Sequestrada (1º Edição - Completa)

Capitulo 21

"Há um telefone ao lado na cabeceira da minha cama... Penso em te ligar pelo menos umas vinte vezes, e todas essas vezes que eu pensava em discar seu número, ficava ali na esperança que ele tocasse e fosse você. Mas ele não toca, e se toca, nunca é você."
- Harry Puckerman

A noite caiu e Cameron já tinha ido para sua casa. Nós ficamos conversando praticamente a tarde toda sobre a faculdade. Ela queria trabalhar com eventos. Ter sua própria boate. Eu. Bom. Eu não sabia se iria fazer. Não tinha nem me inscrito em faculdade. E por o meu pai ser prefeito, eu conseguiria fácil as entrevistas. Mas, mesmo assim, faculdade não é o que me preocupava agora.

Meu celular tocou e eu estranhei pois quem tinha meu número era só Cameron e...

Blaine!

— Alo!? - disse estranhando e com medo de que voz eu iria ouvir.

— Meg? - ufa, era Blaine. Procurei pelo controle da tv e abaixei rapidamente o volume.

— Oi. - disse me jogando na cama.

— Eu sei que agora você quer viver sua vida aí, mas... - uma pausa e uns cochichos. — O Harry está aí com você? Porque sabemos, que ele foi até você ontem.- pisquei algumas vezes.

— Não por que? - perguntei desconfiada. Ele havia sumido de novo!?

— Estamos sem notícias dele.

— Ele sabe se virar sozinho. - disse não querendo ser rude. Mas o cara já tinha idade pra se cuidar.

— Não se tem duas pessoas atras dele querendo matá-lo e ainda mais ele todo quebrada. - fiquei em silêncio. — Achamos que seu pai pode estar envolvido.

—Por que acham isso?

— Por que ele ligou na mansão querendo falar com o Harry. E parece que os dois iriam se encontrar.

— Eu estava com meu pai mais cedo. Não acho que... - me lembrei da nossa conversa e me toquei que meu pai dizia que tudo iria voltar ao normal para eu não me preocupar que iria destruir todos eles. — Eu queria acreditar que ele não fez nada, mas sei que estaria enganando a mim mesma. Eu vou ver se consigo alguma coisa. - disse chateada para Blaine.

— Tudo bem. - ele disse. — Ela vai ver. - Blaine diz para outra pessoa e eu ouço de fundo a voz de Ryan, mas não consigo saber o que ele havia dito. —Obrigada Meg, fique bem. - e depois desligou.

Com o celular ainda colado no ouvido fiquei olhando para o teto.
Será que novamente meu pai prendeu ele.

Aqueles polícias não estavam fechando a estrada por nada.

Levantei e coloquei uma calça jeans e meu sutiã.

Eu só queria um pouco de paz, nessa vida.