CAPITULO 68

851 55 1
                                    

ANAHI

MANUEL: Enfim, foi ótimo conversar com você Alfonso e entrarei em contato para falarmos sobre aqueles imóveis. Agora preciso apresentar algumas pessoas às meninas, se me dá licença.
PONCHO: Claro! Vou procurar meu acompanhante. Até mais, Manuel. Dulce, Anahi. - ele meneia a cabeça e sai, desaparecendo entre as pessoas.

PONCHO

Saio de perto deles tentando não demonstrar o quão fiquei nervoso com aquela cena. É óbvio que há algo entre os dois pelo jeito como ele esperou ansioso sua chegada ou a forma que demonstrou intimidade ao cumprimenta-la, é nítido que se ainda nao há, não demorará muito.
Procuro pela festa inteira e acho o relapso do meu acompanhante conversando com uma moça, me aproximo.
PONCHO: Ucker.. - ele olha para mim e se despede da moça com beijos no rosto. - ..pensei que tinha ido embora.
UCKER: Ah cara, o caminho para o banheiro é longo e tem muitos "obstáculos", se é que você me entende. - ele da uma risada travessa.
PONCHO: E você só pensa com a cabeça debaixo - eu gargalho. - Vamos procurar nossa mesa, em breve vão nos servir o jantar.
UCKER: Melhor mesmo, estou morrendo de fome.
Saímos por entre as pessoas e dou um rapida olhada em meu convite, verificando qual seria minha mesa. Andamos por entre as mesas com atenção em suas placas, procurando o número que nos foi dado. Alguém chama meu nome e eu me viro, me deparando com Manuel e suas acompanhantes em duas mesas de distância. Ele acena para que eu chegue perto.
MANUEL: Alfonso, sente-se conosco! Temos vaga nessa mesa e seria muito bom ter alguém conhecido e com assuntos em comum. - E põe comum nisso, eu penso.
PONCHO: Obrigado Manuel, mas há uma mesa reserv..
UCKER: Any? - sou interrompido por meu irmão que passa por mim e da um abraço exagerado em Anahi. - Você está linda! O que faz aqui?
ANAHI: Vim acompanhando o Manuel, mas a surpresa é minha em vê-lo em Monterrey.
UCKER: Poncho pediu para o pai que eu viesse auxilia-lo nos projetos aqui, cheguei ontem.
ANAHI: Manuel, esse é Christopher. Ele é irmão do Poncho.
MANUEL: Prazer Christopher. - ele estende a mão, cumprimentando-o. - E quem é Poncho?
PONCHO: Sou eu. É um apelido que eles me chamam desde pequenos.

Percebo pela expressão de Manuel que ele nao se agradou muito ao perceber tamanha intimidade, mas consegue disfarçar bem.
MANUEL: Então já que estamos em família, vamos nos sentar.
E como não há outra opção, resolvo ficar ali mesmo.
ANAHI: Aah, como sou mal educada. Ucker, essa é minha amiga Dulce Maria.

Dulce se levanta e se aproxima.
DULCE: Oi, tudo bem? Prazer!
UCKER: Prazer, sou Christopher! - ele estende a mão e ela aperta, meio sem graça.
Então todos nós voltamos para os lugares na mesa e nos sentamos. Anahi esta entre Manuel e Dulce, e logo depois vem Ucker e eu, que tenho apenas o próprio Manuel me separando dela. Isso me incomoda, mas eu deixo passar.
Ainda estou estranhando a maneira como Ucker cumprimentou Dulce, nao fez nenhuma gracinha e nem a beijou no rosto e isso é totalmente diferente de seu jeito habitual. Mas agora ele esta normal, conversando com Any sobre alguma coisa que nao consigo prestar atenção pois minha mente só se pergunta o que estou fazendo aqui.
DULCE: Poncho, pode me servir um pouco de vinho? - a voz da amiga de Any me desperta e a vejo com a taça a espera.
PONCHO: Ah, claro! - sirvo vinho a ela e completo a taça dos demais.
MANUEL: Mas diga Alfonso, pretende ficar por aqui de vez?
PONCHO: Provavelmente sim, a sede da empresa é aqui e consequentemente suas decisões giram todas em torno desse lugar. Seria perda de tempo voltar para Los Herreras ou ficar em alguma filial.
MANUEL: Ah claro, uma ótima decisão! Anahi me contou que atualmente esta fazendo parte do corpo de advogados da HC. Vocês escolheram muito bem, ela e Dulce são as melhores em minha empresa. - ele olha para Any e continua falando. - Só não pode tentar me roubar ela.
Meu celular toca, fazendo com que eu me retire para atender e me livrando de fazer uma besteira.

A PropostaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora