Onze

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Quatro meses depois…

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Quatro meses depois…

Já eram duas horas da madrugada de sábado, e Cecí se revirava na cama, estava muito quente, o ventilador estava quebrado e caso ela abrisse a janela… centenas de pernilongos entrariam.
Sentia saudades de Davi, ele tinha viajado na sexta-feira, iria visitar seus avós paternos, pela tarde mandou fotos da praia, e prometeu que na próxima visita que faria aos seus avós, a levaria junto.

Sempre que ela pensava nele, sentia-se extremamente feliz por tê-lo conhecido, aquela paixão evoluiu muito nos últimos meses, desde o primeiro beijo na biblioteca, muita coisa aconteceu, como o pedido de namoro que ele fez, quando ela menos esperava… certo dia estavam os quatro no porque, Denise, Alice, Cecí e ele, ele saiu andar com ela, deixando Denise e Alice sozinhas, quando estavam em frente a árvore que ela mostrará no dia em que levaram as doações, ele pediu para que ela fosse até ela sozinha, quando se aproximou havia um folha de papel colada no tronco da árvore, e nela estava escrito com letras enormes, “Cecília, aceita namorar com Davi?”, ela retirou a folha da árvore, e correu pros braços de Davi, gritando “Sim, sim, eu aceito!”.

Davi também já tinha passado dos degraus da casa de Cecí, e com isso quero dizer, adentrado na casa, conhecido o quarto de Cecí, no qual passavam algumas tardes e noites, no qual Davi também desabafou, estava triste… a morte de seu pai havia abrido fendas doloridas em seu peito, e não sabia como lidar com aquilo, então tentava ignorar, Cecí o ajudou com aquilo, e a tristeza com o passar dos meses diminuiu tanto, que ele teve coragem de ir na casa dos seus avós paternos novamente.

Davi continuava na biblioteca, e também estava escrevendo para um jornal.
Cecí, continuava na cafeteria, seu salário tinha aumentado, Júnior confiava cada dia mais nela, e por tal algumas vezes não ia trabalhar, também porque o pai de Júnior estava internado, e sem muitas chances de resistir. O olhar de Júnior dia-após-dia se preenchia de tristeza.

Quando Cecí finalmente conseguiu dormir, sonhou com Davi, os dois estavam na praia e ela ao lado de Davi, colocava seus pés no mar pela primeira vez. Quando despertou estava feliz.

As dez horas da manhã de domingo, recebeu uma ligação de Júnior, seu pai havia falecido e o velório seria a tarde, a voz de Júnior falhava em cada frase que ele pronunciava.

Cecí contou para Alice o ocorrido, as duas sentiam muito por Júnior, pela família dele.
As uma e meia, Alice e Cecí foram no velório.
A igreja estava lotada, o olhar perdido de Júnior deixava o coração de Cecí apertado, ela não gostava de ir em velórios, evitava o máximo possível, mas não poderia deixar de ir, precisava dar um abraço em Júnior.
Quando se aproximou do caixão, percebeu que ele estava fechado, o que foi um alívio, gostava de preservar o semblante vivo das pessoas.
Abraçou Júnior, que apertou-a com força, ele nunca tinha abraçado-a daquela forma, ouviu-o chorar em seus ombros, e o apertou com mais força, não sabia o que dizer naquele momento, qualquer palavra não seria o suficiente.

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