Capítulo 3 - Cidade de Rochas

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Engenheiro de Rochas.

Nem o próprio Carson Palmer saberia explicar o que, exatamente, ele havia estudado para fazer. Não havia uma faculdade específica para isso. Ele era um geólogo, formado pela Universidade do Exército, mas a pedido do Marechal havia se especializado nesse ramo, se tornando um engenheiro de rochas. Mas isso foi antes. Antes de toda destruição. Antes do protocolo NOVA.

Recriar um planeta não era fácil, mas também não era a tarefa mais difícil. O trabalho do Dr. Watt era, sem dúvida, um dos mais complicados. Mesmo assim, o seu também exigia muita atenção.

Quando o Marechal havia lhe explicado o que deveria ser feito ele não acreditou. Era inimaginável que isso pudesse, realmente, ser feito. Mas ele fez. Foram necessários anos de estudo e testes em programas de computador para que ele pudesse, finalmente, dizer que tudo estava pronto para as obras começarem.

A ideia era usar a própria crosta terrestre para ajudar a proteger a criação de Watt. As rochas do manto seriam escavadas em pontos estratégicos para que houvesse espaço suficiente para abrigar a todos e, ao mesmo tempo, não prejudicasse a estrutura do planeta. As escavações deveriam ser feitas de modo que não ficassem muito superficiais, para não abalar a crosta, e nem muito profundas, para que o calor do núcleo não se tornasse insuportável. Como tudo nesse projeto, os cálculos deveriam ser perfeitos, sem margem para erro.

A alimentação ficaria por conta dos animais coletados em grandes fazendas ao longo dos anos. Tudo feito da forma mais discreta possível, para evitar que a população entrasse em pânico. Embora não fosse mais tão recorrente, se alimentar ainda seria algo necessário para recuperar as energias. A água já não seria mais vital; o corpo era projetado para evitar perdas e a hidratação só se tornaria necessária em casos extremos.

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