros antigos para entende-lo.
Ela atiça
Ele provoca
Ela odeia
Ele gosta
Ela foge
Ele procura
Ela quer
Ele precisa
Ela anseia
Ele busca
Ela impede
Ele errou
Ela não esquece
Ele sabe
Ela te...
— Jesus Cristo — alguém sussurra incrédulo atrás de mim, Keel. Me viro pra ele e um sentimento ruim me invade. Eu me tornei um mostro. Ele me encara e encara o Dale se debatendo ao meu lado, mas pra minha surpresa, surge um sorriso muito mínimo no canto da boca e ele se levanta vindo até mim com suas mãos ainda amarradas.
Sua expressão muda rapidamente e ele corre me agarrando, só ouço os disparos e sinto seu corpo dar trancos ao mesmo tempo, a expressão dele é de dor. Então cai de joelhos e eu vou junto tentando segura-lo. Thereese nos encarando com os olhos arregalados e joga a arma no chão.
— Eu... não queria... ter... Não... Me desculpa Keel — gagueja.
Com o Ken em meu colo, eu estico um dos braços, pego o revólver do Dale na sua cintura e miro no Thereese, ele está em choque parado esperando pela morte. Atiro o tanto de vezes que as balas permitem, Thereese cai no chão e eu jogo a arma longe. Não sei se ele está morto e não me importo. Olho para o Keel e o acomodando em meu colo com meus braços ao seu redor, ele me encara, sua expressão é vazia.
— Droga, Ken! Você está bem? Ao menos vivo?
Ele sorri e uma tosse o atrapalha trazendo mais sangue e expelindo de sua boca.
— Tô... bem... garo... tinha — respiro fundo e o abraço.
— Deus! Qual seu problema?
Seguro sua mão.
— Eu te salvei... nem... assim me agradece?
— Isso foi praticamente suicídio!
— Foi por você... Falei... que faria certo... dessa vez... — sua voz morre e seus olhos se fecham momentaneamente, meu coração para na hora.
— Não, Keel! — as lágrimas se acumulam com força em meus olhos e eu o aperto nos meus braços. Meu corpo todo treme, mas não pelo frio e sim pelo choro.
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O prólogo começa numa cena futura, então a partir do capítulo seguinte, as coisas serão narradasantes de chegar até aqui.
