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HEEEEEEEEEEEEY MORES!! <3

Até que voltei rapidim, né? ASHUASUHASUHAS. Sem muita demora, eu espero que vocês gostem do capítulo. Foi meio difícil escrever ele, mas deu tudo certo e a história tá se encaminhando do jeitim que eu pensei para o final dela. 

Muito amor por vocês sempre. Aproveitem, lindoxxx <3

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Perrie

É inacreditável a minha falta de sorte na vida. 

Eu entendo que não é apenas uma situação de sorte, onde eu não pudesse controlar a situação. O que me deixa ainda mais frustrada. Nunca me permiti relaxar; dar um tempo para os meus sentimentos, lidar com eles. Sempre estive aqui pelos meus amigos, mas nunca estive aqui para mim mesma. Nunca aprendi fazer isso. Lidar com sentimentos não é minha maior especialidade. Como consequência, perdi o controle das minhas emoções e olha só o que me causou.

Ed tentou falar comigo minutos após eu sair da sala, para longe daquela discussão desnecessária, mas eu me certifiquei de trancar a porta e de deixar o celular no silencioso. Não queria ver nem mesmo o Louis. Sabia que podia confiar neles a qualquer momento, assim como nos outros também. Contudo, eu sentia que, naquele momento, eu não precisava de ninguém, além de mim mesma.

Depois de dois meses empurrando minhas emoções para a parte mais obscura do meu cérebro, decidi que era o momento para me permitir. Sentir toda a dor que pulsava dentro de mim, causando tremores ao meu corpo. Uma parte do meu subconsciente sentia um medo incomum de não conseguir encontrar meu autocontrole depois dessa onda de tristeza. Contudo, eu precisava disso. Não poderia lidar com nenhuma situação afogada em sensações ruins, fingindo que estava bem apenas para não chamar atenção das pessoas que mais me amam nessa vida. Ao contrário do que eu imaginava, as lágrimas não rolaram pelo meu rosto. Meu peito se contraia devido a dor, mas tudo que saia de mim eram pequenos gritos sufocados pelos travesseiros. Minha garganta parecia querer tampar a qualquer momento; meus olhos continuavam secos, indiferentes a dor que assolava minha alma. 

Imagens confusas daquela noite assombravam minha cabeça aumentando ainda mais o meu desespero. Louis estava uma bagunça sentimental e física no hospital, meus amigos tensos esperando notícias ruins a qualquer momento, e tudo parecia difícil demais para ser suportado. Conseguia lembrar com clareza a bagunça de sentimentos que se passava dentro de mim devido a situação que se desenrolava ao meu redor, me deixando desesperada. Tudo que eu queria naquela noite era fugir de mim mesma; dos meus pensamentos, de tudo. Mas claro que isso não era possível. Como uma adolescente imatura que, no fundo, nunca deixei de ser, bebi até não saber mais quem eu era ou o que estava fazendo. Se Zayn se aproveitou do meu estado para provar algo ao Louis ou não, no momento não sou capaz de julgá-lo. Mas, de mim, tudo que consigo sentir é nojo e raiva por ter sido tão fraca. 

Eu sabia o que tinha que ser feito. Estava na hora de limpar as lágrimas e reencontrar a mulher forte e decidida que sempre fui. E lidar com as consequências. 

No conforto da escuridão do meu quarto, não tinha a menor noção do tempo lá fora. Muito menos o que estava acontecendo. A única pessoa que conversei nas últimas horas foi Richard, pois precisava que explicar minha ausência no hospital. Como eu imaginava, ele compreendeu minha situação mesmo sem receber muitos detalhes do que estava acontecendo. Minha vida podia está fora do meu controle nos últimos meses, mas o meu rendimento no hospital não caiu por conta disso. O que me dava algum crédito com o Chefe. 

Com certo esforço levantei da cama, abri as janelas notando que já era noite lá fora. Não sentia fome. Até mesmo pensar em comida me fazia querer vomitar. Encarei meu reflexo no espelho detestando a mulher que me encarava de volta. A maquiagem muito borrada, o cabelo em um estado crítico, mas, não era isso que me incomodava. E sim, a expressão abalada; derrotada. Eu não sou esse tipo de pessoa.

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