Capítulo 13

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  *Megan

Você vai me deixar ir acreditando que estarei seguindo em frete e eu vou embora acreditando que estou seguindo em frente mesmo deixando o meu pedaço maior e mais importante parado na soleira da porta.

Então, eu volto pra realidade.

Vejo uma silhueta masculina se aproximar, pisco algumas vezes tentando me manter acordada, e então a silhueta aparece ao meu lado. Tento fechar meus olhos quando aquela luz forte e branca é direcionada para os meus olhos, cegando-me momentaneamente.
O homem fala algo, mas eu não consigo responder. Eu estava fraca e com muita sede. Vi mais três pessoas e elas pareciam falar comigo.
Em seguida, minha cabeça tomba para o lado e eu apago.

{...}

Naquela sala minha mãe estava praticamente sobrevivendo por causa dos aparelhos em seu corpo e nem eu a reconhecia mais. As lágrimas escoriam sobre meu rosto, mesmo pequena sabia o que estava acontecendo. Senti um arrepio, um frio na barriga, naquele momento eu sabia que ia perder minha mãe, mas não queria aceitar isso. De qualquer forma, ela se foi e hoje vejo todos os motivos dela não estar mais aqui comigo.

{...}

Minha cabeça doía, meu corpo reclamava e implorava por um pouco de alívio daquela dor. Qualquer movimento era quase letal.
Abri meus olhos com certa dificuldade e tornei a fechá-los quando o forte branco daquele lugar me cegou momentaneamente mais uma vez. Respirei fundo e aquilo doeu internamente, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo de dor.

Ouvi o som de uma cadeira, ao meu lado esquerdo, ranger. Abri meus olhos e ignorei toda aquela luminosidade, piscando algumas vezes até conseguir enxergar claramente, sem aquele embaçado de antes.

— Se aparecer na minha cidade serei breve de matar você e seus amiguinhos inúteis.

Senti minha mão ser segurada e rapidamente meu ombro ardeu quando fiz menção de move-lo. Na mesma hora soltei um gemido de dor o que fez a pessoa soltar a minha mão rapidamente.

Fechei meus olhos e finalmente consegui ouvir o som do ambiente ao meu redor e aquilo não me agradou. Os bips da máquina que monitorava o ritmo das minhas frequências cardíacas estavam rápidos e audíveis. Novamente uma luz forte e branca foi direcionada até minhas íris oculares. Foram exatos 5 segundos com aquilo cegando-me e quando a luz sumiu, minha consciência foi levada consigo, me restando a escuridão.

O completo silêncio é algo completamente raro e inalcançável enquanto estivermos vivos, por isso que eu conseguia ouvir o som baixo da TV transmitindo algum jogo

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O completo silêncio é algo completamente raro e inalcançável enquanto estivermos vivos, por isso que eu conseguia ouvir o som baixo da TV transmitindo algum jogo. Também conseguia ouvir o som calmo daqueles bips que aceleraram minimamente assim que eu abri meus olhos.
A pouca luz naquele ambiente fez com que a minha visão se acostumasse melhor com tudo, apesar de toda aquela cor clara e irritante das paredes e de alguns móveis. Respirei fundo e pesadamente, sentindo os músculos, ossos do meu ombro doerem ou latejarem no processo. Olhei ao meu redor e reconheci o lugar onde eu estava, Mercy Hospital, reconheceria os quartos daquele hospital sempre que o vissem em qualquer lugar não importava o tempo que passasse, afinal, foi em um desses quartos que eu vim pela primeira vez, no meu ataque de cortes quando fiquei internada e fui sequestrada pelo Mika.

Sequestrada (1º Edição - Completa)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora