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Não foi uma noite fácil, na verdade eu quase não consegui dormir, eu estava agitada e aquela sensação ruim ainda queimava em meu peito, o resultado disso foi o meu corpo completamente cansado e olheiras horríveis, mas independente da minha insônia eu tinha trabalho a fazer então eu me levantei e fiz a minha higiene e me arrumei. E exatos quarenta minutos depois eu estava chegando ao hospital e minhas preces de tudo estar calmo desta vez não haviam sido atendidas, o hospital estava uma bagunça. Era um daqueles dias em que havia médicos e enfermeiros correndo para todos os lados e com muito custo uma das recepcionistas conseguiu me contar o que havia acontecido. Um carro com dois passageiros havia batido de frente com outro e ambos capotaram. Não havia tido nenhuma vítima fatal, mas o motorista do carro havia sofrido graves lesões no rosto e o motorista da van havia sofrido uma fratura exposta na perna. Além disso, havia os passageiros do outro carro que também havia se ferido e os outros pacientes e isso explicava a bagunça no hospital e então deixando o cansaço e o sono de lado eu me recompus e fui de encontro ao meu trabalho.

Por Giuliano...

– Você só pode estar ficando louco! –Beatrice esbravejou completamente fora de si enquanto eu bebia minha dose de vodca. Eu tinha a necessidade de beber ou não aguentaria a sua ladainha infinita – eu não vou te dar esse divórcio! Você parou para pensar na minha imagem? O que vão pensar de mim? – ela pergunta e eu bebo o resto da dose e pego a garrafa de uísque e me sirvo. Se eu não me livrasse logo de Beatrice eu com certeza iria ter que sérios problemas no fígado por ingerir tanto álcool.

–Vão pensar que nosso casamento é um fracasso... O que não deixa de ser verdade – eu digo bebendo. Eu havia ido até a merda daquela casa apenas para pegar o restante dos meus pertences e não sabia que ela estava presente, eu era mesmo sortudo de merda.

–Você só pode estar brincando comigo! Dez anos de casamento Giuliano! Dez! Você não pode me descartar assim como se não fosse nada. – ela esbraveja e eu bufo.

– Ah cale a boca Beatrice! Esse casamento é uma merda desde que começou. Eu não vou desistir desse divórcio! Eu não suporto mais você – digo de forma curta e grossa bebendo ainda mais. Eu já estava levemente alterado e sabia que devia parar, porém eu não conseguia a presença dela me tirava todo o autocontrole.

– Não diga isso Giuliano, eu amo você e você me ama. Nós nos amamos amor, sempre foi assim. – ela diz e tenta me abraçar e eu me afasto se fosse há alguns anos atrás bastaria isso para ela me convencer e acabarmos transando igual a dois loucos. Mas as coisas tinham mudado e isso não me comprava mais.

– Pare com isso! É patético! Não quero mais você e eu não te amo e não aguento mais você. Não aguento sua ladainha – eu digo e pego as chaves do carro. Precisava sair dali, a presença dela me irritava.

Como foi que eu me casei com ela? Ah é mesmo eu era um moleque idiota da porra.

– Aonde você pensa que vai? – ela pergunta de forma totalmente irritante logo atrás de mim – nós não terminamos de conversar Giuliano – ela berra e eu entro no carro e ela entra do outro lado – não me deixe falando sozinha!

– Você sabia que é muito irritante? – eu pergunto – sai da merda do carro Beatrice – eu rosnei para ela que sequer se moveu.

– Eu não vou sair e você deveria usar o cinto – ela disse colocando o cinto como para provar seu ponto.

– Fique então – eu rosnei ignorando sua advertência e dei partida no carro.

– Pra onde está indo? – ela pergunta. Quando será que ela vai sumir da minha vida?

– Eu estou indo para a casa da minha mãe, já você eu não sei – eu digo com desdém.

– Mais sua mãe me odeia! Não me deixa entrar na casa dela! – ela diz histérica como sempre

– Esse problema é seu, eu não mandei você entrar no meu carro – dou de ombros e aumento ainda mais a velocidade do carro.

– Você é um filho da puta Giuliano – ela grita – eu te odeio. Odeio. – ela diz me dando socos no braço e eu desvio meu olhar para ela muito puto de raiva, ainda mais do que antes.

– Olha aqui sua puta imunda, lave sua porcaria de boca antes de falar da minha mãe – digo olhando para ela.

– Giuliano – ela grita e pega no volante e quando eu olho para a pista novamente percebo que havia ido direto para a outra pista e estava prestes a bater de frente com outro carro eu tentei tirar o carro, mas não deu tempo eu escutei o som da batida o airbag8 foi acionado, mas o carro não parou eu senti meu corpo ser jogado de um lado para o outro e meus olhos arderam como se milhões de pedrinhas tivessem entrado nele, eu senti uma dor ainda maior que crescia a cada instante e então a escuridão veio.

8 - Airbag, também conhecido por bolsa de ar, almofada de ar ou erbegue, é um componente de segurança dos veículos automotores.

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Oi meninas, tudo bem? O que estão achando do livro? Espero que estejam gostando ...

O que acham que vai acontecer com Giuliano? Será que eles vão finalmente se encontrar?

um beijo e até breve...

RaíAlves.

Seduzido por elaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora