Encontro Hitagi (Parte 4)

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E com isso, o dia seguinte chegou.

14 de março.

White Day, também conhecido como dia de Einstein.

O dia em que eu vou a um encontro no meu último dia como colegial.

Alguns de você podem não saber, ou talvez alguns tenham esquecido, então me deixem esclarecer o motivo de eu estar tão nervoso sobre o encontro planejado por Senjougahara: quando ela planejou nosso primeiro encontro em junho, em uma chocante virada de eventos, ela decidiu que o pai dela nos acompanharia.

Foi um longo caminho até o nosso destino, então Senjougahara justificou que ele era nosso motorista, mas eu acho que não preciso explicar como ficar calado em um espaço fechado com minha namorada e o pai dela, o qual eu estava encontrando pela primeira vez, foi como ir na entrevista mais estressante de todas. Nós três nem sequer ficamos juntos o tempo inteiro, em certo ponto eu acabei ficando sozinho com o pai dela. Arrepios ainda percorrem a minha espinha só de pensar nisso.

É claro, o encontro não foi tão ruim - de fato, eu diria que se tornou uma boa memória - mas não há dúvida de que me deixou com algumas cicatrizes mentais.

Ainda assim, eu duvido que Senjougahara de todas as pessoas usaria o mesmo plano duas vezes, e mesmo que ela tenha uma surpresa assim preparada, eu já encontrei e falei com o pai dela várias vezes desde então, logo eu estou confiante de eu posso me virar melhor dessa vez.

De fato, eu cresci.

Não é como se eu tivesse passado os seis meses que eu fiquei sem encontros com Senjougahara dormindo - traga ela o pai junto dessa vez, ou convide os avós e transforme tudo em uma reunião de família, eu prometo continuar de boa.

Eu não tenho nada a temer de Senjougahara Hitagi.

E então com ânimo, às 9:00 da manhã de 14 de março, eu cheguei no Tamikurasou, o apartamento no qual Senjougahara Hitagi atualmente vive. Como ambas as minha bicicletas estão fora de uso, eu saí cedo para ter tempo de chegar à pé, e também passei o caminho me certificando de que não era seguido por Ononoki-chan, então você pode assumir levou um bom tempo para que eu chegasse até aqui, mas a performance principal de hoje começa daqui, então vamos omitir todos esses detalhes por enquanto.

Para deixar registrado, Karen, pronta para o desafio kumite de 100 homens dela, deixou a casa ainda mais cedo que eu, enquanto Tsukihi planejava ir para a casa de Sengoku mais tarde.

Parece que os irmão Araragi tinham compromissos por toda a cidade hoje - mas, de qualquer forma, eu cheguei ao Tamikurasou pronto para tudo, então eu não fiquei particularmente surpreso quando percebi um veículo não familiar estacionado na frente do prédio.

A julgar pela placa, é um carro de aluguel.

Eu não fico perturbado, mas fico em silêncio.

Minha nossa... esse encontro vai ser outra aventura, eu penso comigo, me preparando mais uma vez. Ainda assim, depois de tudo que eu fiz para parecer idiota na frente de Senjougahara, eu vou usar essa chance para fazê-la se apaixonar por mim de novo mostrando a minha mente aberta a aceitar tudo que ela inventar.

É claro, 'se apaixonar por mim de novo' assume que ela já se apaixonou por mim para inicio de conversa, mas, bem, não importa que tipo de encontro ela tem guardado para mim, eu deveria ter pelo menos um pouco de fé nela. Embora, após todo esse tempo, eu ainda não tenho certeza do que a motivou a buscar um relacionamento comigo naquele dia, naquele parque...

Enquanto finjo ignorância - em outras palavras, enquanto ajo como de não tivesse visto nada - eu sigo meu caminho passando pelo veículo, indo em direção ao quarto 201 no segundo andar e bato na porta do apartamento da família de Senjougahara. (Eles não tem inferfone.)

Owarimonogatari (Vol 3)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora