Capítulo Cinco

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Apesar de estarem na primavera, as madrugadas e manhãs sempre eram geladas, mas naquele dia, em especial, a manhã estava quente e agradável... Estava muito mais agradável do que estivera durante longas semanas.

  

A consciência de Louis demorou a entender o que estava acontecendo. Não havia mais nenhuma barreira de travesseiro entre ele e Harry, e pelo que parecia, durante a noite, ele havia se aconchegado em Harry, enquanto ele havia lhe oferecido proteção entre os seus braços. O cheiro de Harry era característico, poderia reconhecê-lo em qualquer lugar. Não queria sair dali, dos braços dele, mas seu bem estar dependia disso, sua sanidade dependia total e exclusivamente de seu autocontrole.

- Harry... – chamou Louis baixinho. – Você poderia me soltar?

 
               
Louis não pode conter um sorriso ao ver Harry resmungar baixinho, enquanto aproximava mais seu rosto ao do castanho.

- Harry, por favor...

- Mais cinco minutinhos, Louis... Mal amanheceu – reclamou ele de olhos fechados.

Harry se aproximou o máximo que pode, e enterrou seu rosto nas belas madeixas de Louis.

- Temos que ir tomar o café da manhã – disse o castanho firme. – Precisamos levantar, Harry – Louis tentou desvencilhar-se dos braços de Harry, que não cedeu nem por um instante. – Por favor, Harry.

- O que custa, Louis? – Harry agora olhava o castanho nos olhos. – Mais alguns instantes.

- Temos um acordo, certo?!

Abruptamente, Harry se levantou de uma vez só, sentando-se na beirada da cama. Passou as mãos pelos cabelos cacheados que naquela hora da manhã estavam totalmente revoltos. Louis ouviu-o suspirar pesadamente.

 
Sem dizer uma única palavra, Harry escolheu algumas peças de roupa e entrou no banheiro, batendo a porta com força. Por mais que tivesse um plano traçado, era complicado lidar com o gênio difícil de Louis. Abriu o chuveiro e deixou a água gelada escorrer por seu corpo. Tinha as ideias no lugar, só precisava arranjar paciência para prosseguir.

- Harry? – a voz de Louis chegou abafada aos ouvidos do cacheado.

- O que foi? – respondeu ele sem emoção, ainda de baixo do chuveiro.

- Você está bem?

- E o que isso lhe importa? – respondeu sem pensar, logo após arrependeu-se. – Louis... – murmurou ele baixo.

  Derrotado, Louis saiu de perto da porta. Harry havia sido grosso, mas o que ele poderia esperar? Havia sido seco com ele, nada mais justo que ele estivesse magoado com sua atitude. Sentou-se na cama, quieto, e sem perceber, deitou-se no travesseiro que a instantes atrás havia pertencido a Harry. O cheiro do cacheado invadiu as narinas de Louis, lhe trazendo doces lembranças dos momentos de paixão que havia vivido nos braços dele. 

               
Harry saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e encontrou Louis aparentemente adormecido, agarrado a seu travesseiro. Ele sorriu internamente, pegou a roupa que havia separado e se trocou ali mesmo. Precisava por seu plano em prática o quanto antes, mas suas investidas ainda estavam surtindo muito pouco efeito, e negava-se a levar um Louis bêbado para cama. Queria que Louis fosse para cama com ele de livre espontânea vontade.

- Louis, acho melhor você ir tomar banho – Harry sussurrou docemente no ouvido de Louis. – Não podemos nos atrasar para o café da manhã.

- Huuum, eu já vou... – resmungou ele.

Alugando Louis Tomlinson II (L.S adaptação Mpreg)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora