"Enquanto há vida, há esperança."

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Os olhos fechados ficam incomodados com a claridade em seu rosto. Guilherme estava dormindo confortavelmente, vira de um lado para o outro, tentando tirar o rosto da luz, e acaba abrindo os olhos que sentem grande desconforto com o forte brilho diretamente em sua face. Ele pisca esfrega os olhos e lentamente vai levantando o tronco ficando sentando e aos poucos, sua visão se acostumam com a luminosidade e o embaçado da vista vai voltando ao normal. Ele olha a sua volta e vê que acabou pegando no sono de baixo de uma enorme árvore e o brilho do sol que passa por um dos galhos bate diretamente em seu rosto. Ele se ajeita e fica recostado no tronco da árvore, confortavelmente sentado na grama coreana sob ele. Ele observa aquela linda campina e uma suave brisa refresca seu corpo e traz o cheiro da maresia, a sua volta até aonde a vista alcança um lindo campo verdejante. O vento faz tremular a grama como se fosse uma onda, Guilherme respira fundo e solta todo o ar, a muito tempo ele não sente tanta paz como agora.

- Papai! Papai! - Grita João de longe.

- Filho, cadê você? - Grita Guilherme, que se levanta em um salto e começa a correr na direção do som.

- JOÃO, JOÃO, CADÊ VOCÊ MEU FILHO? - Desesperado ele corre e procura por todos os lados mais não consegue ver onde ele está e não ver nada além do campo verdejante até o horizonte. Ele continua correndo até chegar na parte onde o mato agora está na altura da sua cintura. Guilherme volta a gritar mais o seu filho não responde, apenas o som do vento responde seu chamado.

- Meu Deus! Meus Deus! - Um frio percorre a sua espinha o medo abate sobre a sua mente, ele tenta não pensar no pior, de repente algo se move atrás dele ele se vira e não ver nada.

- João! - Fala Guilherme com certo medo na voz.

Novamente algo passa correndo atrás dele. Guilherme se vira novamente e não vê nada. Muito mal ele vê um vulto passando rapidamente de canto de olho.

- Quem está aí?

Apenas o silêncio e o gélido vento tornam a responder. O mato alto na altura da sua cintura atrapalha a visão quando ele vê que algo no mato se aproximando mais não sabe o que é.

Ele vê a vala se formando no mato com aproximação de algo que passa na sua frente velozmente, ele corre na direção mais não vê nada simplesmente some da sua frente. Enquanto ele procura por algum sinal do que pode ser algo agarra sua perna.

- AaaaaaaaaaaaaHH!!! - Ele salta com o susto e se vira, mais não consegue ver nada ao seu redor.

Guilherme fica virando, tentando olhar para todos os lados se esforçando para ver o que pegou a sua perna.

"Será algum animal selvagem? Será que atacou meu filho? Será que ele está ferido? Será que está vi...?" - Esses pensamentos o deixam aflito ele tenta não pensar mais sempre vêm o pior a sua mente.

De repente tudo para, ele não vê mais nenhum movimento no mato, nada. Apenas o mais profundo silencio, um mórbido silêncio, se houvesse mais alguém ali seria possível ouvir seu coração batendo.

"Seja lá o que for aquilo que estava cercando-me parou ou desistiu."

Guilherme segue em frente com o tronco baixo usando os braços para abrir caminho e ir baixando o mato para poder ver o caminho a frente ele segue em ziguezague.

- João, meu filho pelo amor de Deus... João responde meu filho! - A voz de Guilherme sai tão fraca que parece mais um sussurro.

Quando um vulto salta do mato e pula em suas costas agarrando seu pescoço. Guilherme arregala os olhos o pânico toma conta do seu ser, ele têm a sensação do sangue parar de correr no corpo e ser substituído por gelo e do coração querer sair pela boca e voltar ao lugar. Sentir o medo inflar seu corpo e virar e revirar o estômago ao contrário e tenta-se explodir de dentro do peito. A vontade era de berrar mais nada saiu da sua boca apenas o desespero e...

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