Quando o amor acontece

Capítulo 37

POV. Dakota

Abro os olhos e não sei onde estou, pisco algumas vezes tentando adequar minha visão a iluminação do local, olho para cima e vejo aparelhos hospitalar, certo, estou em um hospital, forço minha memória e nada.
- Olá bela adormecida.
Olho para o lado e uma enfermeira sorri para mim, sorrio de volta e com muito esforço falo:
- On-onde eu...
- Calma querida não esforce muito, seu médico vira conversar com você! Você está numa UTI, você não se lembra de nada?
Forço novamente a memória e eventos confusos passam por ela e faço cara feia.
- Não se preocupe, sua confusão mental se deve ao fato dos remédios fortes que foram usados para te manter em descanso.
Um homem alto e loiro surge na sala e sorri para mim:
- Olá Dakota. - quando ele fala meu nome começo a lembrar algumas coisas. - Sou seu médico Lewis Edward, você está na UTI da maternidade, você estava grávida, se lembra? - oh meu Deus, Sophie, minha Sophie... Jamie meu marido, agora eu lembro. Balanço a cabeça afirmando que lembro - Pois bem, você teve um caso grave de eclampsia mas depois que estiver melhor eu conversarei com você, seu marido está angustiado vou pedir para ele vir te ver um pouco.
O médico sai e começo a me lembrar de algumas coisas mas está tudo bagunçado, eu passei mal e não sei onde está minha filha, será que ela está viva? Logo vejo os olhos aflitos de Jamie e céus ele envelheceu pelo menos 10 anos, está com olheiras, a barba maior que o comum e sua expressão é de muito cansado, sorrio para ele:
- Graças a Deus você tá bem minha linda, nossa filha é linda. - ela tá bem então, meu sorriso agora é maior.
- E-eu quero...
- Não fala nada Dakota, espera você estar melhor.
Concordo com a cabeça e sinto meus olhos pesarem, apenas ouço enfermeira falar com ele:
- Senhor agora precisa ir, ela ainda ta cansadinha por causa dos remédios.
- Ta bem.
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O dia amanhece e hoje estou um pouco melhor do que ontem, a enfermeira agora é outra e sorri para mim:
- Bom dia querida, vamos tomar café da manhã?
- Eu posso comer?
- Claro, você já está bem melhor, seu médico autorizou um pão francês com café com leite, tudo bem?
- Sim, ótimo.
Ela traz e eu como de bom bom grado:
- Está sentindo alguma dor?
- Nenhuma.
- Bom você tem que tomar banho e hoje será a primeira vez que ficará de pé depois dá cesária, eu vou te levar até o banheiro na cadeira de rodas e lá você apoiará nas barras para forçar suas pernas, se não conseguir usamos a cadeira para banho ta bem?
- Sim.
Ela tira algumas coisas que estavam presas a mim e sinto minhas pernas bambas, sento na cadeira e vamos ao banheiro, ela tira aquela bata hospitalar e eu me apóio na barra e de princípio minhas pernas ainda estão fracas e enquanto isso ela lava meu cabelo, sinto mais forte e solto a barra e então ensaboo meu corpo e logo termino, visto uma roupa que veio de casa e ela penteia meu cabelo e sento na cadeira de rodas:
- O que acha de conhecer sua linda menina?
- Eu quero, quero muito!
- Então vamos!
Ela me empurra e logo do outro lado é onde ela está, é uma UTI neonatal, vários bebês estão ali, quietinhos e então ela para em frente uma encubadora e lá está meus dados e os dados do nascimento de Sophie, ela é linda, rosada e bochechuda. O nariz é empinado como do pai e os lábios são delicados, enfio minha mão no buraco da encubadora e aliso ela, a pele é tão macia e eu me apaixono ainda mais. Jamie surge do nada ao nosso lado e sorrio para ele:
- Oi amor.
- Oi minha vida, oi... Que bom te ver assim.
- Ainda não tô tão bem né? - olho pra cadeira de rodas.
- Ta muito bem sim, não seja ingrata.
- Nossa menina é linda.
- Sim é perfeita. - como você querido.
- Ah que bom ver vocês aí. - o doutor fala. - Dakota prazer, sou seu médico, você sabe que dia é hoje?
- Quinta feira, 30 de abril?
- Não, hoje é 3 de maio, você passou mal e seu esposo te trouxe para cá.
- Não me lembro disso, mas me lembro de tudo que aconteceu dia 30.
- Ótimo, era de se esperar sua perda de memória devido ao mal que passou, bem vim dar notícia boa, você terá alta dá UTI mas ficará em observação no quarto e a bebé também.
Jamie me olha sorrindo e eu retribuo e então ele me abraça, o médico junto com as enfermeiras organiza para que eu desça e logo estou em um quarto confortável com minha filha linda ao lado, fico admirando ela junto com Jamie e somos despertados por batidas na porta, ele levanta e abre:
- Surpresa.
Minha mãe, pai e alguns irmãos surgem e logo atrás meu sogro:
- Oi família. - respondo. - Que bom ver vocês!
Recebo mil beijos do meu pai e da minha mãe e depois eles vão bajular a Sophie, assim como todos os outros, ficamos sorrindo e conversando e aos poucos eles vão indo embora e ficamos eu, Jamie e Jim:
- Filho você me disse que queria contar algo.
- Pai o filho da Amélia não é meu, ele já nasceu e temos provas.
- Meu Deus...
- O problema é que eu me apaixonei pelo bebê e Dakota e eu iremos adotar ele se tudo der certo.
- Que gesto lindo o de vocês.
- Amélia não merece ser mãe, ouça o áudio.
Jamie mostra o pai dele e me lembro disso, maldita mulher.
- Nossa que horror, eu não sabia que ela era tão baixa.
- Pois é!
- Filho eu tô muito cansado amanhã venho ver vocês novamente e Dakota fico muito feliz em te ver bem minha querida.
- Obrigada querido sogro.
Ele me beija na testa e abraça Jamie e sai, eu olho para Jamie:
- Amor hoje é que dia mesmo?
- 3 de maio amor.
- Então eu não te dei parabéns. - falo triste.
- Mas me deu o melhor presente, Sophie nasceu dia primeiro de maio.
Sorrio para ele e então ficamos os três na nossa bolha que foi interrompida por doutor Lewis:
- Oi casal, vim aqui para conversarmos alguns pontos, já que minha paciente deve ir para casa amanhã. Bem eu quero instruir vocês a não ter mais filhos porque o caso de Dakota foi muito grave e na próxima pode ser pior, quero que você controle sua pressão depois que sair daqui e quero que sejam muito felizes, e Dakota se você sentir medo ou coisa do tipo procure um psicólogo e desabafe.
- Ta bem doutor.
- Vou deixar vocês a sós de novo.
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Sophie se adequou a nossa casa, ela é um amor, quase não chora. Mamãe encontrou uma ajudante maravilhosa para mim, a senhora Gail, ela me ajuda com Sophie e com a casa. Jamie toda hora está rondando o berço de nossa pequena e babando a menina e eu fico observando como dei sorte de achar um homem assim.
Hoje é a audiência para a guarda do menino e ele está apreensivo:
- Amor relaxa, vai dar tudo certo.
- Espero que sim. - ele diz ajeitando a gravata.
- Estarei aqui pedindo a Deus por isso.
- Ah falando nisso assim que estiver melhor vamos a uma igreja, eu prometi.
- Vamos sim!
- Agora me dá um beijo de boa sorte.
Beijo ele demorado e aos poucos vamos nos soltando:
- Assim que tiver novidades te ligo.
- Ta bom.
Ele pega as chaves do carro e some pela sala e ouço o elevador descer...