Capítulo 14

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Acordo e ela está toda enrolada em mim, faço um esforço para olhar as horas sem que ela acorde e o relógio marca 06:38 a.m. tenho que acorda-la, dou um beijo em seu rosto, um no canto da boca e um selinho, ela vai abrindo aqueles lindos olhos azuis e de manhã eles são mais lindos ainda, parecem duas safiras, posso dizer até que ela roubou um pedaço do céu e colocou em seus olhos:
- Bom dia linda.
- Bom dia. - ela sorri tímida.
- Acho que tá na hora da gente levantar, temos que gravar.
- Eu sei, mas queria dormir mais um pouco.
- Eu adoraria ficar aqui aninhado a você mas infelizmente temos que ir.
- Hum...
- Banho?
- Hum...
- Ta parecendo uma gatinha manhosa.
- Ai meu Deus! - ela levanta de uma vez e eu assusto.
- Que foi?
- Tenho que conseguir um médico hoje no horário de almoço... - ela se levanta. - Vou tomar um banho.
Ela entra para o banheiro e eu fico sentado na cama confuso, ela tá doente? Médico pra que? Vou ao banheiro e tiro minha cueca e junto a ela no banho:
- Médico pra que? - mordo a orelha dela.
- Ginecologista.
- Ah! E pra que exatamente?
- Bom já tem um ano que fiz preventivo e eu preciso de um anticoncepcional.
- Entendi, mas ainda é válido o que eu te disse, se quiser um filho eu também quero.
- Eu quero sim montar uma família com você, mas agora precisamos focar na nossa carreira.
- Mas quem sabe já não tem uma sementinha minha aí?
- Não tem, eu sentiria. - sinto uma pontada de decepção. - Amor, eu te juro que vamos ter nossa família.
- Eu vou cobrar.
Terminamos o banho e visto a roupa que estava e deixo ela se trocando, vou ao meu quarto e coloco roupas limpas, escovo os dentes, deixo meus cabelos revoltos e quando saio ela já está na porta me esperando:
- Demorou hein?!
- Tava ficando bonito pra minha namorada.
- Você não precisa de nada pra ficar bonito Jamie, Deus foi generoso com você.
Dou um sorriso tímido e descemos no elevador, me lembro da cena "foda-se a papelada" e tenho vontade de repetir mas ainda não posso ataca-la em público, pelo menos até ver o contrato do diabo, as portas se abrem no térreo e seguimos para o carro e depois de poucos minutos estamos no set, ela vai a um trailer se maquiar e eu compro dois cappuccinos no refeitório da Universal, entrego um para uma moça da produção e peço que ela leve para Dakota, vou ao meu trailer e troco de roupa, pego o script e tem algumas cenas fáceis e a cena onde Grey da a surra em Ana com o cinto:
- Meu Deus não vou conseguir fazer isso com ela. - falo em voz alta e alguém bate na porta. - Entra.
- Bom dia Jamie.
- Bom dia Sam.
- Já viu o script?
- Já, vai ser uma cena difícil hoje.
- Bastante, eu conversei com Dakota e ela não aceitou usar uma dublê, quer que seja tudo feito por ela mesma.
- Tudo bem.
- Vamos começar com cenas mais tranquilas pois ela vai ao médico no horário de almoço, faremos cenas só sua também, quando ela voltar ficaremos por conta das cenas finais, a surra, a revelação dos sentimentos dela e o fim do relacionamento.
- Ta ótimo.
- Então até já.
Sam sai e eu termino de me arrumar, eu e Dakota gravamos pouco juntos, faço cenas sozinhas no escritório, algumas externas e logo da o horário de almoço, vou até Dak:
- Vamos comer?
- Desculpa, tenho que ir ao médico, mas tô levando um sanduíche para comer a caminho de lá.
- Ta bom, sentirei saudades.
- Eu também. - ela sorri e sai.
Pego meu almoço e me sento com Max e comemos e conversamos.

POV. Dakota

Despeço de Jamie e entro no carro disponibilizado para nós, digo ao motorista o endereço e começamos o trajeto até lá, foi uma dificuldade conseguir uma consulta com o dr. Peter Moore mas com jeito convenci a secretária, agora estamos estacionados em frente à um prédio enorme e espelhado, saio do carro e entro no elevador apertando o vigésimo andar, depois de parar em alguns andares chego ao meu destino, vejo uma placa indicando a sala dele e vou até a secretária:
- Bom dia, sou Dakota Johnson. - ela levanta a cabeça e me encara.
- Dakota da televisão?! - seguro o riso.
- Pode ser...
- Oh minha nossa, eu vou te anunciar pro doutor só um segundo.
Ela liga no ramal do médico e a conversa é rápida:
- É por aqui senhorita Johnson.
Entro na sala e me deparo com um médico muito mais jovem do que eu imaginei, ele aparenta ter uns 37 anos, tem olhos pretos como jabuticabas e um sorriso tão branco que chega a brilhar, entrego uma ficha a ele:
- Bom dia senhorita... - ele olha a ficha. - Dakota Mayi Johnson.
- Bom dia.
- É filha do Don Johnson é?
- Sim.
- Seu pai é ótimo, sou fã de Miami Vice.
- Ele é ótimo mesmo.
- A que devo a honra de te atender?
- Bem dois motivos, já faz mais de um ano que fiz preventivo e eu preciso de um contraceptivo.
- Certo, está sexualmente ativa?
- Sim.
- Teve relação sexual ontem?
- Tive.
- Então temos um problema, teremos que fazer o preventivo amanhã e hoje nada de sexo, podemos fazer hoje o ultrassom e retirar sangue para alguns exames de praxe.
- Tudo bem e quanto ao contraceptivo?
- Amanhã podemos receitar com os exames de sangue em mãos, tudo bem pra você?
- Tudo ótimo.
- Então vou chamar minha secretária para ajudar, você pode ir até o banheiro se tiver necessidade pode urinar, fazer um ultrassom endovaginal.
- Ta bem.
- Retire a calça e a calcinha, e atrás da porta encontrará uma bata hospitalar, pode vestir e entre naquela porta. - ele aponta uma porta ao lado do banheiro.
- Okay doutor.
Vou ao banheiro e faço o que ele pediu, e entro na sala, ja está tudo ajeitado, me deito, a secretária está a postos em frente um computador, ele está ao lado da maca que estou deitada com uma tela e na parede de frente pra mim tem uma televisão com tudo que ele vê, ele coloca uma camisinha no aparelho e introduz em minha vagina, que coisa mais desconfortável, remexe aquele negócio para lá e para cá e fala termos médicos para que a menina digite, depois de uns 5 minutos de tortura ele tira aquilo de mim e me libera para me vestir, assim que saio do banheiro a secretária está terminando de imprimir o exame e junta todas as folhas e grampeia, me entrega e volto a sala inicial entregando o exame a ele:
- Bom Dakota, você está ótima! Tem sentido ardor ao urinar?
- Bem hoje de manhã deu uma queimada muito leve.
- No ultrassom constei uma infecção, nada para se preocupar, você vai tomar antibiótico por 7 dias e evitar sexo. Fora isso está tudo perfeito, vamos retirar o sangue?
- Ahn claro!
- Apóie seu braço nesse suporte por favor, e movimente a mão abrindo e fechando.
Faço como ele pede e ele coloca um elástico no braço e depois de apalpar o braço enfia a agulha e enche 4 tubos com sangue.
- Prontinho Dakota, nos vemos amanhã, marque com a secretária o melhor horário, e nada de relação hoje.
- Ah doutor só uma pergunta.
- Pode fazer.
- Eu estou gravando e... - mordo o lábio e meu rosto queima com a pergunta em mente. - bom, ficar excitada atrapalha em algo?
- Não, só a relação mesmo e principalmente com ejaculação dentro, sexo oral e anal não atrapalham o exame.
- Ta bem, obrigada novamente.
Saio da sala dele e marco o mesmo horário de hoje e então desço e volto para o set, chego antes do previsto e logo começamos a gravar, a primeiras cenas são leves mas logo vamos para a cena mais difícil...
- Eu vou bater seis vezes e você vai contar pra mim. - levo um susto com a zoeira da primeira batida. - Conta Anastasia. - ele diz e meu coração consegue sentir o que ela sentiu e choro.
- Um. - soluço.
Outra batida, ele não está me batendo de verdade a produção colocou um som com a zoeira da cintada mas consigo sentir a dor dela e enfim 6 batidas e estou em prantos, ele me toca.
- Não, não encoste em mim... É isso que você quer? Você quer me ver assim?
- Ana.
- Não chegue perto de mim... Isso te dar prazer? Não, não ouse chegar perto de mim. - saio do quarto e bato a porta.
Lá de fora ouço Sam gritar corta e então visto um roupão e entro de novo:
- Meu Deus que intensidade, vocês foram incríveis. - Erika elogia.
- Obrigada. - agradeço ainda ofegante pela cena.
- Preciso de uma pausa pode ser? - Jamie pergunta.
- Claro, vá você e Dakota relaxar e em trinta minutos voltam. - Sam responde.
Visto uma calcinha e um sutiã e coloco o roupão e sentamos na escada do trailer:
- Foi difícil pra você? - ele me pergunta.
- Jamie foi intenso, você não me bateu de verdade mas a zoeira do cinto batendo contra pele, foi estranho.
- Para mim também. Como foi no médico?
- Vou ter que voltar amanhã de novo.
- Porque?
- Não deu pra fazer o preventivo, tivemos relação ontem e preciso estar, hum, limpa.
- Nada de sexo hoje?
- Nem hoje e nem pelos próximos dias.
- Mas porque se ta tudo bem?
- Está, mas deu uma infecção e ele passou um antibiótico para tomar por sete dias e ficar sete dias sem sexo, alem do mais você viaja dentro de três dias.
- Merda. - ele pragueja. -E bebê sem chance? - rio dele.
- Ele fez um ultrassom, se tivesse um bebê aqui ele veria.
- Que pena. - faz beicinho.
- Minha promessa ainda ta de pé.
- Amor eu tô pensando em comprar uma casa aqui pra gente!
- Em Vancouver?
- Não, aqui na América, pensei em Los Angeles já que você tem uma em NY.
- É uma boa.
- Minha viaagem pra Londres sai quinta ao entardecer.
- Tenho que comprar a minha e avisar o Blake, falando nele tenho que ligar pra ele, espera aí.
Pego meu celular e disco o número dele, chama dias vezes:
- Lembrou de mim né?
- Eu não deixei de pensar em você nenhum dia Blake.
- Mas também não ligou!
- Aconteceu muitas coisas, estive ocupada.
- Com o bonitão?
- Também.
- Não me diga que...
- Blake eu vou embora essa semana, vou olhar os vôos hoje e te aviso, me busca no aeroporto?
- Com certeza, ele tá perto de você agora?
- Sim.
- Entendi, to muito curioso Dak.
- Não fique meu querido, te ligo mais tarde.
- Eu espero. Amo você!
- Também amo você.
Desligo e ele tá me olhando estranho:
- Que foi?
- Você trata seus amigos assim, cheio de amor? - diz bufando.
- Ele gay, se te consola.
- Ah, melhor! - ele suaviza.
- Temos que voltar, finalizar essa cena.
Voltamos pro set e ficamos lá por mais duas horas regravando algumas cenas, e enfim quase todo o filme está finalizado, faltam cenas pequenas que serão feitas amanhã e na quarta-feira, quinta estamos dispensados.
Estamos de volta ao hotel e como hoje não tem sexo ficamos conversando e mantendo distância, é difícil resistir ao amor de sua vida.
- Eu vou tomar um banho! - digo para ele.
- Eu posso tomar com você?
- Jamie melhor não...
- Amor o médico pediu para não transar, um belo e gostoso sexo oral não vai atrapalhar. - o olhar dele me queima.
Ele se aproxima de mim e beija minha nuca, morde minha orelha:
- Jamie isso é golpe baixo.
- Touché! - ele vangloria.
Tomamos um banho rápido e quando saímos ele me joga na cama:
- Fica quieta.
Apenas concordo com a cabeça e ele começa sua doce tortura, beija meu pescoço, desce até meu seio e suga o bico, meu corpo se arrepia, vai ao outro e mordisca, lambe e suga, céus eu poderia gozar só com sua boca lambendo meus seios, ele desce beijando minha barriga e chega lá embaixo:
- Ah Dakota, você é linda...
Ele passa a língua em mim e me deleito daquela sensação, ele aperta minha bunda e me esfrego em sua boca, sua barba que começa a crescer faz uma leve ardência em minha boceta e isso fica mais quente, enquanto me chupa ele geme rouco e isso me enlouquece:
- Goza para mim amor...
Pronto, 4 palavras e me entrego a sublime sensação de um orgasmo feito pela boca, língua e barba desse lindo homem.
- Ahhhhh Jamie, eu o amo.
Minhas pernas ainda estão fracas pelo orgasmo mas devo a ele uma gozada, me ajoelho e seguro seu pau, dou uma massageada e vou colocando em minha boca, tem gosto de sabonete e Jamie, ele é muito grande mas vou adequando a minha boca, ele começa a mover e segura meu cabelo, vai ficando mais rápido e intenso, ele começa a pulsar e olho para cima e vejo aquele lindo homem com a cabeça para trás e lábios entre aberto e soltando seu gemido rouco, e então ele jorra dentro da minha boca, engulo:
- Que boca deliciosa amor, além de beijar ela fode gostoso.
Sinto meu rosto queimar e ele sorri sabendo o que causou em mim:
- Estou com fome Dak e você?
- Também estou.
- Posso pedir uma janta?
- Pode.
- Macarrão a bolonhesa?
- Para mim tá ótimo Jamie.
Enquanto ele liga para a recepção e faz o pedido eu bebo um copo de água e me visto com o roupão, ele veste a roupa dele e ficamos deitados na cama frente a frente conversando:
- Eu já tô sofrendo Dak.
- Porque?
- Não sei como vou ficar longe de você, eu preciso me resolver.
- Ah. - resmungo triste.
- Não fica triste amor, eu juro que estarei com você o mais breve possível.
- Eu sei, eu só não gosto de despedidas. - sinto meu coração apertado.
O serviço de quarto chega e ele pega nosso jantar e enquanto o comemos o clima fica mais leve, aproveito o tempo para admirar esse homem, lindo, educado e romântico, um defeito ele tinha que ter e esse defeito era ser casado. Depois de comer sinto o quanto estou exausta, escovo meus dentes e faço xixi, Jamie entra no banheiro depois de mim e logo volta a cama e nos deitamos, a respiração dele fica pesada e vejo que ele adormeceu, ele é lindo, deixo que a escuridão me domine e então durmo.

Quando o amor aconteceWhere stories live. Discover now