As Lobas da Lua

Cap. 7

Pov. Oliver

Acordei com o cheiro dela, a minha companheira, depois de algum tempo escutei o chuveiro do quarto dela sendo ligado. Levantei, tomei meu banho, e depois de tudo pronto sai do quarto, e ainda pude ouvir o chuveiro dela ainda ligado.

 Desci as escadas e encontrei meu primo todo preocupado falando no telefone, quando cheguei mais perto, ele viro pra mim com os olhos vermelhos com algumas lágrimas.

-O que aconteceu primo? - perguntei colocando a mão em cima do ombro dele

-É a minha irmã primo - disse ele andando de um lado para o outro

-O que aconteceu com ela? 

-Esse é problema - falou parando e olhando pra mim, me deixando mais preocupado - eu não sei, ela não atente o telefone, e ela sempre atente, e se algo acontecer com ela? - falo soltando um longo suspiro - E se ela estiver em perigo? Sendo torturada? Ou pior, morta...

-Primo, se acalma - ele me lançou um olhar mortal - Ta, esquece, vou ligar pros meus pais, para eles mandarem grupos procurarem por ela, vamos achar ela primo, não se preocupa, ela é como uma irmã pra mim também.

-Muito obrigado - disse ele vindo me abraçar, que eu retribui - Ela é a única família que me sobrou, tirando vocês, lógico, eu amo muito vocês por isso.

-Nós também te amamos primo - dei algumas batidinhas nas costas dele

-O que vocês são? - gelei quando ouvi sua voz, a voz dela era como música para os meus ouvidos

-Um casal, não estão vendo? Somos gays - falou a besta do meu primo, quando nos separamos do abraço, e ele virou de costas, porque não queria que elas vissem a cara de choro dele

-Vocês, são gays? - perguntou a companheira de Henri

-Somos algum problema? - pergunta Henri, ainda de costas

- Não não, problema nenhum, até porque somos lésbicas, e está aqui é minha namorada - diz apontando para a morena, que creio que seja a Soph, que ela falou

Então Henri se vira e arregala os olhos, se dando conta do que acabou de acontecer.

-Então, amor, nossos companheiros não são maravilhosos?  - pergunta minha companheira

-Sim...lindos.- Afirma a morena

-Pena que são gays, - ela fica pasma, mas olha pra minha companheira, e as duas acabam deixando um sorrisinho de lado escapar, e que sorriso - Mas sorte que somos lésbicas, né amor?

-Sorte mesmo amor, e - ela da uma pequena pausa, e continua - fiquem longe de nós! - diz apontando para nós dois, e pegando na mão de minha companheira, e levando ela para fora de casa.

Henrique me olha, e faz aquela voz chorosa de arrependimento.

-Perdemos nossas companheiras, fomos rejeitados, - ele da uma pausa, me olha, arregala os olhos, e continua - Somos bastardos.

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