Cap 26

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Terror narrando •

Desço o morro com minha fuzil na mão entro em um bequinho encontrando com DG.

- Os polícia tão invadindo, irmão e tão vindo com caverão - Diz

- Atividade porra, Atividade - digo e os soldados começam a troca de tiro

Olho pro lado e vejo que estamos no lucro

Vou descendo o morro ao lado de DG, atiro em alguns que estavam distraídos

- Tamo cercado aqui na rua principal vem pra cá DG - Pivete diz no Radinho

-Vai lá que eu seguro aqui - Digo e ele vai

Desço com alguns vapores e vejo um menó caindo ao meu lado.

Rapidamente olho pra trás e vejo que foi um cu azul que atirou em minha direção, ia atirar nele só que senti um cano na minha nuca
— Se respirar eu te mato - fiquei imóvel
E pela primeira vez, penso cerca de 5s e hesitei... logo eu.. veio o rosto do Arthur e da Cierra em
meu pensamento, e isso me deixa imóvel. Tive medo, medo de perder minha vida e não ter nem a oportunidade de conhecer meu filho

Essa vida é boa, prazerosa e luxuosa.. e mesmo assim, esses são os momentos que mais importam.

- Coloca a arma no chão e as mãos na cabeça - Diz um deles, tentando me assustar

De relance olho pro fundo do beco e vejo Dg da laje, eu apenas assinto com a cabeça. Deixei que ele entendesse como quisesse
Ele iria tomar as providências de tudo.

Tiro meu fuzil das costas e as munições da cintura, larguei rádio e os caralho.. nunca me senti tão frágil, tão tão indefeso! Me sinto aquela criança que precisava de ajuda e não tinha ninguém

- Muito bem, seu traficante'zinho de merda! vamos ver se a cadeia te da algum jeito né - sinto ele dando um chute em minha costela - Filho da puta, levanta PORRA- cospe na minha cara

- Aproveita bastante esse tempo que você pode respirar - digo sorrindo enquanto limpo o cuspe da cara
—Mais um crime pra tua conta hein. Desacato à autoridade! - diz num tom de deboche se aproximando de mim com as algemas em mãos

—Vai se fuder! - ele sorrindo me algema
—Bom é ouvir esse barulho da algema fechando, é menos um verme na rua- diz um deles
—tô começando achar que isso é fetiche, sair do armário resolve - digo num tom debochado
O que estava me segurando a caminho da viatura, me da uma coronhada me fazendo ficar tonto
—calado seu merda! Tudo que você disser será usado contra você no tribunal - diz me jogando dentro da viatura
Dentro daquela viatura eu só pensava no quanto minha vida é desgraçada. Tenho tudo que o dinheiro pode comprar mas até hoje não encontrei a felicidade

E tudo que me restou no final disso tudo é a prisão!
Desço daquele carro e já entro em uma delegacia, fiquei numa cela sozinho.

- Deu sorte vagabundo.- Diz tirando a algema - pegou uma sela só pra tu- Da um leve tapa em minha cara

O encaro e minha vontade era de bater e socar tanto esse filho da puta até ele morrer
Sento em uma cama, e só penso que se eu sair daqui vou subir a segurança no morro. Meu império vai ser uma muralha. Não posso ser pego assim de bobeira
(...)

No dia seguinte....

- Acorda porra - diz um guarda batendo nas grades

O encarei sem falar nada

Nem dormi essa noite imaginando como deve tá minha favela, Cierra, Arthur..

Porra eu tenho que sair daqui de um jeito ou de outro
—Tu tem visita - Diz abrindo a grade e me algema

Olho e vejo DG, me senti muito aliviado papo reto
Douglas não tinha passagem na polícia e nunca foi preso então podia circular à vontade
Faço sinal pro guarda tirar minha algema mas ele ri debochando, vira as costas e sai da sala.
- como tu tá irmão? - pergunta
—Tô fudido né caralho, ta vendo não?- digo
—Adianta ficar nessa não, tô aqui pra te ajudar. Cierra mandou te dar - me entrega uma bolsa
—E como é que ela ta? - digo pegando a bolsa da mão dele
— Ta na luta né, como sempre. Ela sim ta sofrendo, grávida e com o pai da criança aqui nessa porra! - diz
—Eu não sei como essa mina permanece comigo papo reto. - digo
—A mina te ama. E você só fez machucar ela - diz jogando na minha cara
—Meus problemas eu resolvo, valeu? E vamos falar sobre o que interessa aqui. Qual é a minha situação na justiça?- tento gesticular mesmo com as algemas atrapalhando

—Mano graças a Deus você é réu primário ta ligado. Você só era procurado por furto de biscoito. Nossa advogada é pica e ela vai vir falar com você amanhã. Então fica suave mano, vai dar tudo certo - Diz com uma das mãos no meu ombro e a outra gesticula

Tento entender ao máximo o que ele explica
—Mas tenho certeza que vão tentar impedir minha saída daqui em cima da lei, ta ligado?!- digo
—Primeiramente, tentaremos tirar você daqui dentro da lei. Como eu disse: nossa advogada é pica. Ela vai dar um jeito, mas se os cara tentar empatar, a gente mostra quem a gente é se ligô?
—Vai dar certo mano, é isso- digo tentando apertar sua mão
—Ciera te deixou tao sentimental - ele sorri - Ta pensando mais- ele da risada
— ta com saudade de ouvir eu te mandar pra puta que pariu é? Cuidado com esses fetiche - digo e ele desmancha o sorriso
—Mas falando sério, cuida dela tá?- digo - coloca bastante vigia lá na porta de casa e fica de olho no Arthur aquele ali faz coisas que Deus duvida - digo e ele sorri
—Então fechou, irmão. Amanhã eu volto aqui com a advogada. Vai dar tudo certo mano
—valeu mano!
Ele bate na porta e eu levanto da cadeira e logo um policial entra e vem em minha direção
Ele trás a bolsa logo atrás de mim.
Uma policial tira minha algema e me entrega a bolsa que Dg trouxe. E me entrega um celular e me dar um piscadela
Fico meio confuso mas mesmo assim aceito.
Entro na cela e escondo o celular em baixo do meu travesseiro e abro a bolsa que o Douglas trouxe
Havia uma foto da Cierra com aquele barrigao que só vai crescer mais. Ela está deitada no sofá la de casa com um top rosa, que aparentemente é sua cor favorita. Com sua barriga à mostra, enquanto Arthur está beijando sua barriga deitado em suas pernas. Cierra está sorrindo espontânea, como sempre. Aquele sorrisão branquíssimo e bem largo, devido aos lábios carnudos que essa garota tem.

E sem que eu perceba, uma lágrima involuntária escorre sobre meu rosto. Percebo que tenho a oportunidade de viver o amor de uma família, uma família que está partindo de mim. Não posso permitir que meus demônios internos atrapalhe essa nova fase da minha vida
Limpo o rosto com as mãos mesmo, e em seguida ponho a foto deles embaixo do travesseiro junto do celular.

Pego o saco de comida que o Dg trouxe e como aquela comida deliciosa. Parece que eu não me alimento a dias..

Depois de me alimentar.
Eu tento ver o que tem naquele celular. É um Samsung Galaxy. Não havia senha então comecei a fuçar. Baixei o brilho e fui direto no Whats..

Bandido Também Ama (REVISÃO) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora